Rafael.Novato 06/10/2023
Trabalhar menos para que todos possamos trabalhar.
Um livro do qual fiz inúmeras anotações, um pensamento necessário para se debater nos dias de hoje, tantas décadas, mais de um século depois de sua concepção. Qual o sentido e motivo do trabalho? É para que todos possamos não somente fornecer bens e consumo, mas ter uma sensação de utilidade? Quem vai consumir esses bens e serviços? Trabalhamos para comer? Vestir? Acessar algo e a partir disso nos tornarmos "cidadãos"? Ou trabalhamos para o bem estar comum? O médico para remediar os enfermos? O padeiro para matar a fome? O agricultor para alimentar a si, os seus e seus semelhantes? O engenheiro para que tenhamos onde morar? Ou tudo está perdido em uma máquina engenhosa e imensa de produção de capital e mercadoria tão somente para acumular tudo? E se trabalhássemos menos horas por dia e todos tivessem empregos? Trabalhar menos para que todos possam trabalhar, para que todos possamos comer, vestir, morar, beber, amar, beijar, fazer fruir a vida, ao invés de trabalhar para enriquecer a poucos e a maioria viva na miséria. A vida não está na labuta, está no lazer, trabalhamos para isso, sonhamos com os feriados e finais de semana, trabalhamos para isso, para ter dinheiro para comer e para esses dias, então por que negar isso? A ideia de preguiça foi inventada e transformada em pecado para que nossos corpos fossem arrebentados ao limite com a nossa própria autorização via culpa caso paremos. O mundo sempre organizado para ser essa máquina de moer carne, mas não deveria, que aquele primeiro de Maio não seja esquecido.
Esse livro traz inúmeros pensamentos, recomendo.