Aconteceu naquele verão

Aconteceu naquele verão Cassandra Clare...




Resenhas - Aconteceu naquele verão


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RUDY 26/05/2020

ANÁLISE CRÍTICA E DOS AUTORES
Gosto muito de livro de contos, ainda mais com uma temática que fala sobre o amor, e o amor no verão. E gostei do livro, entretanto, por ter muitos autores renomados, achei que poderia ser bem melhor, ainda assim, valeu a pena a leitura.
O que mais me chamou atenção foi a diversidade dos contos e seus temas: LGBT, autismo, representatividade negra, alguns com mistério e suspense envolvidos, outros mais leves, engraçados, outros mais dramáticos, mas todos falando sobre AMOR. E estamos em uma fase que precisamos muito de ‘coisas’ que falem de amor, mesmo que seja na ficção.
Não há muito mais o que falar, afinal, é um livro para ser apreciado. Fui lendo aos poucos, um conto por dia, assim podia ler outro livro em paralelo e pude analisar cada história e o impacto que me trouxe. É um bom entretenimento, mesmo que nem todos sejam contos tão bons, sejam apenas medianos, mesmo que alguns autores sejam conhecidos e bons.
Recomendo a leitura que é leve e tranquila.

site: https://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com/2020/05/resenha-27-aconteceu-naquele-verao.html
Michelle 23/09/2021minha estante
que livro fofo!! amei muito


Angela Cunha 10/12/2021minha estante
Quantos temas necessários e sim, com nomes de autores que já são fabulosos por natureza. Eu não gosto de verão rs mas amo contos e amo isso do se emocionar com o amor em todos os jeitos e formas!!
Listinha de desejados com certeza!
Beijo




Nana 19/02/2017

Este livro foi sobre sair da minha zona de conforto… Por que? Um livro de contos românticos no verão. Duas coisas que eu não gosto: romance e verão. Mas tudo bem! Assinei o Turista Literário justamente para sair da minha zona de conforto!

Aconteceu Naquele Verão, como já disse anteriormente, é uma coletânea de contos sobre romances de verão, organizados por Stephanie Perkins e publicado pela Intrínseca. Vou falar de cada um dos contos (sem spoiler) e depois eu faço um apanhadão geral.


Cabeça, escamas, língua, cauda – Leigh Bardugo ★★★★

Não preciso dizer que comecei o livro com preconceito e este conto foi excelente pra acabar um pouco com ele. O conto fala de Grace e Eli que se juntam para investigar um monstro do lago que só ela consegue ver, enquanto ele tem um grande conhecimento e curiosidade sobre esse assunto. É bem bonitinho e diversificado o relacionamento dos dois.

O fim do amor – Nina Lacour ★★★★

Primeira história LGBT! Conta a história de Flora, que desistiu do amor, reencontrando o primeiro amor dela, Mimi. É bem bonitinho mesmo! Gostei como abrange bem as dúvidas que a Flora tinha na primeira vez que viu a Mimi.

O último suspiro do cinemorte – Libba Bray ★★★

Este conto é sobre o último dia do Cinemorte, um cinema especializado em filmes de terror. Este foi complicado pra mim, porque eu comecei gostando bastante dele, porém tem um momento que a história fica tão surreal, que eu fiquei tentando entender o que estava acontecendo. Mas o pior foi o final… Foi tão forçado! Tão “não sei como terminar essa história” que desanimei.

Prazer doentio – Francesca Lia Block ★★

Não gostei desse. Há quem possa dizer que não gostei porque o final não foi feliz. Não é verdade, estou acostumada com isso. A questão é que não me senti envolvida com a história. Os personagens não têm nome, só iniciais, e fala como a I. se apaixonou por A. Muita gente achou a história impactante, mas eu só achei a garota bem idiota… Se deixando levar pelos outros e etc. Provavelmente é porque eu já passei dessa fase e tal, mas achei a história bem vazia, igual aos personagens. Depois desse conto, até desanimei pra continuar…

Em noventa minutos, vá em direção a North – Stephenie Perkins ★★★★★

Esse veio pra salvar e é um dos meus favoritos. Marigold está indo encontrar North (ex-namorado, porém ainda amigo) depois de algum tempo sem se falarem, porque ela acha que ele se perdeu em seus objetivos. Achei a história mais bem construída e com personagens mais consistentes.

Lembranças – Tim Federle ★★★★★

Que coisa mais fofa! Segundo conto LGBT. Este conta sobre o dia do término de Matt e Keith. Como era um relacionamento de verão e o Keith vai para a universidade no final, eles combinaram de terminarem no último dia. É tão fofo o relacionamento dos dois. Até o término deles é a coisa mais fofa! Só fico chateada que quase toda história gay que eu leio termina relativamente triste. Com certeza vou procurar mais trabalhos dele.

Inércia – Veronica Roth ★★★

Nunca crio muitas expectativas com autores famosos. Gosto da Veronica e gostei muito de Divergente, porém, este conto… Pra variar ela tenta colocar um toque de ficção científica e temos a Claire indo fazer A Última Visita, que é um equipamento que permite falar com uma pessoa que está em coma, no caso o amigo dela Matt. A história é bonita e emocionante, mas teve um momento em que comecei a achar meio chato e tal, meio parado.

Amor é o último recurso – Jon Skovron ★★★

Outro conto que me deixou bastante dividida. Neste temos Lena, que trabalha em um resort e Arlo, que é o novo empregado. O conto aborda três relacionamentos ao mesmo tempo. Eu comecei gostando muito dele, mas do meio pro final a parada ficou tão forçada, tão novela mexicana, que eu deixei de gostar. Mais um que fiquei com a impressão de “não sei como acabar esse conto”.

