MARTA CARVALHO 02/04/2022
No segundo volume da família Montenegro acompanhamos a ligação doentia entre o primogênito Marcus e a sua assistente Rachel. Desde o primeiro livro não vi de forma saudável a ligação de submissão/exploração/tesão entre eles.
Marcus, empresário egoísta, possessivo e opressor, subjuga a sua assistente, tratando-a de forma humilhante, como um mero objeto de sua obsessão sexual.
Rachel uma garota simples, de poucos recursos e com um pai doente, inteligente, porém boba, insegura ao extremo, aceita ser usada (não consegui ver de outra forma) tendo como desculpa, uma paixão cega e submissa. Amor próprio passou looooonge, o que me irritou muito.
Fiquei mal acompanhando esse casal, não vi como uma relação saudável e a rendição ao amor do protagonista, somente em sentimento mas não em atitudes, só me fez pensar numa romantização de algo irreal, só crível em livros.
Atenção mulheres, cuidado com romantização de relacionamento tóxico/abusivo, na vida real isso nem sempre acaba bem, como podemos ver nos altos índices de feminicídio. Ninguém tem o poder de mudar a personalidade de outra pessoa, nem usando o amor como desculpa.
Se o cara te trata como marionete, quer mandar nos seus gostos e atitudes, apresenta ciúme excessivo como expressão de zelo, recorre à força física nas discussões, tenta te isolar do convívio social... Ligue o sinal de alerta.