O Quinto Evangelho

O Quinto Evangelho Ian Caldwell




Resenhas - O Quinto Evangelho


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Carlos531 29/10/2024

O Quinto Evangelho
Um ótimo thriller de Ian Caldwell, um romance de mistério muito interessante. A história se passa durante os últimos dias do papado de João Paulo II, uma morte acontece nas dependências do Vaticano nas vésperas de uma importante exposição sobre o Santo Sudário, cuja intenção do Papa neste evento seria a aproximação da Igreja Católica Apostólica Romana com a Igreja Católica Ortodoxa. Embora o romance seja uma ficção nele é demonstrado particularidades reais sobre como é a hierarquia da Igreja Católica Romana, o direito canônico, as principais religiões cristãs, o celibato e também sobre os quatro evangelhos e evangelistas, aborda principalmente sobre a história do Santo Sudário desde o seu surgimento. Uma ótima leitura para os aficionados de romances de mistério, super recomendo.
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Cesar.Aguiar 27/05/2024

Um livro que deve ter dado muito trabalho pra ser escrito.
Conhecer o Vaticano pelo lado de dentro dos muros pela descriçao de um protagonista que viveu desde o nascimento naquele lugar: esse é o maior mérito desse livro. No demais a trama é bem um recorte de tantos outros livros. Todavia esse supera a grande maioria das obras similiares pela constatada pesquisa histórica, filosófica e teológica.
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.Igor 11/04/2024

Dessa vez, iniciarei fazendo uma pequena adaptação da sinopse oficial: acho que contexto vai ser necessário, especialmente porque o texto ficou mais extenso que o esperado. Dito isso, vamos lá. 

Nos últimos meses do pontificado de João Paulo II, uma misteriosa exposição é montada nos museus do Vaticano. Seu curador, Ugo Nogara, alega ter descoberto um grande segredo com base em pistas fornecidas pelos quatro evangelhos - e um quinto, um milenar manuscrito que reúne todos eles, o Diatessarão - sobre a relíquia mais controversa do Cristianismo: o Sudário de Turim. Segundo ele, há provas concretas de que o sudário é autêntico. No entanto, suas descobertas podem pôr fim aos esforços do papa para reconciliar as duas maiores igrejas cristãs do mundo: a Católica Romana e a Ortodoxa.

No centro desse conflito, dois irmãos seguem rumos diferentes pelas vielas do Vaticano. Simon é padre da Igreja Católica Romana, com um futuro promissor. Alex, o mais novo, é sacerdote da Igreja Católica Oriental, uma vertente entre a igreja de Roma e os ortodoxos. Quando Alex recebe uma ligação de Simon pedindo sua ajuda, não imagina que o encontraria diante do corpo de Ugo Nogara, morto uma semana antes da inauguração da polêmica exposição. Na mesma noite, a casa de Alex é invadida por um estranho. A polícia não consegue encontrar um suspeito, e o sacerdote inicia sua investigação. Para encontrar o culpado, Alex precisa descobrir a qualquer custo o segredo mantido por Ugo. Mas, à medida que começa a compreender a verdade, ele percebe que terá que derrotar um inimigo sem rosto para salvar a própria família.

Com essa sinopse é possível perceber, ainda que superficialmente, que todos os ingredientes para um grande thriller estão presentes em "O Quinto Evangelho": um assassinato misterioso, irmãos que seguem caminhos diferentes, uma grande organização mais misteriosa ainda (no caso, a Igreja) e um objeto (também misterioso, claro), importante para todos, mas esse livro é muito mais que isso.

Antes de explicar essa afirmação acima, devo avisá-los de uma coisa: esse livro é denso. Não estou me referindo ao número de páginas per se, mas à quantidade de informações que o autor apresenta ao leitor; esse não é mais um daqueles livros que se pode ler em uma sentada, que tudo irá ser absorvido de uma vez só. Ok, isso pode até ser feito, mas muito do que o livro apresenta será perdido, e isso seria cruel com o autor.