Boa sorte e adeus – Brandy Colbert ★★★

Primeira coisa que eu gostei foi que finalmente temos um conto com todos os personagens negros. Audrey, prima da protagonista Rashida, informa que vai se mudar com sua namorada Gillian para outra cidade. A protagonista fica acabada com essa noticia e tem que aprender a lidar com isso. Gostei a forma como o conto aborda a situação da perda, mas ao mesmo tempo não consegui me conectar muito…

Nova atração – Cassandra Clare ★★★★

Comecei com um baita preconceito com esse conto, porque fiquei com medo de ser mais um Clary e Jace da vida, mas no final eu gostei muito da história. Neste temos Lulu, uma garota que sempre viveu em um parque de diversões de terror. Um dia, seu pai desaparece e seu tio Walter resolve assumir o parque e mudar algumas coisas. Gostei muito daquela sensação de “o que está acontecendo aqui” e “o que de fato aconteceu com o pai dela”. Esses toques de mistério me motivam e, principalmente, porque a história não foi focada no relacionamento dela com o Lucas.

Mil maneiras de tudo isso dar errado – Jennifer E. Smith ★★★★

Esse conto tem dois personagens autistas! Mesmo a situação não sendo muito explorada, só a menção já é muito importante. Conta a história da Annie, que trabalha em uma colônia de férias, e precisa aprender a lidar com Noah, um menino autista de 6 anos. Ao mesmo tempo, ela tenta se aproximar de Griffin, que é um menino sempre muito distante de todos, mas que ela se sente muito atraída. Olha, uma gracinha de história. Umas das favoritas.

O mapa das pequenas coisas perfeitas – Lev Grossman ★★★

O último conto fala sobre Mark e Magareth que estão presos em um looping temporal e estão vivendo eternamente no dia 4 de agosto. Comecei achando muito legal, mas a história foi ficando cada vez mais parada. A mensagem é interessante, mas mesmo assim não me apeguei muito…

Por ser um livro de contos, é difícil você se apegar a ele. Um dos motivos pelos quais eu dei 3 estrelas no Skoob e no Goodreads foi esse, não consegui me apegar. Na verdade, estava louca pra terminar de ler logo e pegar outra coisa. Mesmo com todos os bons contos, romance ainda não é a minha praia. Me deixa bem cansada…

site: https://confessionsbookaholic.wordpress.com/2017/02/19/aconteceu-naquele-verao/
brunamsouza 27/02/2017minha estante
Concordo com você em quase todas as notas. Prazer doentio foi o pior conto dos dois livros pra mim ,também acho meio difícil se apegar a livro de contos.


Guil 26/04/2017minha estante
Para tentar chegar ao final do livro, estou lendo homeopaticamente. Entre cada um dos contos leio um outro livro.
Acabei de ler o "Prazer doentio", e se não fosse pela sua resenha, acredito que desistiria de uma vez ao invés de dar uma chance para os demais contos.




Lara.Basoni 24/02/2022

Aconteceu naquele verão
Aconteceu naquele verão é uma série de contos que têm em comum serem histórias de amor e se passar no verão. É uma leitura bem leve e gostosinha de deixar o coração quentinho. Tem romances para todos os gostos, desde os mais fofinhos até os mais dramáticos, e alguns são de fantasia. Recomendo muito a leitura para quem assim como eu ama romances fofos.

Ps.: Algo bem bobo, mas que eu amei fazer é, ao final de cada conto ir tentar descobrir onde o casal está na ilustração da capa kkkkkkk
EricaK 06/02/2023minha estante
Vou fazer isso também! Legal!?




Mey 06/02/2017

No vídeo da TBR de fevereiro eu contei que gostei muito do primeiro livro de contos organizado pela Stephanie Perkins, "O Presente do Meu Grande Amor", e que estava ansiosa por "Aconteceu Naquele Verão". Porém se o primeiro foi uma deliciosa experiência, o segundo falhou miseravelmente.

Acredito que o grande problema que tive foi criar expectativas, porque entendo o verão como aquela estação do ano em que tudo é mais leve, divertido e que os romances são mais descontraídos. Porém a maioria dos contos de "Aconteceu Naquele Verão" são bem pesados e tristes, fiquei com aquela sensação de que as histórias não eram sobre amor, como me prometeram na sinopse.

Não vou dizer que não gostei de todos os contos, teve alguns que conseguiram me prender, e o engraçado foi que a maioria foi de autores que eu já conheço. Comecei o livro gostando muito do conto "Cabeça, Escamas, Língua e Cauda" da Leigh Bardugo, que vai contar uma história de realismo mágico, em que uma garota e um garoto investigam a aparição de um mostro em um lago. Depois me encantei com o conto da Stephanie Perkins, "Em noventa minutos, vá em direção ao North" que é a continuação do conto dela em "O Presente do Meu Grande Amor" e é uma delicinha. Depois Verônica Roth me surpreendeu com "Inércia" que é um conto muito Black Mirror, especificamente o episódio San Junipero, ou seja temos um conto muito lindo. A Cassadra Clare também fez um conto de fantasia muito divertido, gostei muito de "Nova Atração". E por fim o conto de um autor que não conhecia, mas que escreve muito bem, o Lev Grossman, que criou uma história muito fofa em "O mapa das pequenas coisas".

