Tai 24/05/2021
A pequena Ciri cresceu...
Essa saga não é e nunca foi sobre Geralt, mero apêndice da história de Ciri. A menina é muito subestimada e se mostra fortíssima - em todos os aspectos - neste sexto livro. Com os ratos mortos e a caçada selvagem iniciada, Ciri se vê em situações desafiadoras durante toda a obra, é muito machucada, mas acaba dando a volta por cima ao fim, sem quererer à vingança em nenhum momento, tudo dignamente. Ciri é poderosa, tem ancestrais conceituados e foi treinada pelos melhores, certamente se sairá bem em tudo que enfrentar.
Do outro lado da razão temos tanto Geralt, quanto Yennefer, ambos seguindo sem planos e, ao que tudo indica, ao encontro de Ciri. O "ex" bruxo com a sua hansa, um grupo bem aleatório de amizade, que a medida que percorrem as estradas se envolvem em emboscadas e, ao mesmo tempo, ajudam outros indivíduos e afins com monstros. Já a feiticeira, sempre destemida, se vê em acontecimentos que ferem seus princípios, e a todo custo tenta negociar para que Geralt e Ciri saibam que ela não os traiu, fato que ficou subentendido no livro anterior, entretanto é confrontada, mesmo dando tudo de si, confesso que esperava mais do desenvolvimento dessa personagem, Yennefer cativa bastante lá no início da saga.
Para tanto, infere-se que é um livro denso e complexo, com muitos embates proferidos, cenas marcantes e situações dolorosas. Como leitora e acompanhando esses 3 desde do início da saga, fico triste que estejam separados, depois de tanto apego, todos sofrem por vários dilemas e vertentes mal resolvidas, seriam bem mais fortes juntos, inclusive essa é a minha esperança para os próximos livros: o destino unindo Ciri, Geralt e Yen novamente. No mais, só tenho a acrescentar que a pequena Ciri cresceu.