Longe Deste Insensato Mundo

Longe Deste Insensato Mundo Thomas Hardy




Resenhas - Longe Deste Insensato Mundo


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Evy 19/12/2017

Caro leitor: Essa não é uma simples resenha, é uma semeadura de amor.

Há livros que conseguem se conectar de tal forma ao leitor que você sabe que ao terminá-lo algo em você será mudado ou acrescentado. Esse livro se encaixa nessa categoria especial destinada a livros da magnitude de uma escrita tão plena.
Lógico, a experiência literária é algo pessoal, não há como prever impactos que livros terão sobre cada um, então esta resenha (ou semeadura de amor) é apenas uma expressão de minha impressão.

Longe Deste Insensato Mundo narra as desventuras e histórias de vida de personagens dentre os quais se destaca: Batsheba Everdene e Gabriel Oak. Tudo o que ocorre na trama está ligado direta ou indiretamente a esses dois, principalmente à Batsheba, pois as inconstâncias de suas ações são em sua maior parte os ditames das ocorrências encontradas neste livro.
Ao começar o livro damos de cara com o ponto de vista de Gabriel Oak narrando as ocorrências de sua vida desde que pôs os olhos em Batsheba; um fazendeiro iniciante, Gabriel logo se encanta por Batsheba (por razões que me foram incompreendidas logo de início), que até então era uma pobre moça cujo o que tinha de mais valor aparente era a beleza, encarei a Batsheba jovem apenas como uma jovem frívola cujo maior defeito, a vaidade, a fazia encarar o mundo com arrogância. E a agorrância pode ser sim um ponto de infelicidade constante.
Eu amei o Gabriel Oak desde a primeira frase do livro (literalmente), este homem de força tranquila consegue causar uma profunda impressão desde o primeiro instante de contato.
“Quando o fazendeiro Oak sorria, os cantos de sua boca estendiam-se até bem perto de suas orelhas, seus olhos se reduziam a fendas estreitas e apareciam rugas em volta deles, espalhando-se por seu semblante como os raios de um desenho rudimentar do sol nascente.”

Apaixonado por Batsheba, Gabriel logo a pede em casamento apenas para ser rejeitado, sua amada parte para longe, mas:
“Deve-se observar que não há um caminho regular para escapar do amor como há para encontrá-lo. Algumas pessoas veem o casamento como um atalho, mas que é conhecido por ser falho. A separação, que era a oportunidade oferecida a Gabriel Oak pelo desaparecimento de Batsheba, embora válida para pessoas de certos temperamentos, no dele intensificou a idealização do ser removido, aumentou a plácida afeição, fê-la constante em sua mente, pois fluiu profunda e demoradamente. Oak pertencia à ordem tranquila da humanidade, e sentia a fusão secreta dele mesmo em Batsheba, queimando numa chama mais fina agora que ela se fora, era isso.”

Com o coração magoado ele passa por outra provação que o faz voltar à estar em contato constante com a Batsheba, agora como seu empregado e ela a rica dona de uma próspera fazenda (os porquês e comos deixo para o próprio livro se explicar), passando a testemunhar as desventuras e aventuras de sua amada.
A partir desse reencontro a narrativa começa a se diversificar nos mostrando o ponto de vista de vários outros personagens, incluindo a própria Batsheba, entramos na mente desta mulher tão complexa para os personagens masculinos desta história e devo dizer que apenas vim enxergar o que homens como Gabriel Oak, Mr. Boldwood e Troy (tão diferentes cada um mas conectados pelo confuso coração de Batsheba), viam em Batsheba para nutrirem tais sentimentos profundos por ela (ou no caso de Troy, uma inclinação mais forte do que com outras), perto do fim. A Batsheba representava o que faltava na vida de cada um destes homens. Do Gabriel, uma companheira de vida. Do Mr. Boldwood, o sentir, o desaparecimento da inércia sentimental. Do Troy, uma consciência (de todas as mulheres na vida do Troy ficou claro que a Batsheba foi aquela que mais teve contato com o verdadeiro Troy).
Foi fascinante, glorificante e significante, embarcar nesta história entre tais personagens tão bem desenvolvidos que lançam um holofote sobre as facetas comportamentais dos seres humanos. Meu propósito aqui não é narrar um pouco sobre a história para despertar a curiosidade de outros por ela, e sim, narrar minhas impressões sobre ela para que germine em quem ler estas palavras, a vontade de conferir esta incrível obra.
Thomas Hardy é um escritor que eu gostaria de ter tido a oportunidade de ter uma conversa. Suas descrições, sua forma narrativa, sua imaginação e sua disposição em conseguir transmitir tudo o que estava propondo com esta história, é digno de admiração. Não são todos os escritores que conseguem esta proeza. Principalmente uma coerência psicológica dos personagens, e nisso Hardy teve total controle.
Mais do que um romance, Longe Deste Insensato Mundo transmite com palavras a visão do comportamento inconstante do coração de uma mulher, e o quanto uma mulher deve estar pronta para aceitar as consequências disso até encontrar o equilíbrio necessário.