Mesmo gostando de 5 contos, não achei que a leitura me acrescentou e fiquei bem incomodada durante a leitura. Não sei se isso aconteceu, porque esperei algo diferente ou se não funcionou de verdade. Procurei uma leitura leve e divertida e encontrei quase um livro para se abandonar.


site: http://agoraqueeusoucritica.blogspot.com.br/2017/02/resenha-aconteceu-naquele-verao.html
Carol Rodrigues 10/02/2017minha estante
Concordo totalmente com você! Se tratando do verão, eram pra ser histórias leves e divertidas, mas a maioria é triste e possuem uma carga dramática. Achei super nonsense colocarem terror no meio de romance. De 12 contos, gostei só de 4: O da Stephanie, da Cass, da Jennifer e mais um que não tô lembrando agora. Um livro decepcionante.




lluanft 05/06/2017

São 12 versões bem diferentes de Verão. Mas não existem milhões?
"Você pode passar a sua vida inteira à espera de momentos perfeitos, mas às vezes é preciso fazê-los acontecer". Mark - GROSSMAN, Lev.

Os contos estão organizados por ordem de preferência. Dos meus preferidos aos não tão preferidos assim. Esse livro é maravilhoso e tem alguns contos que são sensacionais. Terminei o livro apaixonado e em transe pela reflexão do último conto.

> Conto 11 - Mil Maneiras de Tudo Isso Dar Errado – Jennifer E. Smith -– 5 (bilhões) estrelas. Favorito.

Annie descobre que o motivo do garoto de seus sonhos, Griffin, se dar tão bem com o garoto do acampamento que tem autismo, Noah é porque ele possui a síndrome de Asperger. O conto é leve, lindo e te remete à fofura ocasionada por “Em Algum Lugar nas Estrelas” de Clare Vanderpool – meu livro favorito. Esse conto é simplesmente perfeito. Não tem um detalhe que possa ser dado como defeito.

> Conto 6 - Lembranças – Tim Federle - 5 (mil) estrelas. Favorito.

Um romance de verão. Uma aventura entre Matt e Keith. É delicado e intenso ao mesmo tempo. O mais incrível é o quanto tudo é palpável porque foi escrito como algo que acontece em nosso dia-a-dia e ela se mantém real até o último instante. O conto é perfeito e se basta, não deixando espaços para uma continuação.

> Conto 7 - Inércia – Veronica Roth - 5 estrelas. Favorito

Como uma distopia pode ser delicada, dramática, depressiva e romântica ao mesmo tempo e ainda fazer tudo isso funcionar tão perfeitamente? A Última Visita realizada por pessoas escolhidas por alguém que está com seus dias contados é algo tão intenso e algo que seria maravilhoso se pudesse acontecer em nossas vidas. Claire e Matt passam a reflexão que não se deve deixar os sentimentos para depois.

> Conto 5 - Em Noventa Minutos, Vá em Direção a North – Stephenie Perkins –- 5 estrelas. Favorito.

Marigold e North merecem um livro só deles. Ainda não li o primeiro conto sobre os dois no primeiro livro de contos, “O presente do Meu Grande Amor”. Mas esse conto é tão bom. Tão tão bom. Toda a atmosfera do conto é cativante e contagiante. North é um personagem incrível. Tem cheirinho de quero mais.

> Conto 12 - O Mapa das Pequenas Coisas Perfeitas – Lev Grossman - 5 estrelas. Favorito.

Esse conto tem uma pegada mais pesada e uma mensagem profunda. É lindo e sombrio. Ficou a vontade desesperada de enumerar um mapa com as pequenas coisas perfeitas, não o mapa de Margareth e Mark, o meu mapa. Fica parecendo que falta um mapa. Um looping no tempo, uma parada de meses em 4 de agosto é necessária para dar valor às pequenas coisas e procurar as perfeições do mundo? Uma mensagem do conto realmente é a verdade de todo leitor: precisamos que o mundo pare meses em alguma data qualquer para ler todos os livros que queremos, ou anos, décadas, mas todos sabemos que nunca seria suficiente.

> Conto 1 - Cabeça, Escamas, Língua, Cauda – Leigh Bardugo - 5 estrelas. Favorito.

Adorei a construção da fantasia está em torno do folclore. O desenvolvimento do conto é bem fluído. O final é imprevisível e muda toda a expectativa do conto.Grace e Eli são ótimos personagens.

> Conto 10 - Nova Atração – Cassandra Clare - – 4,5 estrelas. Favorito.

Lulu e Lucas são protagonistas excelentes. O parque de diversões de terror, os personagens, a dramatização, o clímax, tudo nesse conto é muito envolvente e incrível. É bom demais. Só que ele tem o defeito de ser corrido para chegar a um final rapidamente, deixando assim o que deveria ser o desenvolvimento de fora da fantasia. Esse conto merece muito um livro. Uma trilogia quem sabe.

> Conto 9 - Boa Sorte e Adeus – Brandy Colbert - 4 estrelas.

O gostoso do conto é que parece uma história real. O problema é que ele não apresenta os personagens o suficiente para você conhecer e se apegar. O texto é bonito e deixa um gostinho de preciso de mais, mas não mais linhas e sim um livro completo, se aprofundando nos detalhes apresentados da vida de Rashida e Pierre. Um detalhe importante sobre esse conto é que é carregado de traumas, melancolia e ressentimento.

> Conto 2 - O Fim do Amor – Nina Lacour - 3 estrelas.

Flora está revoltada com os acontecimentos de sua vida e toda sua rebeldia é baseada nisso. Mas Mimi pode mudar tudo isso. A relação das garotas é simples e não tem um clima forçado pelas poucas páginas.