Isto posto, voltarei um pouco no tempo. A Igreja Católica tem sua origem não exatamente com o nascimento ou a morte de Jesus Cristo, mas em meados dos anos 30 d.C. e 40 d.C., e a elaboração dos Evangelhos canônicos (Mateus, Marcos, Lucas e João) tem uma data ainda mais posterior, surgindo, segundo alguns estudos mais recentes, a partir do ano 100 d.C. Seria preciso mais alguns séculos para ela oficialmente ser reconhecida como religião, quando o Imperador Constantino de Constantinopla (outrora Bizâncio e agora Istambul) assinou o Edito de Milão em 313 d.C.

Durante aproximadamente sete séculos, a Igreja Católica expandiu sua influência pela Europa, ao mesmo tempo em que solidificava sua estrutura interna. Nesse período, a Igreja tinha duas esferas principais de influência, Roma e Constantinopla, que começavam a ter discordâncias ideológicas. As relações entre Oriente e Ocidente sofreram com anos de disputas eclesiásticas e teológicas, tais como as questões sobre a fonte do Espírito Santo ("Filioque"), se deve-se usar pão fermentado ou não fermentado na eucaristia, as alegações do papa de primazia jurídica e pastoral, e a função de Constantinopla em relação à Pentarquia (um antigo sistema eclesiástico, criado por Justiniano I de Constantinopla, baseado no comando dos patriarcas de Roma, Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém). Além dessas questões teológicas, o distanciamento entre Roma e Constantinopla tem origem política, mais especificamente com a transferência da capital do Império Romano para esta última no século IV.

Essa diferença crescente de pontos de vista entre as duas igrejas foi fortalecida com a ocupação das antigo território romano pelos povos "bárbaros", ao passo que o Império do Oriente manteve-se praticamente intocado. Enquanto a cultura ocidental era pouco a pouco reerguida sob a influência de povos como os germânicos, o Oriente permaneceu desde sempre ligado à tradição da cristandade helenística. Era a chamada Igreja de tradição e rito grego. Isto foi exacerbado quando os papas passaram a apoiar o Sacro Império Romano-Germânico no oeste, em detrimento do Império Bizantino no leste, sem contar as disputas sobre os limites da autoridade papal.

Passados mais alguns séculos dessas tensões, Miguel Cerulário se tornou patriarca de Constantinopla. No ano de 1043, ele deu início a uma campanha contra as Igrejas latinas na cidade de Constantinopla, ordenando o fechamento de todas em 1053, envolvendo-se na discussão teológica da natureza do Espírito Santo.

Em 1054, o legado papal (comitiva dos líderes da Igreja de Roma) viajou a Constantinopla a fim de repudiar a Cerulário o título de "Patriarca Ecumênico" e insistir que ele reconheça a alegação de Roma de ser a mãe das igrejas. O principal propósito dessa comitiva foi procurar ajuda do Império Bizantino para libertar a Itália de uma invasão normanda, e lidar com recentes ataques por Leão de Ácrida (um importante líder religioso da Bulgária) contra o uso de pão não fermentado e outros costumes ocidentais, ataques que tinham apoio de Cerulário. Em face da recusa de Cerulário em aceitar as demandas, o líder do legado, cardeal Humberto, excomungou-o, e Cerulário por sua vez excomungou Humberto e os outros legados. Esse evento é conhecido hoje como Grande Cisma, ou Cisma do Oriente, e marca a divisão do Cristianismo original em Igreja Católica Apostólica Romana e em Igreja Católica Ortodoxa.

Essa primeira divisão interna (não estou incluindo o Protestantismo aqui simplesmente porque a Reforma é bem posterior, ocorrendo no início do século XVI) existe há quase mil anos na Igreja Católica e mesmo depois de tanto tempo, as relações entre Ocidente e Oriente sempre foram tensas, para dizer o mínimo. Quando o polonês Karol Wojty?a se tornou o Papa João Paulo II em 1978, uma de suas metas mais importantes era melhorar as relações entre essas duas vertentes da Igreja Católica, algo pelo qual ele batalhou até o fim do seu papado.