Quote favorito:
“(...) Falaram muito pouco sobre seus sentimentos. Frases bonitas e calorosas seriam, provavelmente, desnecessárias entre eles. O afeto deles era substancial, palpável. Os dois, que foram colocados juntos, conheciam os lados mais sombrios do caráter do outro. O romance, agora, cresceria nos intersícios de uma massa da realidade dura e prosaica. Esta boa-comunhão-camaradagem, que geralmente ocorre através da semelhança, é, infelizmente, raramente adicionada na busca do amor entre os sexos, pois homens e mulheres não se associam em seus trabalhos, mas em seus simples prazeres. Onde, no entanto, a feliz circunstância permite o seu desenvolvimento, o sentimento prova ser o único amor que é forte como a morte, o amor que muitas águas não podem apagar, nem os rios afogar, ao lado do qual a paixão normalmente é evanescente como vapor.”
Laís 19/12/2017minha estante
Que resenha!! Eu não li o livro, mas já assisti o filme, e adorei! O filme foi extremamente bem feito, porque essa passagem que você colocou sobre o Gabriel, sobre o sorriso, a sensação é idêntica no filme! Incrível! Os atores pelo jeito foram muito bem selecionados. Agora preciso ler o livro!


Evy 19/12/2017minha estante
Laís, essa passagem sobre o sorriso do Gabriel é a primeira frase do livro e se no filme conseguiram passar isso, se concentraram-se nesses pequenos detalhes tão importantes, com certeza vale a pena a apreciação de ambos. Teu comentário só me fez querer mais ver o filme!


Polly 19/12/2017minha estante
Assisti o filme e amei! Depois da sua resenha vou ler o livro tbm.


Evy 19/12/2017minha estante
Polly, você não vai se arrepender! Se você já amou o filme, o livro só vai incrementar o sentimento *-*


raissa.pinto.9 26/12/2017minha estante
Que resenha é essa? É uma obra prima! Ja encomendei o meu, vai ser uma das metas pro ano que vem! Junto de Little Dorrit


Evy 27/12/2017minha estante
Raissa que maravilhaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Sei, sem sombra de dúvida, que você irá amar.
E lembre de se abastecer com post-its ou marcadores kk, vá por mim que você vai precisar.

Ai Little Dorrit *-------------*
Uma das minhas prioridades para este ano que chega.


raissa.pinto.9 28/12/2017minha estante
Pode deixar! Estou bem animada para essas leituras!


MARYNHA 14/01/2018minha estante
Parabéns pela sua resenha. O filme ficou simplesmente maravilhoso. Agora quero ler o livro. Fico admirada com a sensibilidade destes escritores de tal época. Jane Austen e principalmente um escritor . Este é também um clássico, merecia até uma série de 3 a 4 temporadas bem feitas.


Evy 09/04/2018minha estante
Não se fazem mais aos montes escritores como antigamente rsrs'
A diferença era que eles sabiam tocar o coração, perturbar a paz e trazer profundas reflexões a um leitor.


Gizalyanne 23/06/2018minha estante
Amei sua resenha!!!




Jessica M. 23/03/2023

Decepcionada
Depositei muita expectativa sobre esse livro por um longo tempo. Confesso que tive que pular alguns parágrafos. Se não fosse pela história cativante e que, de certa forma, tem seu charme, eu teria abandonado a leitura.

Acredito que algum psicólogo poderia confirmar se a protagonista Bathsheba Everdene possui transtorno de personalidade histriônica. A intenção do autor era dar forma a uma mulher linda, independente e ‘recatada do lar’, mas o resultado foi uma mulher mimada, imatura e indecisa, cujo único objetivo durante todo o tempo era flertar com os homens que a desprezavam e na primeira demonstração de interesse por parte de algum deles, Bathsheba os enxotava fingindo ser moralmente correta, perdendo o interesse em seus brinquedos e partindo assim para a próxima presa.

O autor também se perde em demasiada descrições de cenas e diálogos de pessoas simples do campo que são totalmente desinteressantes. Aqui está um caso em que a adaptação cinematográfica foi melhor.

Nota: 3,5 de 5.
Mari 29/05/2023minha estante
Vc conseguiu resumir tudo que me incomodou na leitura! Uma pena. Também estava com bastante expectativa por ter gostado do filme.


Jessica M. 01/06/2023minha estante
Pois é, Mari! Foi uma grande decepção para mim também :/


Praga.Enzo 02/01/2024minha estante
A "tradução" da Pedrazul, que parece ter saído diretamente do Google Translate, estragou significativamente a experiência. Li junto com o original e tinha momentos que o parágrafo traduzido não tinha nada a ver e estava super confuso. Infelizmente essa editora não preza pela tradução, nem por capas com bom gosto.


Jessica M. 03/01/2024minha estante
Interessante saber disso! Infelizmente nem todas as editoras parecem se preocupar com a experiência dos leitores em si, só com os lucros :/


Praga.Enzo 03/01/2024minha estante
Com raras as exceções, as traduções da Pedrazul são horríveis. Além das capas cafonérrimas. O único livro que li e que a tradução estava impecável foi A Pedra da Lua. Além de ter um texto de apoio de uma pesquisadora da área. Apenas. O restante a própria dona da editora que faz prefácio. Ela nem pesquisa na área, nem tem conhecimento em inglês. Pode perceber que na Amazon em todos os livros da editora ela leva o crédito após o nome do autor.


