Maigret e o Negociante de Vinhos

Maigret e o Negociante de Vinhos Georges Simenon




Resenhas - Maigret e o Negociante de Vinhos


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Aguinaldo 03/09/2011

maigret e o negociante de vinhos
Ler os romances policiais de Georges Simenon proporciona entreterimento rápido e satisfatório. Conhecemos os personagens principais, os procedimentos, os bordões. O desfecho lógico e implacável do inspetor Maigret é algo seguro, o leitor nunca é surpreendido. Claro, um sujeito tem de controlar a dose, pois é fácil se cansar. Nestes dias vagabundos de férias de inverno (são apenas uns dez dias sem aulas, nada espetacular, que permita viagens e diversões genuínas) eis que resolvi ler alguns Simenon. Nesse "Maigret e o comerciante de vinhos" acompanhamos a investigação sobre a morte de um arrivista que ao longo de sua vida acumulou tanta fortuna quanto inimigos e detratores. Maigret está gripado e tem dificuldades para manter o ritmo e a atenção no processo complicado que tem em mãos. Simenon aproveita para refletir um tanto sobre as diferenças entre a moral burguesa e as regras de conduta dos trabalhadores mais simples de seu tempo (ok, isto é feito de forma muito superficial). Após algum esforço e diligências chega-se a confissão e ao culpado. Nada espetacular. Acho que não estou com o humor certo para essas leituras tão ligeiras. Vou experimentar só mais um e basta! [início - fim 02/08/2011]
"Maigret e o negociante de vinhos", Georges Simenon, tradução de Paulo Neves, editora L&PM Pocket (v. 800), 1a. edição (2009), brochura 10,5x18 cm, 169 págs. ISBN: 978-85-254-1919-4 [edição original: Maigret et le marchand de vin, Presses de la Cité (França), 1970]
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SG1 27/04/2017

Uma leitura interessante
Este é o primeiro livro do Simenon que leio. Assim sendo, foi por meio da morte do negociante de vinhos que pude ter o primeiro contrato com o comissário Maigret e seu modo de desvendar um crime a apanhar o assassino, neste caso.
Nesta história, Maigret demora um tempo considerável para começar a ter as primeiras pistas de quem poderia ter sido o assassino, e eu, particularmente, não achei nada enfadonho o modo como ele induzia seus pensamentos e estratégias para encontrar o criminoso. Porém, não posso deixar de comentar que muitas das descobertas somente ocorreram por conta da sorte e da vontade do próprio assassino de sair do anonimato.
Quanto a escrita, eu gostei bastante. Em obras estrangeiras sempre fico me perguntando se é o autor que é bom mesmo ou se o tradutor é quem fez um bom trabalho. Acredito que neste livro (da L&PM Pocket) foi uma junção dos dois.
Quanto a estória, bem... eu estava realmente curiosa sobre quem poderia ser o assassino, mas o que realmente me chamou a atenção e me fez pensar como essa história de "polícia e ladrão" é diferente foi o fato de eu me ver posicionada mais para o lado do ladrão do que da vítima. Isso porque no negociante de vinhosos, como o próprio criminoso afirma, é um crápula. Nas minhas palavras ele é um verme miserável digno de pena por não conseguir dos outros nada mais além do ódio.
Eu entendo que o comissário Maigret é extremamente honesto e jamais descumpriria seu dever de colocar o assassino à disposição do tribunal, mas sinto que nesta história Maigret teve que reunir forças para cumprir seu dever de entregar o assassino a justiça, tendo em vista que ele também não simpatizou nenhum pouco com o negociante de vinhos, até mesmo porque quem simpatizar só pode ter algum problema mental.
Bom, eu particularmente recomendo o livro, é uma leitura rápida e para mim foi muito agradável, tanto que pretendo ler mais histórias do Maigret, até mesmo para saber se continuarei com este sentimento.
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