Fabi | @psleitura 07/05/2020{resenha feita no blog PS Amo Leitura}As Cores da Vida, publicado pela Editora Arqueiro, foi meu quinto contato com a autora Kristin Hannah e, diferente dos outros livros, esse vai mostrar uma história sobre irmãs, rivalidade, perdão e o verdadeiro significado do que é ser uma família.
Winona, Aurora e Vivi Ann são irmãs e perderam a mãe muito cedo. Criadas pelo pai frio e distante, acabaram criando um vínculo enorme entre elas, fazendo sempre o possível para proteger umas as outras, apesar de suas diferenças.
Winona é a irmã mais velha e o porto seguro para as duas. Nunca se sentiu em casa e sabe que não tem as qualidades que o pai valoriza, mesmo sendo a melhor advogada da cidade e ela busca mostrar o seu verdadeiro valor.
Aurora é a irmã do meio. Ela acalma todas as tensões familiares e se desdobra pela felicidade de todos, mesmo que esconda seus próprios problemas.
E por último, conhecemos Vivi Ann que é a irmã mais nova. Completamente sonhadora e com um coração enorme, ela acredita que tudo em sua vida está dando certo, mas, é quando um forasteiro chega à cidade, que tudo começa a mudar.
Com a chegada desse rapaz na cidade, conhecido como Dallas, tudo vai mudar e não apenas na vida de Vivi Ann: a lealdade entre irmãs será colocada à prova e segredos dolorosos serão revelados.
Um pouco diferente dos outros que li da autora.
Final de 2019, comecei a ler as obras da Kristin Hannah e confesso que não consigo mais parar. Ela tem uma escrita tão envolvente e cativante, que faz o leitor ficar totalmente preso ao enredo e apaixonado por tudo que ela escreve. Apesar de admirar essa qualidade na autora, confesso que “as cores da vida” foi uma leitura um pouco diferente para mim.
Já falei em outros posts e até mesmo em resenhas que a autora tem o dom de destruir o coração do leitor, mas com essa obra, eu não me emocionei tanto quanto esperava. Achei que o desfecho do livro foi um pouco previsível, mesmo quando o segredo foi revelado.
Mas, ao mesmo tempo que já esperava que tudo aquilo fosse acontecer, eu me conectava com a história, principalmente pela união das irmãs. A forma como isso foi desenvolvido, deixando-as próximas, revolvendo todos os problemas, me conquistou.
Mesmo quando mostrava a rivalidade entre elas, as brigas por conta dos dilemas que estavam enfrentando – principalmente com a chegada do Dallas – eu sentia que elas continuavam ligadas e, independente de tudo, seriam capazes de tudo uma pela outra.
E por falar em Dallas...
Eu fiquei em conflito com esse personagem! Em primeiro momento, eu o achei autoconfiante demais, parecendo até mesmo arrogante. Com o decorrer da história, eu comecei a ver um outro lado dele: um lado que havia muito sentimento ali e que estava fazendo o possível para proteger quem ele amava. Isso foi um ponto positivo do personagem, mas que, ainda assim, não consegui me emocionar com a sua história e sua jornada.
Outro ponto que gostaria de relatar é que senti falta de uma “voz mais ativa” para a personagem Aurora. Talvez por ela ser a irmã do meio, sempre apaziguando todas as situações delicadas, a autora não a desenvolveu totalmente. Eu diria que “as cores da vida” é uma obra relacionada aos dilemas de Winoma e Vivi Ann.
Apesar do livro ter me agradado em alguns pontos e em outros deixado uma sensação de vazio, ainda é Kristin Hannah. Ainda é aquela autora que eu recomendo que todos leiam e conheçam a sua escrita intensa.
Esse livro me mostrou que em muitos momentos a justiça pode ser falha, a população pode ser preconceituosa e a inveja pode atrapalhar e impedir a vida de qualquer pessoa.
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