Uma Loucura Discreta

Uma Loucura Discreta Mindy McGinnis




Resenhas - Uma Loucura Discreta


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a.bookaholic 28/10/2016

"Penso que somos todos loucos. Mas alguns de nós simplesmente são mais discretos em relação a isso."
1890. Grace está grávida. E por isso foi mandada para um sanatório. Sim, isso mesmo. A família não queria que ninguém descobrisse, por isso a trancafiaram lá. Pois isso não só seria um escândalo por si só, mas se as pessoas de fora descobrissem as circunstâncias (principalmente QUEM fez isso), seria um escândalo muito pior.

No começo pensei se tratar de uma história de terror, afinal, um dos cenários mais macabros para isso é num sanatório antes de existirem direitos humanos. E, de fato, as primeiras páginas foram angustiantes! Os médicos submetiam os pacientes a vários "tratamentos". Banhos com baldes de gelo, imobilização com lençóis fervendo e, mesmo se nada disso surtisse efeito, então recorriam a lobotomia.

Após meses sendo invisível, algo acontece e Grace acaba liberando tudo aquilo que reprimiu até então. Ela é mandada para a parte inferior do asilo, uma espécie de masmorra. Lá, ela vê o médico que faz as lobotomias. Ela vê os pacientes mais descontrolados voltando sem emoção alguma, e resolve que quer isso. Ela quer esquecer. Ela não quer sentir mais nada. Por isso, implora para que o procedimento fosse feito nela também.

Porém, esse médico acaba fazendo uma proposta pra ela: como ela é muito inteligente e perspicaz, ele acaba a convidando para ser assistente dele. Vendo uma oportunidade de fugir, ela nem ao menos cogita perguntar o que ele faz. Depois que Grace finalmente se vê livre, ela descobre que o objeto de seus estudos: assassinos.

Essa história é muito doida (perdoe o trocadilho infeliz 😂😂😂). A princípio, não me entrava na cabeça como uma coisa leva a outra. Tipo: "Ei, você, possível doida de pedra, vamos tirá-la desse manicômio e caçaremos assassinos durante a madrugada como vampiros justiceiros!" 😂

Mas chega um momento que tudo faz sentido. Ele usa o mesmo patamar que O Sorriso da Hiena, apesar da abordagem ser diferente. Como o mal nasce? Tem a ver com situações que vivemos? Ou seria hereditário?

"– Ele é o mais são de todos nós.
– E por quê?
– Porque ele reconhece que é insano."
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Jansen 01/11/2016

Uma louca inteligente e que não tinha nada de louca
Boa leitura. Começa num Sanatório em Boston onde os pacientes eram muito maltratados. O Diretor era um cafajeste que recebia dinheiro para manter pessoas através de pedidos. Uma funcionária sádica tinha prazer em torturar os pacientes. A historia deve acontecer no final do século XIX e as condições eram terríveis para os desfavorecidos. A protagonista nos é apresentada como uma vítima desta conjuntura e vamos descobrindo, aos poucos que é uma rica representante das elites. Surge depois um médico visionário com formas diferentes e modernas para tratar com loucos. Na verdade ele os lobotomizava tornando fácil para os funcionários cuidar desses sub-humanos. Depois o médico se aproxima de Grace, a protagonista e terminam indo para Ohio onde ela fica internada num Sanatório mais humano e se desenrola a maior parte da história. Ela tinha um desenvolvido poder de observação e é utilizada pelo médico para investigarem assassinatos para a polícia. E por ai vai...
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Alana.Freitas 22/11/2016

O que é a Loucura?
Confesso que há muito tempo estava babando por essa capa, e seu jeito sombrio foi o que me fez decidir ler o livro. Até porque era outubro e eu estava decidida a ler algo mais sombrio que combinasse com o mês. Mas so that's it folks. Vamos conhecer um pouco dessa estória e minhas impressões sobre ela.

