Dinha 02/01/2017Cartas extraordinárias, listas nem tanto.Após ler o ma-ra-vi-lho-so Cartas Extraordinárias em 2015, dar 5 estrelas, favoritar e elevar a obra ao patamar de livro indispensável da minha humilde biblioteca, não pude me conter ao ver o Listas Extraordinárias em pré-venda. Na primeira queda de preço, caí em tentação (obrigada Amazon por sempre me deixar um pouco mais pobre financeiramente, amo vocês).
O objetivo de Shaun Usher nesse livro é muito simples: compilar as listas mais interessantes (segundo ele) que foram encontradas durante suas pesquisas para a produção de Cartas Extraordinárias, mostrando-nos que desde sempre temos a obsessão de organizar, priorizar e classificar coisas. Qualquer coisa.
A ideia é empolgante e empolgada estava eu quando o livro chegou. Uma pena que não durou muito.
O livro possui 125 listas e apesar de algumas serem adoráveis e com lições para a vida, como a que F. Scott Fitzgerald fez para sua filha Scottie, ou esclarecedoras, que nem a sete pecados sociais segundo Mohandas Gandhi, a maioria serve para saciar aquela curiosidade que você nem sabia que tinha e que, após a leitura, continua não tendo. Listas demasiadas longas tais como “coisas em andamento e por fazer” de Thomas Edison e “presentes de ano-novo para sua majestade” por Elizabeth I (16 páginas!) me deixaram um tanto quanto entediada. Sentimento este que não senti em momento algum na minha leitura de Cartas Extraordinárias e que me fez pular páginas para terminar logo.
A edição da Companhia das Letras é impecável, o livro é lindo! Papel de ótima qualidade, muitas fotos e fac-símiles e uma pequena introdução antes das listas para contextualização.
Vá direto para: listas sobre livros, claro! Em especial a de nº 117, retirada de “Se um viajante numa noite de inverno”, livro de Italo Calvino, e que é ótima para classificar todos os milhares de livros que temos em casa e os que queremos comprar também.
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