Praga.Enzo 03/01/2024minha estante
Mesmo com as frequentes reclamações na Amazon e nas próprias redes sociais da editora, a mesma continua fazendo novas edições, onde apenas muda a arte cafona da capa, sem corrigir os erros.


Praga.Enzo 03/01/2024minha estante
E a fã base deles é feroz. Uma vez, em uma Leitura Coletiva, questionei a tradução e uma moça veio pra cima de mim como se eu tivesse xingado a mãe dela kkkk


Jessica M. 04/01/2024minha estante
?? Nunca entenderei esses fãs... Mas se tem quem compre a ideia da dona, duvido que ela vá repensar sobre isso!




Ari Phanie 06/05/2021

Eu queria ter passado Longe deste Insensato Martírio


Longe deste Insensato Mundo estava na minha lista de leitura há anos. Eu quis ler ele bem antes de Tess dos D'Urbervilles, o qual eu acabei lendo primeiro. Depois de assistir ao filme de 2015, as expectativas aumentaram e eu esperava, no mínimo, gostar desse livro tanto quanto do filme. E acabei percebendo que o que fizeram no filme merecia algum tipo de prêmio, porque esse é um dos clássicos mais penosos que já li na vida.

Para começar, Thomas Hardy é um dos grandes romancistas vitorianos da literatura inglesa, e as obras dele são muito características pelo tom pessimista e pela exaltação ao cenário bucólico, que ele descreve com maestria. Meu primeiro contato com o autor no ano passado foi melhor do que eu esperava, e eu nunca imaginei que minha segunda experiência fosse ser tão desagradável. Mas vamos lá para os motivos.

O livro em questão conta a história de Bathsheba Everdene, uma moça que herda uma fazenda e decide administrá-la sozinha. Hardy descreve Bathsheba como inteligente, independente, confiante, e também bastante coquete. E ela é mesmo bem coquete e inicialmente, até independente. Mas a medida que a história avança, fica claro que Bathsheba ‘tá longe de ser inteligente e confiante. Ela é na realidade, mimada, egocêntrica, volúvel e imatura. É uma personagem incrivelmente irritante e foi impossível pra mim criar qualquer vínculo ou ter empatia por ela. Só que o problema pra mim não reside na personagem em si, mas em como Hardy queria retratá-la. Eu não me lembro de ter sentido isso no primeiro livro dele (pelo menos, não a ponto de me incomodar tanto), mas o cara era um misógino de marca maior. Ele passa o livro todo (sério, TODO!) se referindo a mulheres de forma negativa; se utilizando de ideias estereotipadas. Em sua concepção, são todas instáveis, inseguras, fracas, incapazes de fazer algo com consistência. E quando Bathsheba é forte e inteligente, é porque ela é claramente, uma exceção. Não existiam mulheres fortes e inteligentes na época do Hardy, todas eram umas vacas doidas esperando por um guia. E os homens tem de estar sempre lá para fazer o certo e auxiliar essas malucas. É uma concepção tão míope, tão cansativa, tão desagradável que não há como relevar. Ele pode ter sido lá do século XIX, onde as mulheres eram vistas desse jeitinho mesmo que ele descreve, mas Jane Austen anos antes dele, criada na mesma sociedade patriarcal foi lá e descreveu suas heroínas como mulheres reais; indivíduos que tinham mais cores e nuances do que se ousava apresentar. As pessoas podem achar que não é um exemplo justo, já que Jane Austen era uma mulher e conseguia falar sobre seu mundo “feminino” com mais precisão, mas quando ela escreveu os personagens masculinos os fez também em várias camadas, sem se utilizar de estereótipos. Escritor que consegue retratar um gênero (o seu próprio) e faz uma cagada com o outro gênero (porque não é o seu) devia estudar melhor e conhecer melhor o ser humano, antes de escrever.

Como se não bastasse essa problemática, Hardy também escreveu três personagens masculinos intragáveis. Não bastava ter só uma protagonista péssima, para acompanhar precisava dos pretendentes radioativos. Oak era o mais interessante no começo. Sensato, sério, a voz da razão e da honra. Daí pra mim morreu poucas páginas depois. E praticamente sumiu na metade da história, dando mais espaço para o chernoboy Troy, que é a concepção exata do “cara errado”, e que serve para mostrar que Bathsheba é como qualquer outra mulher, né!? Uma tonta quando se apaixona. O terceiro envolvido na história é o INSUPORTÁVEL Boldwood, um homem obcecado que não sabe ouvir “não” e persegue Bathsheba irritantemente. Que personagem chato da porra, mds!