– Ele é o mais são de todos nós.
– E por quê?
– Porque ele reconhece que é insano.
Grace foi forçada a residir num manicômio por guardar inúmeros segredos sujos de sua família - e que pode prejudicar a vida política e social do pai através das garras mordazes de um escândalo. Ela lembra do primeiro dia que chegou no asilo e a maneira como foi tratada pelos cuidadores. Brutal. Terrível. Desumano. Em meio a loucura que vive e por causa do que precisa esconder, Grace toma a decisão de manter-se em silêncio e jamais usar sua voz. No manicômio ninguém nunca a ouviu, a não ser ela mesma, dentro de sua mente.
Após meses mantendo a compostura diante dos residentes, Grace Mae tem uma crise, um acesso de fúria violento que faz com que sua voz volte e todas as palavras que vinha reprimindo escapam de seus lábios. Grace então é confinada em um porão escuro. E lá ela conhece o médico que faz lobotomia, Dr. Thornhollow, um estudioso de psicologia criminal.
- Eu vejo o sangue e penso na pessoa que o está vertendo, ao passo que a sua mente está focada somente em quem o derramou. Meus pensamentos se concentram nas pessoas, e os seus, no quebra-cabeça.
- E é exatamente por isso que eu preciso de você.
Então esse médico faz uma proposta: Grace tem um olhar aguçado, é muito inteligente e ele encontra a solução para que ela o auxilie. Eles escapam da instituição em busca de um nova vida em Ohio onde podem solucionar crimes sem que possam reconhecê-la. Mas será que todo o risco será compensado? Será que ninguém os encontrará?
Ok, ok. Eu realmente não esperava que o livro tomasse esse rumo. Eu sei, tem na sinopse, mas eu realmente acreditava que Grace Mae teria que lutar com seus demônios de loucura num asilo e tudo o mais – tipo, daquela forma que acontece no filme A Troca que a Jolie é levada ao manicômio sem justa causa e tem que lidar com loucos e sr trancafiada na solitária e coisa e tal. É interessante que nesse livro é mostrado que as mulheres, por tudo que faziam que soava estranho e incongruente a sociedade, eram levadas a viver num asilo. Por histeria, por falar só, por engravidar sem se casar e tantas outros casos apresentados.
Achei isso bastante cruel e triste, apesar de ter sido uma realidade. Saber que ter um comportamento distinto levava pessoas – mulheres na maioria – a viver num manicômio injustamente é revoltante e melancólico.
Todos eles tinham seus terrores, mas pelo menos as aranhas que viviam nas veias da garota nova eram imaginárias. Grace aprendera havia muito tempo que os verdadeiros terrores deste mundo eram as outras pessoas.
A estória para mim tem mais uma pegada forense policial do que de terror ou coisa parecida. A capa totalmente justifica a protagonista, mas quem estiver esperando aquele terror dos filmes que tratam de asilo e essas coisas irá se decepcionar. Apesar de eu ter dito que a estória fluiu para um caminho que eu não esperava, foi bom e realmente satisfatório. Tem uma carga de tensão interessante e durante boa parte da leitura você se pergunta quem são os loucos e quem são os sãos e se realmente há esse tipo de coisa. Você fica com medo dos atos de algumas personagens, se perguntando se é certo ou errado, mesmo que em partes "seja justificado".
Grace tem uma personalidade forte e apesar de desestruturada às vezes, mantém uma linha congruente em seus atos. Ela sofreu bastante na vida e tudo que passou fê-la ficar mais atenta as pessoas para não cair em suas ciladas e loucuras.
Thornhollow é o médico centrado que estuda o comportamento humano e apoia Grace em algumas circunstâncias e está sempre disposto a conduzi-la a desvendar até o fundo de um crime. Ele é prestativo e um bom amigo. Há muitos outros personagens interessantes na narrativa que tem igual relevância, mas que não mencionarei aqui para não estragar a surpresa.
Você aprendeu que a beleza pode lhe ser desfavorável, e sua constituição física é tão delicada que você nunca será capaz de defender-se. Seu cérebro é sua força; sua rapidez de raciocínio é a única coisa que pode libertá-la da execrável vida dos idiotas.
Estamos aqui porque somos as pessoas mais sãs desta instituição, então eles nos meteram aqui embaixo para servimos de pilar, dando sustentação para os devaneios de suas próprias mentes. Eles nos chamam de insanos, depois alimentam suas próprias insanidades em nossa carne, pois por hora somos menos que humanos. Heedson e Croomes são típicos exemplos da maioria do mundo, amor. Eles empurram sua discreta loucura em nós, seu poder, sua dor, e nós nos apegamos às nossas verdades aqui na escuridão.
Esse é um thriller dark que faz o leitor refletir em muitas passagens. Como o mal nasce? O comportamento psicótico é adquirido ou é hereditário? Quem são os loucos de verdade?
Recomendo a leitura.