> Conto 8 - Amor é o Último Recurso – Jon Skovron -– 3 estrelas.

Lena e Arlo são personagens muito parecidos. São tão parecidos que parece ser o mesmo personagem. A atmosfera do conto é legal e até divertida, a narrativa é muito diferente do habitual, tornando ainda mais interessante a ambientação. O lado negativo é marcado pelo excesso do brega, e isso dito por alguém que ama romances; a correria para a conclusão; e o final sem graça. É muito clichê.

> Conto 3 - O Último Suspiro do Cinemorte – Libba Bray - –3 estrelas.

Como explicar um conto em que os personagens (Kevin, Dani e até Dave) são cativantes, porém o desenrolar não é. O final do conto é tão sem pé nem cabeça que parece até preguiça. O texto começa bem e vai fluindo, quando chega ao meio, abruptamente aparece uma fantasia tresloucada que modifica totalmente o andar da carruagem e assim como ela começa sem explicação, termina com uma grande interrogação, essa na minha cabeça e não no texto.

> Conto 4 - Prazer Doentio – Francesca Lia Block –- 2 estrelas.

O fato dos personagens serem identificados por suas iniciais não é um problema. A falta de uma narrativa é. Parece um diário de uma adolescente. Se o fosse ainda seria melhorzinho, porque I. e A. não tem o que contar. Tem até alguns elementos interessantes, mas que não se firmam e não são mantidos, nos levando, ou melhor, não levando a nada.
Papo de leitor 07/12/2017minha estante
odiei o conto 4, maior tempo perdido nas minhas leituras




Mari - Pequenos Retalhos 23/05/2017

Um livro de contos fofos
Aconteceu Naquele Verão é uma coletânea de histórias curtas, na sua maioria fofas, que deixam o coração da gente quentinho como o sol de verão. Ok, essa pode ser uma metáfora terrível, mas vale a pena comprar o livro. São leituras leves e ainda dá para conhecer um pouco cada um dos autores.

Leia um pouco sobre cada um dos contos - menos o da Cassandra Clare - no post do blog Pequenos Retalhos.

E não, eu não leio Cassandra Clare.
Bruna 29/12/2017minha estante
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Vitor 20/02/2017

Poderia ser muito melhor
O livro na minha opinião é mais ou menos, pois grande parte dos contos, não tem nada haver com o verão. Um exemplo disso é o conto O Ultimo Suspiro Do Cinemorte ( ironicamente na minha opinoão esse é um dos melhores livros).
Os melhores contos são os ultimos, e principalmente o ultimo, o mapa das pequenas coisas perfeitas ( esse é o melhor livro)

Para finalizar, eu não compraria o livros, eu so li pois havia ganhado na caixa do turista literario.
Pathy Oliveira 20/02/2017minha estante
Nussa




Laura Brand 04/03/2017

Cheirinho de verão
Esperei ansiosamente por Aconteceu naquele verão desde que seu lançamento foi anunciado. Stephanie Perkins já havia me conquistado com a organização da coletânea de contos “O presente do meu grandeamor” com a temática do natal. Aconteceu naquele verão é ainda mais incrível. É um livro encantador, apaixonante e veio na melhor hora possível. Que jeito melhor de aproveitar o verão do que se encantar com doze histórias completamente diferentes que se passam nessa época de tirar o fôlego?
Aconteceu naquele verão é um livro para todos os gostos. São doze contos para encantar dos mais céticos até os mais apaixonados. São histórias de amor em todas as suas formas. O primeiro conto possui toques de misticismo, o segundo conta uma história de amor entre duas meninas, o terceiro é uma aventura com toques de terror e assim em diante. São contos no tamanho certo para conseguir desenvolver narrativas ricas em personagens e detalhes, mas não longos o suficiente para ficarem cansativos.

As histórias são completamente diferentes umas das outras apesar de serem relacionadas com amores que acontecem na época do verão. Às vezes até esquecia que estava lendo uma coletânea de contos com um tema em comum. Isso é maravilhoso porque faz com que a leitura não fique nem um pouco enjoativa. Alguns aspectos são comuns aos contos como uma ferida atual ou do passado, amores platônicos, personagens com personalidades marcantes etc. Mas a forma com que os personagens lidam com seus sentimentos é diferente, claro, e a questão do amor de verão é bem interessante. Alguns autores escolhem eternizar o amor de verão de uma forme inocente e encantadora, outros o tratam da forma que ele é: apenas um amor de verão.
Posso ser um pouco culpada para falar porque sou apaixonada por contos, mas Stephenie Perkins, além de ser uma escritora muito boa, soube escolher outros contadores de histórias que deram vida ao livro. Gosto de contos porque (quem acompanha meus textos no blog já percebeu) são pequenos recortes da realidade que não precisam de muitas e muitas páginas para fazer o leitor se apaixonar por algum personagem ou enredo. Além disso, são ótimos para entrar em contato com o trabalho de vários escritores que ainda nos eram desconhecidos. Stephanie Perkins soube reunir contos incríveis de autores que, em sua maioria, eu ainda não conhecia e passei a admirar.
Claro que alguns contos me agradaram mais que outros. Fantasia não é meu gênero literário favorito, por exemplo, mas nem por isso deixei de apreciar as histórias que envolviam seres místicos e fantásticos. Os contos que adorei ofuscaram os que não me conquistaram tanto. Não digo que leria o livro inteiro de novo, mas com certeza voltaria em alguns contos específicos.