Fora esse “quadrado amoroso”, os outros personagens secundários são irrelevantes e não se destacam por nada. E como se não bastasse, as descrições dos cenários e passagens dos personagens falando coisas irrelevantes que não acrescentam nada à história, cansam num grau...! Enfim, esse é um dos piores clássicos que li ultimamente. Cansativo, machista e esquecível. Mesmo assim, ano que vem lerei O Retorno do Nativo e espero que Hardy me compense por esse martírio.
Evelin.Mayara 24/10/2021minha estante
Não existe interpretação certa e cada leitor tem a sua. Mas a sua visão de Thomas Hardy como um misógino/machista é no mínimo curiosa. Esse é o autor que teve que deixar de ser romancista e terminou seus dias somente como poeta, devido aos escândalos que seus últimos livros causaram na sociedade vitoriana. E um dos motivos disso foi justamente as críticas que ele tecia à hipocrisia da questão de gênero e o quão estrito esses arquétipos eram, ele era e é conhecido por subverter expectativas de gênero e por suas personagens femininas multifacetadas. Essa análise é feita repetidamente por acadêmicos (homens e mulheres) em artigos e ensaios no mundo todo. Esse é o autor que escreveu Tess dos D'Urbervilles em 1891 (censurado e que só consegue sair no ano seguinte), que é provavelmente o primeiro romance a de fato tratar da cultura do estupro e da culpabilização da vítima, no qual ele defende até o fim a pureza moral de sua heroína. Imagino que você não tenha se dado bem com a escrita de Hardy, que não tenha se atentado para o discurso indireto livre e, por isso, confundido o que é a visão do personagem reflexo da sociedade que ele critica e qual é de fato o ponto que o autor queria atingir.


Ari Phanie 24/10/2021minha estante
Oi, Evelin. Então, li Tess. Achei um ótimo livro, inclusive, nunca imaginei que fosse considerar o autor um machista. Mas ele é. Se você ler o livro, vai notar que não interpretei a opinião dos personagens, fiz a leitura do que o Hardy dizia nas entrelinhas e fora delas. Como a história comprova, ele não foi o único autor perseguido por suas opiniões e histórias, e isso, sem dúvida, não o isenta de ser fruto da sociedade e tempo em que foi criado, portanto, ele não está isento do tom paternalista e misógino que usa, está impresso na sua história de forma bastante clara. Se você ou outra pessoa não consegue enxergar isso, beleza, sem problema. Mas eu vejo. Abraços.


Evelin.Mayara 08/11/2021minha estante
Sim, eu conheço o livro bem, inclusive no original. Seria uma aberração de fato se Hardy falasse como um feminista da 4ª onda, todo autor é e deve ser fruto de seu tempo, por mais ''progressista'' que seja considerado. Autores foram perseguidos pela censura desde sempre, porém isso não anula o fato de que este autor específico o foi e o porquê. Creio que não seja justo nem eu nem você dizermos que quem estudou Hardy no original a vida inteira não consiga interpretar algo, tampouco acreditarmos que suas afirmações são dogmas. O que há são diferentes perspectivas e tudo bem. Poderia ser argumentado que nessa obra ele criou uma das personagens femininas mais complexas e resilientes moralmente da literatura em Bathsheba, ocupante de posição profissional inédita (ele afirma que ela é competente nisso e elogia seu traquejo com números, por exemplo), com algumas idiossincrasias tipicamente masculinas, reconhecendo a pressão social e a situando não nos extremos vitorianos do anjo doméstico nem da ''fallen woman''. Em Boldwood vemos uma loucura em moldes de histeria, que outrora só era retratada em mulheres. Em Troy, pseudoaristocrata, temos uma reflexão da inadequação dos traços estereotipados masculinos naquela sociedade. Em Oak percebemos inúmeras características tipicamente femininas (para os vitorianos) como desejáveis e adaptáveis: modéstia, intuição, gentileza, ética do cuidado e empatia, por exemplo. Novas interpretações são saudáveis para um clássico. Respeito a sua visão como tão válida quanto a minha. Abraço!


Ari Phanie 08/11/2021minha estante
Ah, sim, se vc que leu o livro no original e parece ser uma estudiosa do autor, tá falando, quem sou eu para opinar o contrário? Anotado. ?




Yayaleitao 29/01/2023

Oi, oi, gente. Hoje eu trago uma resenha do um clássico vitoriano, não conhecia nada do autor e acabei me surpreendendo bastante. Eu fiquei motivada a ler, depois de assistir a adaptação cinematográfica de 2015 e fiquei surpresa ao ler quando percebi a fidelidade da obra.

Sobre o livro, de uma maneira geral gostei muito. No início, eu estava me sentindo culpada por não ter gostado tanto da mocinho do livro, mas depois de ler fui atrás das resenhas e percebi que a maioria não gostou , fiquei aliviada confesso. Acho que a grande diferença entre a mocinha do filme para do livro é no quesito de carisma. A atriz Carey Mulligan ela consegue dar camadas as expressões da personagem, coisa que no livro eu senti falta, em muitos momentos, eu acabei interpretando Bathsheba Everdene no livro um tanto mimada e inconstante.

Outra coisa que me incomodou no livro foi a construção do casal. Não é que seja ruim, sabe? Mas, faltou aprofundar um pouco, talvez mais interações entre si (não estou dizendo de beijos e afins, estou falando de mais diálogos mesmo)

Apesar desses detalhes, o livro é muito bom. O grande protagonista do livro (acho que podemos dizer assim?) é Gabriel Oak, a maior partes das cenas ele está presente e ele faz jus a um perfeito mocinho sempre rendido pela dona do coração. Isso não quer dizer que ele não deixe de expressar o que sente em relação as atitudes duvidosas dela.