site: http://piecesofalanagabriela.blogspot.com.br/2016/11/resenha-uma-loucura-discreta-mindy.html
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Thuanne Hannah 28/12/2016

Grace Mae não é louca, mas passou por coisas que fariam qualquer um se tornar. Grávida, foi mandada para um asilo por seu pai, para que ficasse escondida da sociedade. Lá, ela vê coisas realmente perturbadoras, que marcam sua vida e a moldam de uma forma diferente.

No asilo, ela se fecha para preservar sua mente de toda a insanidade que a cerca, mas, em determinado momento, ela acaba agindo com violência e vai parar no porão, como uma forma de castigo. É aí que seu destino muda, e ela conhece Falsteed, um ser das trevas, que a ajuda a sair daquele lugar com o Dr. Thornhollow.

Dr. Thornhollow é um médico conhecido pela cirurgias que faz em pessoas loucas. Essas cirurgias deixam as pessoas mais calmas, mas também sem personalidade alguma. Além disso, ele é um investigador, ajuda a polícia em casos de assassinato. Ele é muito inteligente e analisa muito bem as cenas, ligando fatos, conseguindo desvendar muitos mistérios.

Grace é muito bonita, inteligente e observadora, também. Ela consegue memorizar muito bem pequenas coisas que vê nas cenas de crime, algumas coisas que o próprio Dr. Thornhollow deixa passar. Assim, os dois formam uma bela dupla, em busca de um pouco de justiça.

O machismo da época é muito evidente nesta obra, pois se o marido diz que sua esposa é louca, todos passam a acreditar, e, com apenas uma assinatura, uma mulher vai parar num asilo.

Sifilíticos também vão para esses asilos, pois, na época, os tratamentos não eram tão eficazes como são hoje, então, eles eram isolados juntamente com os loucos.

Alguns personagens são muito interessantes, como Heedson e Croomes. Eles trabalham no asilo e são muito maus, não tem piedade nenhuma com os pacientes. Às vezes, parecia que eles, sim, eram os insanos no local.

Lizzie e Nell também me chamaram muita atenção: uma é sifilítica, e a outra diz que há um barbante próximo de sua orelha, que conta tudo o que acontece no asilo. Elas viraram amigas de Grace quando ela foi para o asilo de Ohio, e são muito espertas! Tem tantos personagens na história, que não dá pra mencionar todos. Mas posso dizer que a autora fez um bom trabalho ao moldar a personalidade de cada um.

A escrita de Mindy McGinnis é muito envolvente, leva-nos além, não dá vontade de parar de ler. O livro é consideravelmente extenso, possui 388 páginas, mas dá pra ler rapidinho!

Mesmo não sendo um terror explícito, tem lado psicológico bem interessante, e quando as investigações começam, parece uma aventura de Sherlock Holmes, só que com um pouco mais de loucura ao redor!

site: http://www.gettub.com.br/2016/12/uma-loucura-discreta.html
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Simone de Cássia 29/12/2016

Começou até bem, cenas fortes de tortura em um sanatório prometendo uma história bem construída. De repente o ritmo muda e passa a ser até pueril e a gente fica sem saber que direção ele vai tomar. Aí aparece o tal serial killer (tadinho, manso demais...rs rs ) e some do jeito que apareceu (num "vapt vupt"). A "mocinha" assume uma postura fria até então diferente do que era e a gente é inserido num julgamento que surge sem nada que o sustentasse. Enfim, fica uma sensação estranha ao ler, como se a loucura da trama fosse discreta só no título. Gostei não. Nota "E" de esquisito demais!
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Karoline250 04/09/2016

"Empurram sua discreta loucura em nós, seu poder e sua dor, e nós nos apegamos às nossas verdades aqui, na escuridão."
Grace Mae não é louca, mas foi enviada temporariamente ao Asilo Psiquiátrico Wayburne, na tentativa de desviar a atenção indesejada que poderia causar para seu sórdido pai, o Senador.

