Portal Caneca 01/08/2014
Vampiros, vampiros de verdade! Bem, pelo menos você pode criar seus personagens nessa realidade. Vampiro: A Máscara é o meu RPG preferido, apesar de eu ter um vício suspeito por adorar vampiros. Nesse mundo alguns queimam sob o sol, uns tem a fraqueza de não possuir reflexo, uns são bonzinhos, outros são malvados. Mas, se me permitem citar Entrevista com o Vampiro, “maldade é um ponto de vista” nesse cenário.
É isso que eu simplesmente adoro em RPG. É uma realidade tão bem elaborada, que todas as coisas fazem sentido. É um reflexo da nossa sociedade, mas com esses seres sobrenaturais predominando ela.
A Máscara é um conjunto de tradições para os vampiros permanecerem anônimos e conseguirem sobreviver entre os humanos, afinal, se fizessem uma carnificina, a fonte de comida deles se extinguiria e eles morreriam junto. Entre as seis tradições, estão a proibição de assassinar outro vampiro, a proibição de criar outro vampiro sem a permissão do teu ancião, e a necessidade de divulgar tua presença ao governador da cidade que você for visitar. Como diz o livro, “sem a palavra de aceitação, tu não és nada”.
O Governador da cidade não é humano, é claro. É o que se chama “Príncipe” e apesar do apelido encantador, não significa que ele seja bonzinho ou uma pessoa agradável de se falar. Afinal, ele sempre permanece desconfiado de todos ao tentar proteger o seu domínio.
Normalmente o Príncipe é da Camarilla. Isso é como se fosse um partido político. Camarilla são os que procuram seguir rigidamente as tradições d’A Máscara. Além deles, há mais dois grupos: o Sabá (que são os assassinos, ladrões, membros de seitas sangrentas) e os Independentes (os mais sociáveis e coesos. Eles não são contra A Máscara como os Sabá, mas discordam de serem controlados pelo governo).
E, além disso tudo, obviamente há os personagens. Eles são divididos em clãs. E o clã não é algo que se escolhe, mas se você nasce de um Ventrue, você será um Ventrue. Cada um tem suas particularidades, cada um com os pontos fracos e fortes. Os Brujah são vampiros com força física exemplar. Os Toreador são vampiros geralmente artistas, que em sua maioria transformam humanos em imortais por se apaixonarem. Os Malkavian são completamente insanos, e os Nosferatu são criaturas tão horrendas que precisam se esconder nos esgotos para manter A Máscara.
Há também um jogo chamado Vampire The Masquerade: Bloodlines, que foi inspirado nesse livro de RPG, é claro. Ele também é excelente, apesar da quantidade de bugs.
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