A capa é um detalhe fofo e digno de ser mencionado. A princípio pensei que fosse uma ilustração mais genérica para combinar com o título, mas ao longo da leitura é possível encontrar personagens dos contos na capa, coisa que não havia reparado quando li O presente do meu grande amor.
Aconteceu naquele verão é um livro extremamente apaixonante, não só por se tratar do amor. Cada uma das histórias acaba com uma lição ou reflexão maravilhosa. É um livro pra deixar o leitor mais leve. Aconteceu naquele verão vai encantar todos que estiverem dispostos a abrir a janela e deixar o calor do verão chegar da forma mais deliciosa possível.

site: https://nostalgiacinza.blogspot.com.br/2017/02/resenha-aconteceu-naquele-verao.html
Gabi 22/03/2017minha estante
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Karini.Couto 03/03/2017

Aconteceu Naquele Verão reúne doze histórias de amor que acontecem no verão e são escritas por nomes já aclamados por muitos.

As Histórias são:

1- Cabeça, Escamas, Língua, Cauda por Leigh Bardugo

Sou super fã da escrita de Leigh Bardugo e amei este primeiro conto que abriu a coletânea em grande estilo. Grace e Eli, dois jovens nada prováveis de estarem juntos aparentemente se unem no intuito de investigar um mistério, ou melhor, um monstro que está no lago. Ela tem a curiosidade e ele é um pesquisador curioso. Então esse par promete grandes aventuras que irão agradar os fãs de mistérios e romance.

2- O Fim do Amor por Nina Lacour

Esse é um conto sem preconceitos onde Flora que estava desenganada sobre o amor encontra Mimi e acompanhamos todos os tipos de pensamentos que a protagonista tem desde dúvidas ao encantamento que sente ao ir redescobrindo o amor.

3- O Último Suspiro do Cinemorte por Libba Bray

Aqui Libba Bray nos conta sobre o fim de um cinema chamado Cinemorte onde eram apresentados filmes de terror. Para aqueles que conhecem a escrita da Libba Bray eu digo que ela me surpreendeu um pouco neste conto. Teve

4- Prazer Doentio por Francesca Lia Block

Prazer doentio foi uma grata surpresa para mim, eu não conhecia a autora – ao menos não que me lembre no momento e achei sua escrita muito envolvente. Os personagens são tratados por suas iniciais, como se fosse um código e nesse conto descobrimos como um personagem se apaixona por outro, porém o final talvez, não seja como muitos gostaria. A meu ver, ficou ótimo. Considerei esse conto um pouco mais juvenil que outros..., mas não impediu que a leitura fosse fluída.

5- Em Noventa Minutos, vá em direção a North por Stephanie Perkins

Esse conto nos traz amor, amizade e expectativa. Mari vai ao encontro de seu amigo North que também é seu ex namorado; ambos tiveram um período de afastamento, mas agora por motivos que irão entender quando lerem, o destino resolve que já é o momento de ambos se reencontrarem e continuarem a escrever suas histórias. A escrita de Stephanie Perkins é simplesmente perfeita e envolve o leitor do começo ao fim.

6- Lembranças por Tim Federle

Mais uma história sem preconceitos onde o tema é o relacionamento de dois meninos que tem uma relação bastante solida, porém um deles está de partida para uma nova jornada, então ambos decidem terminar por conta disso. Mas quem pensa que é puro drama se engana. Pois na verdade nesse conto tem é muito amor e cumplicidade. Não terminou exatamente como eu gostaria, mas a escrita de Tim Federle me ganhou completamente.

7- Inércia por Veronica Roth

Escrito pela aclamada Veronica Roth, este conto tem sua “assinatura” sempre misturando realidade e ficção futurística. Conheceremos uma jovem que visita seu amigo Matt que está em coma; ela tem uma forma de falar com ele e todo o enredo é bem delicado e marcante.

8- Amor é o último recurso por Jon Skovron

Neste conto de Jon Skovron temos vários personagens abordados, e seus relacionamentos expostos. Achei o conto meio “blah” ... Nem sei bem o que dizer a respeito. Parece que li um dramalhão bem chatinho!

9- Boa Sorte e Adeus por Brandy Colbert

O conto traz personagens que lidam com sentimentos como perda e dor. Rashida é nossa protagonista, e é negra, como sua prima Audrey que lhe informa que está indo embora com sua namorada... E isso mexe demais com nossa protagonista..

10- Nova Atração por Cassandra Clare

Cassandra Clare que eu amo, nos apresenta Lulu que vive em um parque de diversões macabro. Seu pai desaparece e Walter, seu tio assume o parque e aí temos uma reviravolta na vida da protagonista. Cassandra envolve o enredo em mistério e o clima dá aquela sensação de suspense ou “o que deixei passar”, coisa que me agrada bastante, pois amoooo um mistério!

11- Mil maneiras de tudo isso dar errado por Jennifer E. Smith
Esse é um daqueles contos para tocar seu coração, mais um tema abordando o autismo, mesmo que superficialmente, (li outro livro recente com esse tema recentemente – e me atrai bastante). Bom.... Aqui temos Annie que precisa aprender a entrar no mundo de Noah, um menininho e apenas seis anos e também tenta lidar com Griffin que está sempre tão distante e inalcançável.
O conto é bem fofo e vale muito a menção ao autismo.

12- O mapa das pequenas coisas perfeitas por Lev Crossman

Este é o último conto do livro e nele somos apresentados a Margareth e Mark que vivenciam o dia quatro de agosto de novo, e de novo e de novo.... Estando presos a esse dia e um ao outro.