Esse breve (e provavelmente chato de se ler) contexto histórico é importantíssimo para se entender melhor "O Quinto Evangelho". Simon e Alex Andreou (os protagonistas) vivem no Vaticano desde muito pequenos; isso não é algo inédito, já que sempre houve muitas crianças dentro daqueles muros, mas em um país pouco maior que um campo de golfe (44 hectares), seu pai era o único sacerdote que tinha filhos. Ele era integrante da Igreja Católica Grega, uma igreja oriental que seguia preceitos teológicos e eclesiásticos significativamente diferentes da Apostólica Romana, mas que reconhecia a autoridade do Papa do Vaticano. A Igreja Católica Grega faz parte das chamadas Igrejas Católicas Orientais, um grupo de 23 instituições que podem ser vistas como um meio termo entre os ensinamentos católicos Romanos e Ortodoxos. Uma das diferenças entre os sacerdotes dessas Igrejas era que um padre católico grego poderia se casar e ter filhos antes de ser oficialmente ordenado padre. Sendo os únicos diferentes em uma cidade de padres celibatários tem seu peso, mas o pai dos garotos tinha um trabalho importante para fazer: tentar melhorar as relações entre Ortodoxos e Apostólicos, uma vez que para ele, a sua igreja não precisaria ser apenas um meio termo, mas uma verdadeira ponte entre Oriente e Ocidente.

Essa missão pessoal guiou toda a vida do padre Andreou e influenciou bastante seus filhos. Após a morte de seu pai, Simon, o mais velho, decidiu entrar para o seminário e vestir a batina de Roma, enquanto Alex seguiu os passos do pai, sendo ordenado sacerdote pelo rito grego, mas essa diferença de caminhos nunca abalou a união dos irmãos. Em 2004, ano em que se passa o livro, Simon se tornou membro da Secretaria de Estado do Vaticano, responsável pelas relações interestatais da Igreja, e eventualmente se engajou na antiga luta do pai em melhorar as relações entre ambas as faces do Catolicismo. Alex passou por um casamento problemático e vive atualmente com seu filho Peter, enquanto ensina sobre os evangelhos no Seminário.

Quando os surgem os eventos decorrentes da morte de Ugo Nogara (curador da possivelmente polêmica exposição, caso tenham esquecido), ambos se vêem envolvidos nessa trama, especialmente por estarem diretamente ligados à exposição: quando Ugo conheceu Simon, eles ficaram amigos rapidamente, o que se deve em grande parte pelo fato de que o curador, ao buscar provar que o Sudário é real, ajudaria bastante na união das Igrejas Católicas; como as buscas de Ugo envolviam os evangelhos canônicos e o Diatessarão (ele é uma compilação dos quatro evangelhos canônicos, escrito entre 160 e 175 d.C.), Simon lhe apresentou Alex, que se tornara um dos maiores especialistas no estudo dos evangelhos no Vaticano.

Além desses personagens, o próprio Vaticano é fundamental para o enredo. Esse livro é fruto de 10 anos de pesquisa histórica, teológica, legal e até mesmo arquitetônica. A cidade é descrita com tanta atenção aos detalhes que fica fácil se imaginar caminhando por aquelas ruas ligeiramente apertadas. Mas não é apenas o aspecto geográfico que é bem retratado, mas até mesmo as nuances da política interna e externa do Vaticano são abordados com uma precisão quase cirúrgica; até mesmo o Direito Canônico (é o ramo do Direito que se aplica exclusivamente aos membros da Igreja Católica) é bem abordado na obra, o que é muito raro de se ver. Sério, poucas coisas além da trama foram "romanceadas" nesse livro.

Esse emaranhado de relações tornam a morte de Ugo Nogara algo com repercussões extremamente pessoais para os irmãos Andreou, e uma das coisas que o autor conseguiu explorar de forma magnífica, elevando "O Quinto Evangelho" a uma categoria diferente de romance policial ou histórico.

