rperesperes 13/01/2020Tudo sobre o livro + Resumo + Minhas consideraçõesRESUMO
Nossa vida é feita de escolhas. Algumas são mais conscientes e outras menos, mas sempre podemos fazer algo para mudar a situação que nos encontramos no momento. Dinheiro não precisa ser um assunto que envolva mistérios e dê medo; ele pode ser um grande aliado se você se permitir aprender a maneira correta de lidar com ele. Seguindo as valiosas dicas de Ben Zruel, é possível sair das dívidas em doze meses e começar a dar os primeiros passos rumo a liberdade financeira.
MINHAS CONSIDERAÇÕES
- O dinheiro não compra a felicidade. Muitas pessoas são ricas e infelizes. Contudo, a infelicidade não veio do dinheiro. O problema é que, mesmo com dinheiro, elas não conseguem viver de um jeito que lhes traga felicidade.
- Temos duas forças que nos movem a vida toda: a inspiração e o desespero.
- Quem quer arruma soluções, quem não quer arruma desculpas.
- A programação mental, a sua mentalidade, é o fator principal que define se terá sucesso ou fracasso financeiro. O dinheiro sempre acompanhará o tamanho da sua mente.
- Todo o progresso na vida da classe media está baseado na entrada mensal de dinheiro para manter e pagar todos os seus bens de consumo.
- Não importa o quanto ganha por mês, o rico sempre gasta menos do que ganha.
- O maior desperdício que o ser humano pode cometer é de tempo. Tempo não é apenas dinheiro. Tempo é vida.
A partir daqui, tudo sobre o livro...
O DINHEIRO SEMPRE ACOMPANHA O TAMANHO DA SUA MENTE
O que você faz hoje para ser ou tornar-se rico? É bem verdade que quando o assunto envolve dinheiro, parece também envolver mistérios, já que todos parecem querer alcançar um mesmo patamar, mas poucos realmente conseguem. E a pergunta que nos resta fazer é “como essas pessoas chegam lá?”.
Afinal, dentro de um mesmo país, vivemos sob o mesmo governo e ouvindo – quase sempre – os mesmos conselhos dos pais para estudar mais e trabalhar duro, a fim de alcançar a independência financeira. Talvez na época deles isso fosse realmente um diferencial, mas atualmente o cenário é diferente. Observe: quantas pessoas ao seu redor passaram a vida se dedicando ao estudo e ao trabalho e nunca conseguiram sair do lugar?
A verdade é que o mundo atual exige mais que um currículo extenso de estudos para levar alguém ao sucesso. Ele requer a mentalidade certa. Por isso, modificar a sua programação mental é indispensável.
A programação mental é a soma de todos os conceitos, ideias, crenças e conhecimentos que estão instalados em nossa mente consciente e subconsciente. Tudo o que está ao nosso redor desde que nascemos – nossos pais, o bairro, a escola, amigos, professores – são nossas fontes de influência.
Por isso é preciso que você pense: que tipo de influência sobre dinheiro você recebeu durante sua vida? Dinheiro era motivo de discussões ou de felicidade? Questões como essas podem esclarecer como o dinheiro se encaixa na sua vida, e se você quer mudar sua relação com ele, é preciso vasculhar como você o enxerga hoje.
OU VOCÊ TOMA UMA ATITUDE OU A VIDA TOMA UMA ATITUDE POR VOCÊ
Você já escutou histórias de pessoas que passaram a vida inteira lidando com pouco dinheiro e, de repente, ganharam na loteria ou recebem uma grande herança? Nesses casos, são grandes as chances de que essas pessoas tenham perdido suas riquezas em pouco tempo. E quanto às pessoas ricas, quando perdem toda sua fortuna? Bem, provavelmente elas conseguirão voltar à sua riqueza em alguns anos.
Parece injusto? Pois saiba que, na verdade, isso diz respeito à mentalidade. Entenda: quando simplificamos as classes sociais em três – pobres, classe média, ricos – podemos perceber que não é exatamente o valor que cada classe ganha que os coloca nesses lugares, e sim a forma como planejam e lidam com o dinheiro.
O indivíduo pobre precisa fazer um planejamento diário, com foco na sobrevivência; o indivíduo de classe média precisa fazer um planejamento mensal, com foco no salário que recebe ao fim do mês – já que seus gastos se equivalem ao que ganha –; e o indivíduo rico tem um planejamento com uma visão anual.
Então, você pode perguntar: “quanto devo ganhar para ser considerado rico?”, mas não se trata de números. Se seu salário é R$ 20.000 mensais e você tem o mesmo número em gastos no mesmo período, sua mentalidade ainda é de classe média. Indivíduos de classe média buscam por conforto e status. Ricos buscam por liberdade – que traz, de brinde, o conforto.
A mentalidade para ser considerado rico é planejar sua vida para que você não dependa da totalidade do seu salário para cobrir as despesas. Não importa o valor que receba, um rico sempre gasta menos do que ganha.
VOCÊ PRECISA SABER O QUE ESTÁ ACONTECENDO
Um grande problema na hora de mudar a mentalidade de classe média para a mentalidade de rico é conseguir poupar dinheiro. E o grande empecilho nesse passo é não ter a consciência de quanto você gasta no mês.
Você sabia que as pessoas gastam de 30% a 300% a mais do que acha que gastam? Isso acontece porque a maioria de nós não tem o hábito de controlar todos os gastos durante o mês. Que devemos gastar menos do que ganhamos, já sabemos, mas para conseguir fazer isso, é preciso colocar cada pequena coisa – inclusive aquele pequeno bombom de R$ 1 – na ponta do lápis.