Como eu não tinha lido nada do Thomas Hardy, eu fiquei surpresa com a fluidez da leitura. Quando se pensa em clássicos, geralmente é associados na dificuldade do ritmo de leitura. Isso não acontece aqui, ele consegue construir a história perfeitamente sem deixar pontas soltas e de maneira bastante coerente com as características dos personagens.

Enfim, acho que talvez eu tenha me estendido demais. Eu gostei bastante do livro, só tirei uma estrela pelos pontos que me incomodei (0,5 estrela para cada estresse kkk). No mais, recomendo muito a leitura!
Cleo.Bianche 08/01/2024minha estante
Otima resenha, aqui Um filme que fez eu ler livro, e gostar dos dois. Pra mim, o casal de atores foi perfeitos.


Yayaleitao 09/01/2024minha estante
obrigada, a química entre os atores ajudou muito




Tamires 16/12/2016

Longe deste insensato mundo, de Thomas Hardy
Longe deste insensato mundo é um romance escrito por Thomas Hardy, publicado originalmente em 1874, sendo já nesta época um Best-seller. Neste livro, Hardy usa pela primeira vez o cenário rural que criou para suas histórias, Wessex, retratando o sudeste da Inglaterra, que ele conhecia muito bem.

O livro narra a história de Bathsheba Everdene, uma jovem que no início da história é pobre, mas logo tem sua vida transformada ao receber a herança de um tio, tornando-se dona de uma vasta propriedade rural. Antes de se tornar fazendeira, ela é pedida em casamento por Gabriel Oak, mas recusa-o, pois não se vê feliz ao vislumbrar um casamento. Afirma não amá-lo e dá sinais de ainda não estar pronta para tal compromisso, o que, para época, poderia ser considerado um tremendo disparate.

“‘Farei uma única coisa nesta vida, uma coisa certa, que é amá-la e esperá-la, e continuar a desejá-la até morrer.’ A voz dele tinha uma compaixão genuína agora e suas grandes mãos tremiam perceptivelmente.

‘Parece assustadoramente errado não aceitá-lo quando você tem tanto sentimento!’, disse ela com um pouco de angústia, olhando ao redor sem esperanças de escapar de seu dilema moral. ‘Como gostaria de não ter corrido atrás de você!’ No entanto, ela parecia encontrar um atalho para reencontrar a alegria e ajustou seu rosto para parecer brejeira. ‘Não seria possível, Mr. Oak. Quero alguém que me dome. Sou independente demais. Você nunca conseguiria, sei disso.’” (p. 29)

Assumindo a posição de fazendeira, Bathsheba dá mais sinais de sua personalidade forte e independente, pois, ao demitir o administrador da fazenda por motivo de roubo, decide, ela mesma, cuidar da administração da propriedade. Apesar de ser um romance vitoriano, Hardy não escreveu sua protagonista seguindo os moldes da época. Miss Everdene não é um modelo de candura, e sim uma mulher forte, que comete erros e tem seus momentos de acerto, como todas nós. Encanta, neste livro, o realismo dos personagens, suas declarações e, claro, as belíssimas paisagens da Inglaterra rural.

“‘Agora prestem atenção, vocês têm uma patroa em vez de um patrão. Ainda não conheço o meu poder e meus talentos para a agricultura, mas devo fazer o meu melhor e se me servirem, servirei a vocês. Se houver alguém desleal entre vocês (se houver alguém, mas espero que não) achando que por eu ser uma mulher não entendo a diferença entre mau e bom comportamento.’
‘Não, dona’, disseram todos.
‘Muitíssimo bem observado’, disse Liddy.
‘Acordarei antes de vocês; estarei nos campos antes que cheguem e tomarei o meu desjejum antes que estejam nos campos. Resumindo, surpreenderei todos vocês.’” (p. 68)

Quando a protagonista pensou ter deixado sua antiga vida para trás, eis que surge novamente em sua vida Gabriel Oak. O homem ajudou os funcionários de Bathsheba a salvarem o trigo da fazenda que estava prestes a ser consumido em um incêndio. Tendo perdido sua propriedade, Oak torna-se funcionário de Bathsheba, no cargo de pastor de ovelhas. Com o desenvolvimento da história vemos uma relação de cumplicidade acontecer entre Gabriel e Bathsheba. Ele, mais que um homem apaixonado, dispõe-se a ajudar e a aconselhar a jovem sempre que é preciso. Fiquei encantada com o personagem, modelo de tudo o que uma mulher poderia desejar em um homem.

Miss Everdene, apesar de assumir um posto que demandava muita responsabilidade, era apenas uma jovem, e, como toda jovem, era dona de um coração inconstante. Além de Gabriel, ela despertou os sentimentos do respeitável fazendeiro de meia idade, Mr. Boldwood. A princípio, ele não a havia notado, mas, a partir de uma brincadeira com um cartão de dia dos namorados, ele apaixona-se perdidamente por Bathsheba.