Perturbada por seus próprios demônios, ela guarda sua voz, e só volta a utilizá-la após um evento triste e traumático, que a leva a ser jogada no porão do manicômio, onde conhece o extremamente peculiar e sábio Falsteed, que com o olfato descobre coisas inimagináveis.

Falsteed a apresenta para o Dr. Thornhollow, responsável por tornar pacientes incontroláveis em pessoas absolutamente dóceis, fascinando Grace. Mas ao invés de ceder aos pedidos da garota, Thornhollow faz uma nova proposta, e ao chegarem em Ohio, os dois iniciam uma caça mental aos assassinos mais brutais da região.

De forma lenta o enredo nos vai sendo apresentado, e apesar da existência de um mistério encima dos casos investigados, o que realmente me intrigou nesta história foram os diversos motivos que levavam algumas pessoas a serem consideradas incapazes de viver em meio a sociedade.

Grace com certeza é uma protagonista interessante, que é capaz de ir além para proteger a quem ama, e não há como não sentir uma imensa empatia por ela. Recomendo a leitura, mas com uma grande reviravolta, o final do livro me pareceu corrido, e acredito que poderia ter sido um pouco melhor trabalhado.

? 3,5/5
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Ingrid Micthell 09/01/2017

Resenhado por -Sarah Fernandes
"Uma loucura discreta" nos traz Grace Mae uma interna do asilo psiquiátrico Wayburne em Boston. Grace não está lá por ser louca, mas para manter as aparências de sua família, afinal uma jovem grávida sem ter um noivo é uma grande vergonha. Trancada em um ambiente cercado por insanos, Grace guarda suas lembranças para si mesma, que são tão horríveis a ponto de calar sua voz, que agora só se manifesta dentro de sua própria mente e nunca foi ouvida por ninguém da instituição.

É nesse asilo, aguentando fortes repressões, que Grace passa por uma crise, trazendo à tona sua voz e a fazendo atacar o Dr. Heedson, causando seu trancafiamento em um porão obscuro. No subsolo, Grace conhece dois médicos que irão mudar sua vida: Falsteed, um interno capaz de ler as pessoas através dos odores que elas emanam; e o Dr. Thornhollow, um psiquiatra, estudioso do comportamento humano, que realiza cirurgias em pacientes para mudar a personalidade deles. Eles vêm em Grace uma mente brilhante, astuta, observadora e sã, e ajudam a garota a fugir daquele asilo cruel, levando-a para Ohio como assistente do Dr. Thornhollow.

“(...) – Agora estes são os seus amigos, Grace Mae. Um maluco que se alimenta de câncer na escuridão e outro que caça um tipo diferente de assassino, o tipo que sorri para você à luz do dia. Esta é sua nova vida. Espero que consiga suportá-la. ”

Em Ohio Dr. Thornhollow e Grace moram em uma outra instituição psiquiátrica, bem mais humanitária que a de Boston, tratando os pacientes como pessoas de verdade. É no calar da noite que a garota e o doutor viram cúmplices, visitando cenas de assassinatos e montando perfis psicológicos para os supostos assassinos. Porém, tudo muda quando um assassino em série entra em cena e eles não conseguem decifrá-lo.

O livro é narrado em terceira pessoa, confesso que eu não gosto muito dessa narração, mas nesse caso nos proporcionou uma ampla visão de todos os acontecimentos da história, consequentemente nos envolvendo mais na trama. A escrita é bem clara e objetiva, tem um toque de terror (apesar de eu não classificar o livro como tal gênero) que torna tudo mais sombrio e misterioso. Os personagens são bem construídos, todos possuem mentes brilhantes e peculiaridades únicas, o que torna impossível confundi-los.

“ – Ninguém nunca lhe disse que beleza significa dor? – perguntou Grace. ”


Podemos dividir o livro em 2 partes: a que se passa em Boston e a de Ohio. A primeira é bem violenta, com algumas cenas bem fortes, que acabaram me assustando um pouco, pois não era o que eu esperava do livro. Mas, na segunda parte, toda a violência exagerada fica para trás e a história passa seguir um tema mais ligado ao psicológico dos personagens.

