LuizaSH 04/05/2016
Essa série dos Canalhas, da Loretta Chase, não é bem uma série. Ela escreveu um livro, depois pegou um dos personagens e escreveu outro livro e por aí foi. Por isso existe uma certa falta de cronologia entre datas, acontecimentos, personagens que aparecem aqui e ali etc.
Aqui no Brasil, a Editora Arqueiro lançou os livros "O Príncipe dos Canalhas" e "O Último dos Canalhas". Para quem, assim como eu, leu esses livros, vai se lembrar de personagens como Leila e Francis Beaumont e o Conde d'Esmond, que são os personagens centrais de "Captives of the Night".
Pelo que entendi, esse livro conta como sendo o segundo da "série que não é série", mas, a julgar pelos acontecimentos, me parece que a história se passa depois de "O Último dos Canalhas", que, nessa 'série', é tido como o quarto e último.
Bom, vamos ao livro em questão. Conte d'Esmond despertou minha curiosidade ao ler os livros lançados aqui no Brasil. Aí descobri que havia um livro onde ele era o 'mocinho' e a sua 'mocinha' seria Leila, só que ela é casada com o Beaumont, que, para quem leu os livros em português, sabe que é o diabo na terra. Bom, só que aqui ele morre (ainda bem, foi tarde, não faz a menor falta, kkkk) e é a partir de sua morte que toda a história se desenvolve.
Assim como em "Príncipe dos Canalhas", aqui temos mais um 'mocinho' com fortes raízes estrangeiras. Dain tinha uma mãe italiana, Esmond nasceu na Albânia (não sei se na época, séc. XIX, o país tinha outro nome ou pertencia a outra nação, enfim), fala vários idiomas, então tem um mix de culturas que são bem interessantes. Prestem atenção na cena que ele está em trajes típicos. (OBS.: por que esse tipo de coisa atiça tanto a "imaginação", por assim dizer, hein? kkkkk)
Achei bem interessante a parte do suspense policial, o enredo da história. A revelação de quem cometeu o crime apontou para uma das pessoas de quem eu suspeitava, mas não foi assim fácil, só lá pelo final do livro que realmente se confirma, até lá vários outros nomes aparecem, pessoas que tinham motivos de sobra. Então isso eu achei positivo, porque já li outros livros de romance de época com esse tipo de temática suspense/policial que eu adivinhava quase que no início de tão óbvio, deixando o livro chato, enrolado, cansativo.
Quanto ao casal, Leila e Esmond, super conectados, cérebros ativos, espertos, adivinhos. Só um ponto negativo que achei foi que ele tinha um segredo do passado que o ligava à Leila e seria uma revelação que colocaria a união dos dois em jogo. Achei que poderia ter sido diferente, um diálogo mais profundo, afinal de contas, tal segredo não era nada fácil de se lidar, mas a autora escreveu uma cena boba, eu fiquei de cara como foi raso e logo depois os dois já estavam "se pegando", como se o tal segredo não fosse lá tão importante assim, coisa que era. Enfim, minha opinião, pelo menos.
Só mais uma: Esmond, para quem leu o (dito) primeiro livro dessa (dita) série, "The Lion's Daughter", sabe que ele é, na verdade Ismal Delvina. Ainda tenho que ler esse livro, mas parece que ele faz umas desgraças bem grandes por lá. Aqui na história dele se conta sobre, e como ele "pagou pelos pecados".