Lilian 14/02/2017
poesia da alteridade
Vozes Guardadas, de Elisa Lucinda, Editora Record, 515 páginas, é a materialização de dois livros: Jardim de Cartas e O livro dos desejos. A autora dedica sua poesia à experiência, de modo que ‘estranhos’, em sua poética, se tornam nossos conhecidos. Não convivi com Moarci Tabasnik, mas senti uma forte aproximação, pois, tal como ele, poderia a morte ter levado alguém próximo a mim e que também se importa com a humanidade.
“(...) A morte deveria ter consultado o mundo.
Não concordaríamos.
Faz falta gente que se importa com a humanidade”
Também não vi o nascimento de Taís do Espírito Santo, mas “a princesinha preta, filha da alvorada!” já surge parente dos leitores da Elisa. Pois, Vozes guardadas são aqueles sentimentos que nos guardam e que nós aguardamos. De tão próximo, despe nossa alma, derrama DNA.
Elisa é assim, pega dia agitado e transforma em calmaria, faz trânsito infernal em rede e pescaria. Aquece inverno e amolece pedra. As vozes que estavam guardadas saíram transcendente, afetivas, sexuais
"- Que peito macio!
- São teus lábios."
http://www.poesianaalma.com.br/2017/02/resenha-vozes-guardadas.html