“‘Oh, o fazendeiro Boldwood’, murmurou Bathsheba e olhou para ele enquanto este ia ainda mais rápido. O fazendeiro não virou a cabeça em nenhuma vez, seus olhos estavam fixos num ponto mais distante da estrada, que passou tão inconscientemente e distraidamente como se Bathsheba e seus encantos fossem o mais diluído ar.’” (p. 76)

“‘Sofro – muito – ao pensar’, declarou ele com simplicidade solene. ‘Venho conversar com você pela primeira vez. Minha vida não me pertence mais desde que a vi, Miss Everdene. Venho para pedir-lhe em casamento.’” (p. 103)

Em um esbarrão na mata de abetos, surge o Sargento Troy. Um encontro inusitado, após o entardecer entrelaça, literalmente, o destino dele e de Bathsheba. A roupa dela ficara presa na espada do oficial. Neste incidente, surgem os primeiros diálogos e uma tensão sexual entre os dois, principalmente da parte da jovem.

Troy é um sedutor por natureza, e consegue fazer com que Bathsheba perca o juízo. Nos dias atuais, ele certamente seria um flerte, ou um caso de uma noite só. Mas estamos no século XIX, Inglaterra Vitoriana, então desde a sua primeira aparição não é difícil imaginar o caos que o personagem será capaz de causar na vida da nossa protagonista e dos seus admiradores.

“‘Bathsheba amou Troy da maneira que somente as mulheres autoconfiantes amam quando abandonam sua autoconfiança. Quando uma mulher forte de forma imprudente joga fora sua força é pior do que uma mulher fraca que nunca teve força para jogar para fora. Uma fonte de sua inadequação é a novidade da ocasião. Ela nunca teve prática em fazer o melhor de tal condição. A fraqueza é duplamente fraca por ser nova.’” (p. 152)

“‘E os defeitos de Troy ficavam completamente distantes da visão de uma mulher, enquanto seus encantos estavam bem na superfície, contrastando assim com o humilde Oak, cujos defeitos eram evidentes a um cego e cujas virtudes eram como metais em uma mina.’” (p. 153)

Longe deste insensato mundo foi o primeiro livro que li de Hardy e, certamente, não será o último. Suas descrições na medida certa e seus personagens inconstantes e errantes tornaram-me a mais nova fã de carteirinha do autor. Vi que muitas pessoas criticam sua Bathsheba. Eu a amo justamente por ser uma mulher falha, que aprende com a vida e com as circunstâncias. Um romance inesquecível e uma das melhores leituras do ano.


Além de tudo o que falei acima, que é só uma parte da história para que o leitor da resenha não perca o prazer de surpreender-se com Longe deste insensato mundo, preciso dizer mais uma vez, pois quem me acompanha nas redes sociais já sabe, o quão maravilhoso foi ter esta que é a primeira edição dessa super história, em português, dedicada a mim. Serei eternamente grata à Pedrazul Editora pelo carinho comigo nesta edição.

site: http://www.tamiresdecarvalho.com/resenha-longe-deste-insensato-mundo-de-thomas-hardy/
MARYNHA 14/01/2018minha estante
Excelente, eu vejo o filme um milhão de vezes, tipo Orgulho e Preconceito , este é também um clássico. Quero ler o livro em breve.




Julinho 13/12/2022

Um dos temas principais - e mais vanguardistas - da obra de Thomas Hardy é a sexualidade humana. Em "Longe deste insensato mundo", não é diferente. Bathsheba racionalmente sabe que Boldwood é a melhor escolha para um casamento seguro, que lhe traga estabilidade e respeitabilidade. A contragosto, também reconhece a fidelidade de Gabriel Oak, que não exige nada em troca, mas não é cega e canina: ele é o único a criticar-lhe abertamente quando necessário e vejo certos ecos de Emma e Mr. Knightly na cena em que ele a repreende por brincar com o sentimentos de Boldwood. Mas infelizmente para a nossa heroína, os dois bons partidos não remexem suas entranhas como o sargento Troy, sua escolha equivocada.

Muitos reclamam da obra original e de sua lindíssima adaptação cinematográfico (que reproduz muito bem o tratamento literário que o autor dá a natureza em uma fotografia deslumbrante) argumentando que Bathsheba se apequena e se assujeita no decorrer da obra. O que é verdade, mas argumento como resposta, que tudo o que a fazendeira sofre é resultado de suas próprias escolhas, e que diferentemente de outras heroínas da literatura universal (como a Natasha de Guerra e Paz), ao fim, Bathsheba não é punida pela narrativa. Ela não perde as características que a fazem diferente do ideal feminino da época no início da história, pelo contrário, as recupera. E Mr. Oak não é o tipo de marido que vá reprimir essas características, mas sim pode às estimular.
Gabi 13/03/2024minha estante
Amei mt o filme e finalmente uma resenha me convenceu a continuar na leitura do livro. Espero gostar!




