Thainá 26/10/2023Bom, mas não extraordinárioEm A Máquina do Tempo somos apresentados por H. G. Wells ao Viajante do Tempo. Como protagonista do livro, ele narra para o leitor a sua grande aventura: uma viagem feita para o ano 802.701! Nesse mundo novo, o Viajante se depara com uma Terra completamente diferente da sua época, habitada apenas por dois povos: os pacíficos Elóis, que vivem na superfície e os sanguinários Morlocks, subterrâneos.
Confesso que, ao ler essa premissa antes de começar a leitura, comecei com expectativas altíssimas, por isso, foi com surpresa que reagi quando cheguei ao fim e me dei conta de que durante as 160 páginas o autor basicamente escreveu sobre impressões e sentimentos de seu personagem principal, explorando muito pouco dos habitantes da Terra do futuro, bem como a relação do Viajante com os nativos.
O livro tem menos aventura do que se espera, mas o Viajante do Tempo, pelo menos, é cativante e consegui me conectar com ele. O final da história fica em aberto e o leitor fica livre para imaginar diversas opções de finais.
Foi uma leitura boa, fluida, mas que deixou a desejar no desenvolvimento. Uma história com esse potencial poderia ter sido muito mais explorada! De todo modo, sendo um clássico, o livro tem o seu valor e com certeza revolucionou a literatura de sua época pela ousadia em tratar de um tema que, se hoje parece improvável de acontecer, à época do lançamento era praticamente inimaginável.
3,5??/5