Todo o livro foi organizado por Stephanie Perkins, alguns contos são melhores que outros e também teve aqueles contos que não achei grande coisa, mas a coletânea em si é uma ideia que eu considerei bastante interessante. Não sou um ser muito de romances, mas as vezes precisamos de um pouco de doçura para abrandar o dia a dia e Aconteceu Naquele Verão cumpre bem esse papel. Apesar de não ter dado individualmente quatro estrelas para todos os contos; no contexto geral.... Eu dou quatro estrelas pela organização e ideia e por trazer temas interessantes e até atuais. Cada conto é bem diferente dos demais, não tem aquela mesmice que algumas coletâneas trazem, os autores souberam diversificar bem suas histórias e com isso trazer um misto de drama, suspense, terror, romance, fantasia e muito mais.
Dana 03/03/2017minha estante
Sua resenha me fez querer dar uma chance, confesso que pela sinopse eu tinha deixado passar. Obrigada :)




Glétsia 31/01/2017

Não sou de abandonar leituras, mas esperei uma coisa desse livro e acabei tendo uma surpresa desagradável. Li os três primeiros contos e resolvi que teria coisas mais interessantes para ler. Histórias toscas e para público adolescente.
comentários(0)comente



MiCandeloro 03/02/2017

Divertido, aterrorizante, emocionante e romântico!
Aconteceu naquele verão é uma antologia composta por doze contos, escritos por grandes escritores e organizado por Stephanie Perkins, queridinha da galera. Tendo como temática o verão, a grande maioria dos textos traz em seu contexto as férias escolares e o que os adolescentes fazem nesse interregno.

Com histórias completamente diferentes uma das outras, ora nos deparamos com um caso de amor, em outro momento quase perdemos a vida em um ataque de mortos vivos, para então ficarmos presos em uma dobra temporal.

Não sou fã de contos e não li a primeira coletânea organizada por Perkins. Pelo visto me enquadro na estatística a qual ela se refere de ser cada cada vez mais difícil fazer o público ler pequenas narrativas. Mas devo confessar que me surpreendi positivamente com Aconteceu naquele verão. Tirando um ou outro causo que achei sem sentido ou meio bobo, amei todos os outros, e cada um deles me afetou de maneira diferente.

Outra coisa que achei bem interessante é que tive a oportunidade de conhecer o trabalho de diversos autores dos quais eu nunca tinha ouvido falar.

A obra começa com Cabeças, escamas, língua, cauda, de Leigh Bardugo. Nele conhecemos Gracie, uma garota que tem certeza de que viu um monstro no lago de Little Spindle. Para investigar, ela conta com a ajuda de Eli, um esquisitão que não mora na cidade e que só aparece por lá nas férias de verão. Em princípio, Gracie não quer ser vista com ele. Mas na medida em que ambos vão se conhecendo e os verões vão passando, ela se percebe apaixonada e melancólica, porque sabe que assim que concluir o ensino médio, não verá mais Eli. Mas nem sempre as paixonites de verão terminam com o fim da estação, e é isso o que a a garota está prestes a descobrir.

Narrado em terceira pessoa, de início, esta mais me pareceu uma trama tipicamente adolescente em que relata o tédio pelo qual alguns jovens passam nas férias sem saber bem o que fazer com tantos dias sem compromisso e também cita as paixonites de verão, tão intensas e especiais. Não vi nada de mais por aqui, até ficar impressionada com o final que foi um tanto inesperado, com um grande toque fantasioso mas que, na minha opinião, não convenceu.

Em O fim do amor, de Nina Lacour, conhecemos a história de Flora, uma menina que se percebe lésbica, apaixonada por uma colega de classe, mas que não sabe como lidar com a situação. Flora está machucada, pois seus pais estão se separando e, por conta disso, ela vê ruir à sua frente anos de vida em família que vão fazer falta. Ela quer tatuar no braço a frase O fim do amor, mas seus novos amigos irão lhe mostrar que para todo término há um recomeço.

Este foi outro conto que tive dificuldade de me conectar, por mais que tenha me compadecido da situação de Flora. O que me agradou foi o cenário no qual se passou parte do enredo, em meio à floresta e o mar.

Já O último suspiro do Cinemorte, de Libba Bray, me pegou de jeito, a começar pela escrita divertida da autora e por sua enorme criatividade.

O conto se passa em um cinema especializado em filmes de terror que está prestes a fechar as portas. Para encerrar com chave de ouro, Ando sobre esta terra, uma produção amaldiçoada, é exibida, pondo em risco todos os espectadores, que temerão por suas vidas. No meio disso tudo, Kevin tenta criar coragem para declarar o seu amor para Dani. Nossa, que timing perfeito!

Infelizmente Francesca Lia Block não me conquistou com Prazer doentio, ao contrário, arrisco a dizer que este foi um dos contos dos quais mais não gostei. A começar pelo fato de que a autora não nomeia os personagens. Todos são chamados pela inicial dos seus nomes, fazendo com que fosse impossível de me conectar com algum.

Afora isso, achei a história tão nada a ver, tão rasa e sem sentido. Apenas acompanhamos um grupo de amigas que costumam ir a uma boate dançar. Lá, uma delas se apaixona por um carinha, mas decide deixá-lo partir e, para piorar, acaba perdendo a virgindade com outro. A única moral que vejo aqui é relembrarmos como fazíamos burradas quando éramos jovens. Portanto, tentem aprender com os erros da protagonista.