Allana 21/04/2021

Eu me decepcionei!
O livro conta uma estória que tem um começo bem promissor e satisfatório sobre uma heroína que, embora muito jovem, sabe muito bem o que quer e o que não quer, mas sinto que o autor se perdeu no meio do caminho na construção dessa personagem, que não deixa de ser uma mulher extremamente forte, mas acaba sucumbindo as próprias dificuldades que as mulheres passavam na época, e perde boa parte do seu brilho.
Outro ponto que me decepcionou bastante foi que, na sinopse desse livro, tem a informação de que o autor descreve com extrema sinceridade as relações sexuais da época, então eu passei o livro inteiro procurando essa descrição, esse momento, e simplesmente não existiu, nenhuma relação sexual descrita!
Então se você, assim como eu, for ler esse livro somente com o intuito de saber como eram verdadeiramente as relações sexuais da época, sinto muito, irão se decepcionar também.
Evelin.Mayara 09/11/2021minha estante
A editora não te enganou com a sinopse. Este é um livro vitoriano de 1874, você jamais vai encontrar descrições explícitas de relações sexuais em romances de tal época. Porém, Hardy chegou a ter problemas com a censura justamente por criar personagens femininas que, assim como os homens, estão sujeitas a desejos sexuais. Na maioria da literatura vitoriana, como um reflexo da obsessão com a ''pureza'' feminina, a mulher ou era retratada como anjo do lar infantilizado ou como ''a mulher caída''. Raros são os autores como Thomas Hardy que são realistas com a sexualidade feminina e a hipocrisia social que a cercava. Isso sem dizer que há bastante simbologia sexual nesse livro.




Eloah 18/09/2024

Um romance inesperadamente bom
Devo dizer que comecei a leitura sem muitas expectativas e achei que a história tomaria um rumo X. Mas não, a narrativa teve reviravoltas totalmente inesperadas e trouxe muitas reflexões interessantes. Claro, é um romance de seu tempo, com uma caracterização feminina como 'sexo frágil' etc. Apesar disso, temos uma protagonista forte e apaixonante. Recomendo muito a leitura àqueles que gostam de romances de época.
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Ket 26/08/2024

Bathsheba Everdene nunca errou e se errou foi tentando acertar
Bathsheba Everdene cometeu apenas 3 erros na vida dela:

1- Fazer uma brincadeira com um homem que não entendia piadinha (deu ruim e ela reconheceu),
2- Se apaixonar por um cafajeste de uniforme (quem nunca caiu na lábia né?)
3- Não casar com o Gabriel 3 segundos depois deles se conhecerem (aqui o erro foi rude).

Fora isso ela entregou tudo para uma heroína do século XIX: dona de fazenda, administradora, ícone da criação de ovelhas, negociadora de sementes, orgulhosa de sua posição e ciente do seu poder. Sinceramente? Icônica! Se Bathsheba Everdene tiver apenas um fã no mundo, serei eu! Não me admira que o Hardy tenha dado a ela um final feliz, a gata fez suas estripulias, mas é difícil não gostar dela e Gabriel ao longo da narrativa.

Amei!
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Pandora 18/08/2024

Comecei a ler literatura do século XIX ainda na adolescência, especialmente os romances, e se naquela época já era um deleite para minha imaginação e um espaço de sonhos fofos, hoje é meu refúgio, meu lugar quentinho. Acho uma delícia, poucas coisas alinham tão bem meus chakras quanto um bom livro escrito no século XIX, talvez por isso minha amiga Aldi me emprestou "Longe Deste Insensato Mundo" e eu amei.

Através da narrativa do Thomas Hardy fui levada a vida rural da Inglaterra Vitoriana, para uma realidade permeada por pequenos vilarejos, grandes pastos de ovelhas, plantações de trigo e pessoas simples, vivendo vidas modestas, ocupadas de seus trabalhos cotidianos, na criação de ovelhas, no plantio e colheita da lavoura, nas idas e vindas a Igreja Anglicana aos domingos. Cenários bucólicos, trama baseada nos sentimentos, nas paixões que dão ou não certo e marcam para sempre os corações e mentes das pessoas que ocuparam tanto o lugar de protagonista quanto os coadjuvantes.

A história de "Longe Deste Insensato Mundo" é protagonizada por Gabriel Oak, um pastor austero de ovelhas que por um golpe de má sorte perde todo seu rebanho e precisa procurar um emprego em alguma fazenda da região onde mora; e Bathsheba Everdene, uma mulher tempestuosa e cheia de personalidade que torna-se herdeira de uma propriedade rural e decide ela mesma administrar seus bens usando sua inteligência e presença de espírito.

Bathsheba e Gabriel Oak são pessoas de temperamentos distintos. Ele é muito austero e calcula cada passo a ser dado com frieza e senso de responsabilidade. Ela é intempestiva e passional, age duas vezes antes de pensar, banca todas as suas apostas, as vezes perde. Ambos são pessoas brilhantes e inteligentes, cativantes, seu primeiro encontro acontece quando Oak ainda está na posição de pastor de ovelhas com rebanho próprio e boa possibilidade de crescer na vida e Bathsheba ainda não havia herdado nada. Desde o primeiro encontro do casal, me vi amando, torcendo por eles, mas a vida deu uma volta, e um perde tudo enquanto a outra ganha, os dois se desencontram e depois se reencontram com o Gabriel se tornando empregado da então Srtª Everden, proprietária de terras e animais.

