Graziella

Graziella Alphonse de Lamartine




Resenhas - Graziella


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Ana Paula 16/01/2021

Leve e poético
Um bom romance sempre alegra o coração. Ainda mais quando o final da história é diferente do que se imagina.
Lirismo, leveza e poesia fazem desse livro um belo livro.
Recomendo.
Minha imaginação voou até o sul da Itália. Lugares onde já estive e que são ainda hoje inspiradores. Lugares perfeito para o despertar de amores.
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Pandora 28/01/2021

Vocês já leram um romance que se torna mais querido depois de terminada a leitura? Isto aconteceu comigo neste Graziella.

Durante a leitura o que mais me encantou foi a habilidade de Lamartine com as palavras, sua delicadeza nas descrições, suas analogias sempre tão poéticas. Mas a história em si, não me despertara uma atenção maior. Era a descrição de uma vida simples vivida por escolha de um jovem rico francês junto a uma família de pescadores italianos, e que depois se descobria encantado pela jovem Graziella.

Porém, o autor termina a narrativa com um poema e um parágrafo que me emocionaram verdadeiramente e me fizeram rever a findada leitura com outros olhos.

Alphonse de Lamartine foi um escritor, poeta e político francês, grande influenciador do Romantismo na França e no mundo. Nascido numa família abastada, aos 21 anos foi enviado por seus pais para a Itália, “para que se afastasse de um caso amoroso que os preocupava. Já em Nápoles, viveu outra aventura romântica com uma jovem que seria, aparentemente, o modelo de Graziella.”*

Um fator interessantíssimo sobre Lamartine é que ele foi vegetariano a vida toda por influência da mãe e embora essa não fosse propriamente uma de suas bandeiras, ele a declarava publicamente, como o fez em “Confidências”, uma de suas obras: “Minha mãe estava convencida, assim como foi sempre a minha convicção, de que matar os animais para nos sustentarmos com a sua carne e o seu sangue é uma das mais deploráveis e das mais vergonhosas enfermidades da condição humana; que é uma dessas maldições lançadas sobre o homem pelo endurecimento da sua própria perversidade.”. Muito vanguarda.

Enfim... apesar de ser um livro romântico, não é somente sobre um romance. Ele nos mostra como a importância que damos às coisas e aos sentimentos depende muito de nossa condição de vida, das influências que sofremos, de nossas expectativas e da forma como somos criados. O amor não é visto da mesma forma pelo jovem rico em viagem como o é pela simplória neta de um pescador. E esta divisão de mundos, num romance, tem as suas consequências.

*Trecho retirado do posfácio de Sandra M. Stroparo.
Nota: As informações sobre o autor são da Wikipédia.
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