Em noventa minutos, vá em direção a North, conhecemos Marigold, uma jovem que foi seguir o seu sonho profissional, mas que para isso teve que deixar seu namorado para trás. North, o preterido, tentou recomeçar, mudando de ares e de emprego. Lá pelas tantas, Marigold decide ir atrás de North, pois tem certeza de que precisa salvá-lo da vidinha medíocre que ele leva, tendo em vista de que ele poderia ter um grande futuro pela frente. Mas quem diria que seria ele que mudaria as perspectivas dela?

Pequenas coisas me conquistaram nesse enredo, a começar pela paisagem estonteante do cenário. Também adorei a personalidade de North, forte e divertida, mas Marigold me irritou. Apesar de não ser um conto espetacular, ele belamente nos fala sobre o direito de seguirmos em frente e de recomeçar.

Lembranças, de Tim Federle, arrebatou meu coração. A começar pela sua escrita irônica e ao mesmo tempo delicada, mas principalmente por conta de Matt, que lembrou um amigo querido e a quem eu tive vontade de dar um abraço e secar as lágrimas.

Imaginem começar um namoro com data de validade? Pois foi exatamente isso o que aconteceu entre Matt e Kieth. Em Lembranças acompanhamos o dia do término do casal, que é envolto em muitas emoções. Ambos sabem que não podem mais ficar juntos, mas também não escondem que levarão um ao outro dentro do peito para o resto da vida. Uma pena que nem tudo dure para sempre, mas o que vale é a marca que deixamos na vida das pessoas e o quanto mudamos por causa delas.

Inércia, de Veronica Roth, também me tocou profundamente, pois ela trabalha com um assunto muito difícil que é a morte. Matt sofreu um acidente de trânsito e está prestes a passar por uma cirurgia, porém, as estatísticas médicas preveem que ele não vai sobreviver. Sendo assim, mesmo desacordado, ele tem direito a uma Última Visita, e Claire é chamada para falar com ele. Fazia meses que eles não trocavam uma só palavra e já não eram mais melhores amigos, mas nesse encontro, promovido por uma tecnologia de ponta, finalmente poderão resolver as suas diferenças para que Matt descanse em paz.

Em primeiro lugar fiquei impressionada com a máquina desenvolvida pela autora. Por meio de medicação, os viajantes são postos para dormir e são transportados para um ambiente onírico, em que as memórias se misturam à realidade, e onde é possível conversarmos com quem está em coma.

Por mais emocionada que eu tenha ficado com essa história, o que mais gostei nela foi o tom de esperança trazido ao texto, pois independente do que está por vir, sempre podemos fazer o nosso melhor hoje.

Amor é o último recurso, de Jon Skovron me fez eu me teletransportar para uma peça de Shakespeare. Escrito em um tom mais pomposo que me lembrou um romance de época, fala sobre Lena e Arlo, dois funcionários de um resort que não acreditam no amor. Entretanto, eles armam um plano para juntar alguns hóspedes que se amam faz anos, mas que nunca tiveram a coragem de se declarar uns para os outros. Arlo e Lena não suportam mais vê-los suspirando pelos cantos e decidem bancar o cupido, mas é claro que o tiro sempre sai pela culatra.

Boa sorte e adeus, de Brandy Colbert, conta a história de Rashida, uma menina que perdeu a mãe muito cedo e que foi criada pela prima, que se tornou a sua melhor amiga. Agora Audrey está se mudando de cidade com a namorada, Gillian, e Rashida não consegue lidar com a situação. Na festa de despedida ela é obrigada a levar para casa da prima uma Gillian muito bêbada. Para isso ela conta com a ajuda de Pierre, irmão de Gillian, que a trata com certa hostilidade. Em meio a conversas meio tortas, Rashida irá descobrir que ela não é a única pessoa com problemas e que às vezes para o novo entrar, o velho tem que dar lugar.

Como tenho certa dificuldade em lidar com dramalhão adolescente, este conto me incomodou um pouco, pois por mais que eu entendesse a tristeza de Rashida, achei as suas reações muito exageradas.

Em Nova atração, de Cassandra Clare, conhecemos Lulu, uma garota criada em um parque de diversões itinerante. Mas não é qualquer parque, é o Parque de Terror Itinerante Cheio de Mistérios, Magia e Aquilo que É Melhor Não ver, alimentado pelo demônio Mephit, responsável por imbuir um ar perigoso nas atrações. Lulu ama o seu parque, e desejava quando crescesse ir para a Universidade cursar Administração, para assumir o papel do seu pai quando ele se aposentasse. Entretanto, da noite para o dia, o seu pai sumiu, deixando um bilhete dizendo que havia precisado fugir por conta de diversas dívidas. Sozinha e perdida, Lulu viu o parque ruir por entre seus dedos e, do nada, seu tio apareceu para ajudá-la. Mas ela logo percebeu que as intenções do tio não eram das melhores. Junto com a ajuda de Lucas, enteado do seu tio, Lulu precisará enfrentar as trevas para ter de volta tudo o que ela mais ama.

Por mais que eu tenha achado legal conhecer um parque de diversões assustador de verdade, cheio de seres míticos, não consegui gostar dessa história. Dois fatores não ajudaram, não sou fã de fantasia, e não curto esse tipo de atração. Uma pena, pois esta foi a minha primeira experiência com um texto de Cassandra Clare.

Em Mil maneiras de tudo isso dar errado, de Jennifer E. Smith, conhecemos Annie, uma garota que há tempos sofre de paixonite aguda por Griffin. Até então, ela nunca teve coragem de chamá-lo para sair, pois Griffin nunca deu muita bola a ela, nunca a olhou nos olhos e sempre vinha com uns papos muito cabeça. Mas no dia em que Annie o encontrou no supermercado, ela viu ali a chance de chamá-lo para um encontro que, quem diria, começaria de maneira desastrosa, com ambos tendo que aguardar a mãe do menino autista de quem Annie cuidava no acampamento de férias onde ela trabalhava.

