SG1 27/04/2017Uma leitura interessanteEste é o primeiro livro do Simenon que leio. Assim sendo, foi por meio da morte do negociante de vinhos que pude ter o primeiro contrato com o comissário Maigret e seu modo de desvendar um crime a apanhar o assassino, neste caso.
Nesta história, Maigret demora um tempo considerável para começar a ter as primeiras pistas de quem poderia ter sido o assassino, e eu, particularmente, não achei nada enfadonho o modo como ele induzia seus pensamentos e estratégias para encontrar o criminoso. Porém, não posso deixar de comentar que muitas das descobertas somente ocorreram por conta da sorte e da vontade do próprio assassino de sair do anonimato.
Quanto a escrita, eu gostei bastante. Em obras estrangeiras sempre fico me perguntando se é o autor que é bom mesmo ou se o tradutor é quem fez um bom trabalho. Acredito que neste livro (da L&PM Pocket) foi uma junção dos dois.
Quanto a estória, bem... eu estava realmente curiosa sobre quem poderia ser o assassino, mas o que realmente me chamou a atenção e me fez pensar como essa história de "polícia e ladrão" é diferente foi o fato de eu me ver posicionada mais para o lado do ladrão do que da vítima. Isso porque no negociante de vinhosos, como o próprio criminoso afirma, é um crápula. Nas minhas palavras ele é um verme miserável digno de pena por não conseguir dos outros nada mais além do ódio.
Eu entendo que o comissário Maigret é extremamente honesto e jamais descumpriria seu dever de colocar o assassino à disposição do tribunal, mas sinto que nesta história Maigret teve que reunir forças para cumprir seu dever de entregar o assassino a justiça, tendo em vista que ele também não simpatizou nenhum pouco com o negociante de vinhos, até mesmo porque quem simpatizar só pode ter algum problema mental.
Bom, eu particularmente recomendo o livro, é uma leitura rápida e para mim foi muito agradável, tanto que pretendo ler mais histórias do Maigret, até mesmo para saber se continuarei com este sentimento.