Ian Caldwell trata o rigor histórico/científico quase como uma assinatura, mas nunca deixando de lado o desenvolvimento de seus personagens. Alguns anos atrás (certo, há uns 15 anos) li seu primeiro livro - escrito junto com seu colega de faculdade, Dustin Thomason -  "O Enigma do Quatro", e até hoje acho incrível como eles conseguiram criar algo tão singular.

Assim como seu irmão mais velho, "O Quinto Evangelho" começa devagar, soltando informações aos poucos, o que pode até afastar alguns leitores mais impacientes, até o momento em que a história começa a se desenrolar com uma fluidez tão grande que, quando se percebe, o livro termina, e não de forma capenga ou incompleta, mas com um final belíssimo.

E com isso, encerrarei esse textão. Caso tenham tido paciência de ler até aqui e também tenham se interessado por ?O Quinto Evangelho?, definitivamente recomendo a leitura.
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Luan 23/03/2024

O livro é muito interessante e abre as portas para conhecer um pouco mais sobre um mundo que, em determinados momentos, existe em uma realidade paralela, mas o mistério do Sudário de Turim e das Sagradas Escrituras ganham uma nova roupagem, com as intrigas da última corte absolutista da Europa.
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Abiane.Streit 13/03/2024

Ruim! Ruim! Ruim!
Escrevo a resenha possessa de raiva e desgosto portanto não leve em consideração muitas das minhas palavras... Dito isso, que leitura mais maçante, obviamente reconheço que há pessoas que apreciam este tipo de escrita, não é o meu caso.

A cada duas páginas de extensas explicações históricas, que a principio eram bem interessantes, porém ao decorrer do livro se tornaram enfadonhas, pois gostaria de saber mais dos personagens e não a história de cada prédio do Vaticano, como disse, a principio era uma proposta boa, porém por diversas vezes ocorria do personagem principal o Padre Alex proferir três palavras em um diálogo, e após isso vir uma página inteira de explicações de cargo, prédio, história e quem é quem (confesso que o último é o mais interessante dentre as diversas explicações).

CONTÉM SPOILER A PARTIR DAQUI:

Fiquei decepcionada com o fato do autor ter uma trama tão boa para trabalhar mais o personagem da Mona e não aproveitar, eles voltaram como se tivessem passado uma semana de tempo após uma briguinha de casal, poderia ter trabalhado um pouco mais a história da Mona. É visto como a mesma traz paz ao Alex mesmo após longo periodo distante, mas custava trocar um pouco de personagem e desenrolar um pouco os sentimentos da Mona em relação ao Alex?
Tenho a mesma sensação em relação ao Simon, custava o autor dedicar apenas um capitulo do livro para ver a visão de Simon durante toda essa trama, sem deixar claro o que aconteceu com Ugo é claro, mas descrevendo onde é que ele estava durante o julgamento, os pensamentos que ele teve que o barravam de confessar o que de fato havia ocorrido e que o fazia sentir na obrigação de assumir a culpa e proteger o amigo que se matou.
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Kamilla120 29/01/2024

Livro extenso, porém bom.
Livro tem um temática boa, me prendeu no enredo sobre o Vaticano e seus hábitos, a parte do assassinato faz com que a gente fique focado nos detalhes e faz querermos ler mais.
Bem surpreendente e cheio de reviravoltas.
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MaJu.Simplício 05/06/2023

Apesar de ser lento em muitas partes e de ser cansativo o Alex falando sobre as reações do Peter e sobre como ele estava se sentindo ao pensar, até que foi uma leitura boa!
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Mii 10/01/2023

"Simon faz uma pequena prece, o sinal da cruz e dá o primeiro passo."

"Vejo meu irmão ressuscitar."
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Adriana 27/04/2022

Muito bem conduzido
Por ter um contexto difícil, foi bem muito bem conduzido
Manteve um ritmo forte, e envolvente
E a trama bem verossímil, nada de absurdo
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Antunes 23/03/2022

Meio thriller, meio histórico...
Quando comecei a ler O QUINTO EVANGELHO, imaginei algo completamente diferente. Até porque, a capa mesmo promete uma história de tirar o fôlego!