O livro aborda alguns temas polêmicos da época, como as relações de poder, em que o dinheiro valia mais que tudo, bastava uma assinatura de um homem conhecido pela sociedade e uma garota podia ser internada como louca, mesmo sem nunca ter dado indícios de tal situação. Também aborda a luta das sufragistas e o caso dos sifilíticos, que eram abandonados pelas famílias e internados como loucos, mesmo podendo realizar tratamento em hospitais normais.

“Ela pegou o giz e escreveu novamente. Desta vez, a única coisa de que tinha certeza.

ENTÃO EU NÃO SOU NADA”

Além dos dois médicos e de Grace, o livro ainda traz outros personagens que são importantes para a trama, Nell é um deles. Ela é uma garota que está internada em Ohio porque acredita em tudo que "Barbante" diz, e ela é fundamental para o desfecho do livro. (Não posso contar mais para não dar spoilers haha)

A capa é linda e representa bem a história, a forma como Grace fica presa em seus próprios pesadelos. Sobre a diagramação não posso opinar, pois li o livro em e-book, mas a revisão estava impecável e não encontrei nenhum errinho.

Enfim, "uma loucura discreta" é um ótimo livro, carregado de suspense e mistérios, com um toque mínimo de terror, que mostra que a linha entre a sanidade e a insanidade é muito tênue. Tenho certeza que vocês vão amar a leitura assim como eu.


site: https://resenhaatual.blogspot.com.br/2016/12/resenha-uma-loucura-discreta-mindy.html
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Jennifer.Borelli 13/01/2017

Assunto dificil
O livro aborda alguns assuntos difíceis (como estupro, loucura, violência etc) de lidar, mas a estória é muito boa!
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Polly 16/01/2017

"A loucura é tão discreta que podia andar livremente sem ser notada"
Quando comecei este livro, achava que ia ser mais um dos livros de terror que tanto leio. Me decepcionei um pouco a partir do momento em que a história foi levada para um lado meio policial e trama psicológico.
Entretanto, logo essa minha decepção tornou-se uma grande surpresa e eu quis mais e mais ler o livro e saber o que iria acontecer.
O livro te deixa intrigado com seus acontecimentos, e, no meu caso, minha relação com ele foi de puro amor e ódio.
RECOMENDO a leitura para todos que tenham uma mente bem aberta e compreensiva, pois aborda temas digamos que "pesados". Mas é uma leitura INCRÍVEL e completamente MISTERIOSA.
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Gleide 85 17/01/2017

ENVOLVENTE
Esse romance mudou minha forma de ver a vida e meus gostos pessoais e literarios.
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Puri Morais (@nocasoumabookaholic) 18/01/2017

MARAVILHOSO
livro que foi um dos meus preferidos de 2016, Uma Loucura Discreta realmente me conquistou, porque além do mistério, ele mostra muito como era a vida da mulher no século XIX.
“Uma Loucura Discreta” se passa no século XIX em Boston e depois vamos para Ohio, e conhecer a história de Grace, uma jovem que foi aprisionada num manicômio pelo pai para acobertar uma gravidez, e de quem ela estava grávida. Nesse manicômio somos apresentados a forma como eram tratadas as pessoas que viviam nesse tipo de instituição, a própria Grace sofre bastante maus tratos por parte de uma enfermeira, e pelo Diretor da instituição, que é amigo do pai dela, e isso faz com que ela acabe se fechando, ela para de falar, como se fosse apenas um receptáculo para o filho que carrega, tenta sobreviver apenas por ele. A autora descreve com muita precisão esses momentos de maus tratos como se você tivesse visualizando, presenciando, e em um desses momentos, que acontece com a Grace, me chocou mais e foi a partir dele que tudo começa a mudar para nossa protagonista.

Após ser colocado no porão da instituição, em meio a sujeira, mesmo estando ferida, é que ela conhece o Dr. Thornhollow, que após se encantar com a inteligência e apercepção de Grace, resolve ajudá-la a fugir com ele para Ohio, onde dirigirá um novo Manicômio, e para ajudá-lo em suas investigações para descobrir criminosos.