Um registro diário e instantâneo de ganhos e gastos é imprescindível para começar a ter total controle da sua vida financeira e fugir das armadilhas de aumentar os gastos à medida que aumenta os ganhos.
Se você consegue gastar menos do que ganha, o próximo passo é investir dinheiro. Mas se você ainda não chegou nesse patamar e gasta a mesma quantia que recebe ou mais, você precisa cortar seus gastos e pensar na possibilidade de mudar o padrão de vida.
É comum que algumas pessoas se mantenham em um padrão de vida que já não lhes cabe mais no bolso, porque descer um degrau é desconfortável e doloroso. Mas seguindo os passos da mentalidade de rico, rapidamente é possível voltar para o padrão anterior, com um grande diferencial: dessa vez, sem dores de cabeça e insônias por causa das dívidas.
AS REGRAS QUE NINGUÉM LHE CONTOU SOBRE DINHEIRO
Se seu problema para começar de vez é a dificuldade de quitar as dívidas, existem quatro regras essenciais para se livrar delas da melhor maneira possível:
1) Nunca peça orientação para os funcionários do banco
Não é sempre que uma pessoa endividada tem as noções sobre como as burocracias funcionam. Na verdade, a maioria das pessoas não tem. E por esse motivo, a primeira ideia que se tem para resolver uma dívida em um banco é recorrer justamente a ele.
Mas isso pode ser um verdadeiro tiro no pé, afinal, os funcionários do banco têm metas a atingir e precisam “vender mais crédito” para isso.
2) Parta para o tudo ou nada
Ou você paga sua dívida por completo, ou não paga um centavo sequer. Por exemplo, se sua dívida no cartão superar o valor que você pode pagar, opte por pagar a totalidade da fatura ou não pagar nada. Parece radical, mas existe um motivo.
Ao optar a pagar pelo mínimo, muitas vezes você só está jogando o dinheiro fora. Por exemplo: se sua dívida no cartão for de R$ 5.000 e você optar por pagar o mínimo de R$750, equivalentes a 15% do valor total, no mês seguinte o banco cobrará de 11% a 15% de juros e encargos. Ou seja, sua dívida permanece a mesma – de R$5.000 – e você ainda perdeu R$ 750.
Embora seja comum sentir medo de optar por não pagar nada, depois de um tempo recusando-se a pagar valores abusivos, os bancos abrirão para negociação. E agora seu plano é quitar todas as suas dívidas em doze meses. Uma dica é organizar uma poupança de libertação de dívidas, na qual você deve guardar 10% do valor do total da dívida por mês. Então, se a dívida era de R$ 5.000, você deve guardar R$ 500 por mês e assim se livrar das dores de cabeça.
3) Um único empréstimo ficará sempre em apenas um único empréstimo
Se você fez um empréstimo e tem condições de pagá-lo, nunca faça um novo empréstimo para pagar o primeiro. Você deve ser honesto consigo mesmo, arcar com as consequências e começar a poupar para quitar o empréstimo de uma única vez.
Assim, sem que haja renegociações que só multiplicam sua dívida, você vai manter o valor inicial emprestado e ser capaz de quitar a dívida dentro de doze meses.
4) Tenha controle emocional
Não seja tão duro consigo. Estar endividado não é fácil, muito menos louvável, mas você não se encontra nessa situação porque quis, mas porque tomou decisões erradas. E nunca é tarde para mudar o jogo.
Mantenha a mente aberta para abrir mão do que for necessário e tenha uma visão de que é possível mudar. É muito importante que a sua mentalidade seja correta para que, com as dicas certas, você possa mudar seu caminho.
CONQUISTAR A LIBERDADE FINANCEIRA
O primeiro dia de liberdade financeira é o dia em que se consegue poupar dinheiro. Planejar o futuro pode estar fora dos nossos instintos, mas é uma atividade que define nosso crescimento pessoal.
Por isso, é importante fugir de armadilhas como o cartão de crédito. O cartão de crédito parecer ser imprescindível nos dias de hoje, mas a verdade é que, se você não é uma pessoa extremamente metódica e controlada, rapidamente o cartão pode se tornar o vilão da sua vida.
As facilidades para adquiri-los são inúmeras, mas os juros que o acompanham quando não conseguimos pagá-lo, também são enormes. Por isso, existem algumas dicas na hora de fazer uso de cartão de crédito:
- Tenha somente um cartão de crédito – ter vários pode ajudar você a perder o controle das suas finanças.
- Tenha um cartão de crédito com limite baixo – de preferência bem abaixo dos seus ganhos mensais. Não permita que o banco aumente seu limite.
- Use a opção de débito automático para pagar sua fatura – de modo algum deixe de pagar sua fatura, ainda que para isso você precise usar o cheque especial. Qualquer dívida, inclusive a do cheque especial, é mais barata que a dívida do cartão.
- Não use o cartão de crédito para compras mensais – como a de supermercado, por exemplo.
Depois de fazer as pazes com o vilão, você deve focar no que vai lhe trazer a verdadeira liberdade: poupar dinheiro. Você deve programar mensalmente uma quantia para investir, de preferência no mesmo dia em que recebe dinheiro. Essa atitude, em poucos meses, vai lhe trazer muito orgulho e a segurança de que está no caminho certo.
Lembre-se: a liberdade financeira é estabelecida quando sua renda passiva – como juros em aplicações financeiras, renda de imóveis, royalties de MMN – é maior que os gastos com seu padrão de vida.