Para quem conhece a narrativa bíblica só vê o nome Bathsheba já se sabe que estaremos diante de uma história de paixão, afinal esse é o nome da esposa de Urias, um dos soldados do mitológico Rei Davi. Na narrativa bíblica o Rei Davi ao vê a Bathsheba se banhando arde de desejo por ela e leva "ao fim e ao cabo" sua paixão. Quando sua amada aparece grávida ele trama para que Urias se torne mais um soldado morto em guerra e desposa ela. Quem quiser saber com mais detalhes essa história toda pode consultar a Bíblia no livro 2 Samuel, capítulo 11, versículos do 1 ao 27. Trata-se de uma das histórias mais tórridas contadas no Velho Testamento, foi o motivo da minha primeira decepção com homens. Davi foi tanto meu primeiro "Príncipe Encantado" quanto "Boy Lixo".

Assim como a personagem bíblica, a protagonista de "Longe Deste Insensato Mundo", com sua beleza, temperamento e posição social, desperta o amor não só do Gabriel Oak, mas dos outros homens relevantes de sua comunidade: o rico e respeitável proprietário de terras, Srº Boldwood, e o sedutor Sargento Troy. Nossa protagonista caminha entre a razão e a emoção e se deixa seduzir e encantar pelos golpes do amor mais clichês da vida, o tempo todo nós ficamos com o coração na mão vendo a tragédia se desenrolar.

Esse romance daria uma excelente novela com a protagonista tomando decisões equivocadas, vivendo altos e baixos com grandes curvas dramáticas. Tive alguma dificuldade com a tradução da Pedrazul, porém da metade para o fim do livro não conseguia largar mais tantas eram as emoções vividas em cada capítulo. A paixão às vezes nos guia por trilhas muito difíceis, faz com que nossas vidas se tornem uma montanha russa e quando os autores e autoras conseguem trazer esse tipo de experiência para as páginas de um livro é maravilhoso.

Bathsheba faz escolhas seguindo os seus desejos, sofre as consequências, se descontrola, perde o senso, vive situações escabrosas. É uma mulher vivendo altos e baixos. Gabriel Oak tem o mérito de ter permanecido junto a ela como um ombro amigo, pessoa ajudadora, coadjuvante dos processos de sua amada. Boatos de que na época do lançamento do livro as leitoras todas se apaixonaram por ele e não duvido, pois lendo mais de centena de anos depois do lançamento me apaixonei igual.

Hardy, como homem de seu tempo, tem uma visão das ações de sua protagonista muito diferente da minha. O fato de alguns traírem a confiança de uma mulher apaixonada não torna automaticamente errado agir com honestidade, seguindo nossas paixões, sem a intenção de prejudicar alguém. Achei delicioso acompanhar uma mulher altiva tentando ser dona e mestra de sua vida, de seus bens, de seu destino e do seu desejo. A conclusão do livro também foi deliciosa, esperei o pior durante algum tempo, mas fui premiada com um final muito doce e romântico.

site: https://elfpandora.blogspot.com/2024/08/longe-deste-insensato-mundo-de-thomas.html
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Filipe 30/01/2024

Lendo a edição lusitana, pois não gosto das traduções e revisões da Editora Pedrazul. É cedo pra manifestar qualquer opinião sobre o enredo propriamente, porém a prosa é arrebatadora. Eu achava que o Thomas Hardy era um escritor menor dentro do século XIX, até ler um ppuco do ensaio da Virginia Woolf a respeito dele. Lendo com enorme deleite o louvor à natireza que esse homem é capaz de exprimir. Comparável a Ralph Waldo Emerson no seu poder evocatório e na sua felicidade descrevendo cada elemento visual.
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Luiz Souza 01/10/2023

Amor na Fazenda
Essa história conta a trajetória de Betesheba uma jovem bonita e determinada que ganha uma propriedade rural de herança e vai cuidar dela com muito zelo e dedicação.

Ela vai ter três homens que vão se apaixonar por seus encantos, o Bol que é uma paixão mais desvairada depois tem o Sargento Troy um homem egoísta e malvado e por fim o honrado e simpático Gabriel.

No final ela se rende aos encantos de Gabriel.

O livro é bem divertido e com muita aventura.

Ótima leitura.
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Praga.Enzo 14/02/2023

Tradução péssima
A tradução é revisão desse livro são horríveis. Tive que ler no inglês várias passagens pois ficava super confuso.
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completamenteavoada 09/06/2022

Amei o livro odiei a protagonista
"Mas desde que as coisas são como são, poderia ter sido pior e me sinto agradecido adequadamente.?

Eu tbm estou agradecida por ter tido um final menos desastroso, apesar de que Bathsheba merecia, porque oh mulherzinha sonsa e insuportável. Só torci por um final "feliz" por causa de Gabriel, pela paciência dele, que talvez supere a de Jó. Tive minhas desconfianças com a narrativa do autor que ficou no limite de "ele está tecendo uma crítica à essa chata da Bathsheba ou está sendo misógino"? Mas, vou dizer ao eu coração que era só uma crítica à essa chata imunda Miss Everdene. Pensando bem, eu faria os mesmo comentários. Te entendo Thomas Hard ?. Enfim, um bom livro, com reviravoltas dignas de um bom romance vitoriano. ??
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