Uma Loucura Discreta ganhou o prêmio Edgar Awards 2016, uma das premiações mais importantes de livros de mistério, mais esse livro não é só um simples livro de mistério, o mistério do enredo é importante, ele te prende, o leitor fica querendo juntar as peças para saber quem é o assassino e as vezes até joga pistas erradas, e você se questiona se algum personagem pode ser o assassino ou não, e com um desfecho muito bom, mais a parte mais relevante, para mim, é a discussão sobre, o que é Loucura e o que a sociedade da época julgava como loucura, e principalmente a forma como a mulher era tratada naquela sociedade.

CONTINUA EM : https://nocasoumabookaholicblog.wordpress.com/2017/01/11/resenha-uma-loucura-discreta-discreta-mindy-mcginni/

site: https://nocasoumabookaholicblog.wordpress.com/2017/01/11/resenha-uma-loucura-discreta-discreta-mindy-mcginni/
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steph (@devaneiosdepapel) 20/01/2017

Uma Loucura Discreta - Mindy McGinnis
Quando você lê a sinopse de Uma Loucura Discreta, pode pensar que esse livro é só mais um de YA, onde uma adolescente "louca" é salva pelo amor da sua vida (que ela acabou de conhecer). Pois bem, já vou te dizendo pra tirar essa ideia da cabeça, porque de romance meloso e dilemas bobos esse livro não tem nada.

Histórias passadas em manicômios são quase sempre sombrias, e neste caso o livro não foge à regra, trazendo consigo uma narrativa carregada e densa que chegou a me incomodar várias vezes. A opressão que os pacientes sofrem no asilo em que Grace vive no início do livro é sufocante e cruel, sendo impossível não sentir empatia pelos personagens que habitam aquele local.

Passado o primeiro terço da história, o incômodo diminui, mas não vai embora completamente. Acompanhamos a jornada de Grace e o Dr. Thornhollow por investigações à la Sherlock Holmes, e isso faz com que o livro dê uma acelerada e inclua cenas em outros ambientes, trazendo dinamismo. Vi algumas pessoas reclamando dessa mudança de tom, mas confesso que foi uma das coisas que mais gostei. Mesmo amando livros com assuntos pesados, acho que variar um pouco o tema proposto é sempre válido.

O livro aborda, além da sanidade e investigação, assuntos muito pertinentes aos dias atuais, mesmo se passando no séc. XIX: o feminismo e a opressão sofrida pelas mulheres (além de uma menção leve ao movimento sufragista). É chocante imaginar que naquele tempo ser mulher era ser inferior, e que qualquer atitude feminina "fora do padrão" poderia selar pra sempre o futuro de uma mulher, de maneira negativa. A palavra do homem sempre era lei, mesmo sendo mentira. Infelizmente isso ainda ocorre atualmente, quando vítimas de abuso são tidas como culpadas e julgadas por uma sociedade machista e opressora.

Os personagens têm a psique abordada a fundo, algo que eu já esperava. Em vários momentos me peguei questionando o verdadeiro sentido da palavra sanidade e em quais casos ela se aplica. Afinal, o "normal" é apenas um mito criado pela sociedade, que limita as pessoas a seguirem apenas uma linha de pensamento e comportamento? Ainda não sei se encontrei uma resposta.

Foram poucos os pontos negativos que eu identifiquei em Uma Loucura Discreta. Um deles foi a rapidez com que Thornhollow reconheceu as "habilidades" de Grace, achei que quebrou o ritmo. O final também não é tão bom; gostei do desenrolar de alguns acontecimentos mais achei a conclusão muito rápida. Além disso, achei que a autora tentou abordar muitos assuntos ao mesmo tempo em poucas páginas, tornando alguns deles muito superficiais. Gostaria de um livro maior ou até mesmo uma duologia que pudesse explorar com calma aquilo que foi falado apenas "por cima".

Mas no geral eu gostei muito da leitura e indico pra qualquer pessoa, mas se você é sensível a temas como estupro e violência contra a mulher, recomendo cautela. Não vejo a hora de a editora lançar The Female of the Species para eu conhecer mais do trabalho da Mindy McGinnis!

site: http://www.devaneiosdepapel.com.br/2017/01/resenha-uma-loucura-discreta.html
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