Porém ele parece uma colcha de retalhos, longe disso ser um problema! No meu a parte do thriller investigativo tornou-se totalmente secundário... e fiquei muito mais interessado na parte histórica trazida pelo autor!!

Vou fazer uma resenha em vídeo sobre o livro, mas se vc quer um livro com trama ágil... Há outros do estilo esperando vc... Esse é mais profundo!!!
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janehelena 24/01/2022

Cinematográfico
Um livro maravilhoso em todos os aspectos. Os personagem tem vida, os relatos históricos são comprometidos com a verdade, além de nos ensinar várias passagens bíblicas.
Trata-se daqueles livros que não conseguimos parar de ler e a cada página nos oferece conhecimentos históricos e geográficos, dramas e alegrias tão peculiares ao ser humano independente da região, idade ou tempo.
Uma excelente leitura! Recomendo.
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Vanderlete 23/11/2021

Suspense muito bom !!
A leitura do livro é muito fluída apesar de ser um livro extenso em seu número de páginas, acredito que seja pela escrita do autor que consegui prender a atenção do leitor desde o primeiro capítulo.
Não consegui desvendar o mistério... rsrs
Vale muito a pena ler !!
Muitos fatos históricos e uma linguagem realmente muito boa!
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Laryssa Barros 17/11/2021

Fui surpreendida!
Quando comprei esse livro foi um tiro no escuro, pois nunca tinha visto ninguém falar dele. Mas estou feliz em dizer que não me arrependo, eu amei. A escrita do Ian deixa a história super instigante e em nenhum momento eu adivinhei o mistério principal. Achei que que ia passar muito mais tempo para ler todas essas páginas, mas de forma surpreendente, não foi o que aconteceu.
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Rafa 09/07/2021

Uma trama eletrizante sobre uma verdade que pode abalar o futuro da igreja Nos últimos meses do pontificado de João Paulo II, uma misteriosa exposição é montada nos Museus do Vaticano. Seu curador, Ugo Nogara, alega ter descoberto um grande segredo sobre o Sudário de Turim, porém, uma semana antes da abertura da polêmica mostra, ele é encontrado morto nos jardins da residência de verão do papa. Na mesma noite, a casa dos padres Alex e Simon Andreou, amigos de Ugo e seus ajudantes na exposição, é invadida por um estranho. A polícia não consegue encontrar um suspeito, e Alex inicia sua própria investigação. Para encontrar o culpado, ele precisa descobrir o segredo mantido por Ugo a qualquer custo. Mas, à medida que começa a compreender a verdade, ele percebe que suas ações podem trazer consequências imprevisíveis para o futuro da Igreja Católica.

A melhor coisa do livro pra mim foi a parte histórica. O autor mostra muito bem toda sua pesquisa para escrever sua obra e faz uma contextualização muito boa da teoria que dá base a tudo. Aprendi muita coisa que não sabia. Nesse sentido, o livro acaba sendo, além de entretenimento, uma fonta de informação muito rica sobre os evangelhos bíblicos, o santo sudário e a história que envolve a ruptura entre a igreja católica romana e a igreja ortodoxa. Toda essa abordagem foi muito didática!!!

Na parte do thriller, eu achei ficou um pouco a desejar. Ele consegue cruzar as tramas pessoais dos personagens principais, que são interessantes. Tudo é muito bem explicado no final. Mas faltou ser empolgante. Longe, muito longe de ser ruim, mas não me atraiu tanto quanto a parte histórica. Faltou o fator impactante!!

Por essas observações, eu digo que se você gosta de livros históricos, O Quinto Evangelho é uma boa pedida que ainda vem com uma trama de suspense. Porém, se você for ler só pelo thriller, talvez sua experiência não seja tão boa. A parte de História domina o livro, mas é excelente!!!

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