@blogleiturasdiarias 08/10/2017Resenha | Riscos da Paixão. Melhor série que já li!Termino a série Homens Marcados com uma dor no coração. Uma das melhores — senão a melhor série — de Jovem Adulto que li, Jay Crownover conseguiu deixar sua marca. Com personagens diferenciados e uma escrita inovadora, ela nos conquista do início ao fim. E não foi diferente com Riscos da Paixão.
Royal Hastings está passando por um dos momentos mais difíceis da sua carreira de policial. Numa missão seu parceiro acabou sendo baleado por um descuido dela. Com a culpa lhe consumindo, ela passará por momentos difíceis fazendo-a querer esquecer esse acidente, e nada melhor que esquecer com o bad boy Asa Cross.
Asa deseja que seu passado continue onde está: no passado. Tentando redimir-se das coisas que fez para a sua irmã Ayd, ao mesmo tempo achando que não merece felicidade, Royal vai testar todas as suas convicções em não poder ficar com uma policial podendo retornar ao velho hábito. Porém a paixão em decorrer de várias acontecimentos falará mais alto, e eles terão que lidar com as situações, pois o que começou como uma faísca, vai ser tornar algo bem maior.
Juro que retardei o máximo possível a leitura do mesmo. Simultaneamente que queria ler também não queria terminar a série. Fechar o livro foi um misto de choro de alegria e de tristeza. Asa tornou-se um dos meus personagens favoritos junto com a Royal que tem uma personalidade forte e cativante. Dona do próprio nariz, indo atrás do que quer com suas inseguranças expostas, ela demonstrou ser uma protagonista real aconchegando o leitor na narrativa. Gostei bastante de como foi descrito a aproximação dos dois e a forma como tudo encaminhou. A riqueza de detalhes junto com a riqueza sentimental é brilhante.
"Não era isso que a Royal queria, mas eu estava cansado de lhe explicar isso. Apesar de eu ter as melhores intenções, aquele incêndio que ardia entre a gente ia fugir do nosso controle, e a garota havia acabado de riscar o fósforo e acender o pavio sem o menor cuidado." pág. 47
E diferente dos outros volumes, não temos o elemento surpresa piercings e tattos, contudo a profissão da Royal e o fato do passado do Asa torna-ló bad boy são construções que dão dramas excepcionais ao nível dos anteriores. Perdoar a si mesmo, deixar que as pessoas lhe ajudem, ouvir e atentar à conselhos que dão, são pontos específicos bem tratados. É aquela velha frase que sempre uso para falar da série: não é somente um romance. Você aprende a lidar com diferentes esteriótipos, a diversificar os casais clichês recorrentes no gênero. E isso por si só, vale a experiência toda.
A trama tem seus pontos altos chegando nas páginas finais, o que demonstra uma construção pensada e fazendo com que tenhamos uma escrita fluida, cativante, ordenada em demonstrar lógica no que vai acontecer. Além de ser plausível para uma realidade, uma drama da vida real. Homens Marcados por mais que se classifique como histórias fictícias, tem um quê de realidade sem igual. Fora que mesmo com um novo casal, temos relapsos da continuação dos anteriores conhecidos. A todo instante nos é lembrado que esse universo é uma família, e como uma família, temos que ter noção do que está acontecendo ao redor ao mesmo tempo em que se forma mais um par.
De uma forma geral é um ótimo enredo para um série que é favoritada. Se percebe, mesmo que indiretamente, a evolução da escrita da Jay. Fui pega de surpresa com o quão bom foi, então recomendo à todos. Apesar de serem histórias independentes a leitura na ordem de lançamento da série é a ideal porque temos spoilers dos outros casais e algumas revelações no meio do caminho.
Na parte física a capa segue o padrão dos anteriores até mesmo na questão da tonalidade da capa meio rosa/alaranjada. Gostei do título que se encaixa no desenvolvimento e as características físicas das pessoas da foto parecidas com as descritas. Acho que é uma das que mais assemelha-se nesse quesito. Como visto antes, a narrativa é feita em primeira pessoa por dois pontos de vistas: Asa e Royal. A diagramação está correta e segue o padrão.
"A Royal riu, e isso me deu uma sensação muito boa no peito. Eu havia enchido seus olhos de lágrimas, mas ela é tão incrível que entende as coisas que faço melhor do que eu e estava rindo daquele desastre." pág. 184
Aperto no coração de ver que finalizei ao mesmo tempo que estou feliz. Foi uma dos "booms" mais legais do ano que iniciei e terminei em 2017. Que venha agora a segunda série dela que estou bem ansiosa de ler.
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