Sempre me interessei pelo autismo, principalmente depois que li O que me faz pular, também publicado pela Editora Intrínseca. Portanto, este conto teve um apelo especial para mim. Achei tocante a preocupação que Annie tinha para com o bem-estar de Noah, e foi lindo de ver o desabrochar do relacionamento dele com Griffin, que tem uma razão de ser. Para mim, este foi um dos contos mais meigos do exemplar e o final nos mostrou que para o amor não existe o preconceito. Uma história realmente inspiradora.

E fechando com chave de ouro, temos O mapa das pequenas coisas perfeitas, de Lev Grossman. Começando de maneira clichê, fazendo inclusive alusão a um dos meus filmes favoritos, Feitiço do Tempo, nesta história conhecemos Mark, um adolescente que está preso em um loop temporal em que todos os dias é 4 de agosto. Já faz semanas que ele acorda e realiza sempre as mesmas ações, come cereal matinal, joga videogame, vai para a biblioteca ler um livro e, às vezes, dá um pulo na piscina. De início pareceu algo maneiro de se fazer, até se tornar chato por não ter com quem dividir esta situação pirada. Até o dia em que ele encontra Margaret na piscina. Ela não deveria estar lá, e pelo visto ela também enfrentava a mesma situação que Mark. Sem saber o causador da dobra temporal, muito menos como terminá-la, os dois mais novos amigos começaram a ocupar o seu tempo de um jeito diferente, procurando momentos perfeitos para assistir e registrar, situações essas que, muitas vezes, ficam perdidas na correria do dia a dia e não são valorizadas devidamente. Em meio a inúmeras reflexões, ambos descobrirão que, algumas vezes, o tempo é capaz de parar para que possamos dar um respiro e aprender a dar adeus.

Não tenho palavras para falar deste conto, que me deu um soco no estômago. Foi golpe baixo ele mencionar um filme que tanto amo, mais ainda inserir em seu enredo esta busca por momentos perfeitos, que foi incrível demais. Adorei os questionamentos levantados pelos personagens acerca do que acontece no resto do mundo todo santo dia, a cada minuto, enquanto levamos a nossa vida. Fatos esses que parecem não nos atingir, ou para os quais não damos importância. Afora isso, eles também refletem sobre o que é possível fazer quando se tem tempo de sobra e quando as nossas ações não geram consequências. Certamente uma trama para nos fazer pensar e que irá conquistar a todos vocês.

Bom, com tantas histórias extraordinárias assim, vocês têm muito mais de doze motivos para ler este livro! Corram lá antes que o verão acabe!

site: http://www.recantodami.com
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Gêmeas Sperandi 06/02/2017

Eu amo o verão. Sério, para mim não tem melhor época - as pessoas ficam mais felizes, dá vontade de ficar até tarde na rua, conversando e conhecendo gente nova, sem falar nas viagens, bronzeados, e todo o resto que o verão traz.

A proposta do livro de contos da Stephanie Perkins é justamente relembrar as melhores memórias de verão, em 12 histórias, escritas por 12 autores. A maioria, para mim, era desconhecida, e foi ótimo poder conhecer escritores novos.

Meu conto preferido, de longe, foi o da Leigh Bardugo, e se chama Cabeça, escamas, língua, cauda. Conta a história de uma menina que vê a cauda de uma sereia e fica, em vários verões, tentando ver novamente. É linda, tem romance, me lembra do verão e a personagem é super fofa. Já quero ler mais livros da autora.

Outro conto muito legal foi o da Veronica Roth, Inércia. É uma distopia, onde pessoas à beira da morte podem chamar amigos/amores para reviver com eles suas memórias. É muito lindo, a conexão/amizade/amor dos dois personagens é tão perfeita, você fica o tempo todo se lembrando do verão, dos amores de verão, e tudo de bom que essa época pode trazer.
O da Cassandra Clare foi o que mais me decepcionou, amo a autora, mas ela fez um conto muito previsível. É sobre um circo/parque de terror, mas que no final não surpreende tanto assim.

De resto, os outros contos são fofos e super legais, mas em vários não me senti no verão. É como se só tivessem colocado uma frase sobre essa época, e pronto, o que acabou deixando minha leitura um pouco triste, pois acho que os autores poderiam ter explorado muito mais o tema.

O fato de a Stephanie Perkins ter colocado tantos contos também deixou a leitura cansativa. No final, não conseguia mais ler, foi difícil terminar. Acho que se fossem oito contos, em vez de doze, estaria de bom tamanho.

Eu amei que muitos autores exploraram relacionamentos gays. Acho muito importante nos dias de hoje falarmos sobre isso, é aceitação, empoderamento; e para acabarmos de vez com pensamentos ruins, com preconceito, as pessoas precisam cada vez mais ler sobre isso.

No geral, é um livro legal para ler na praia, piscina, ou até mesmo em casa - que foi o meu caso.


site: http://www.gemeasescritoras.com/2017/02/resenha-aconteceu-naquele-verao.html
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Thati 09/02/2017

Uma mistura ousada de histórias!
Oi gente! A minha segunda resenha do ano é de um livro que me despertou muuuuuita expectativa desde o seu lançamento. Depois de ler todos os livros da Stephanie Perkins (e ter amado todos eles), e também a antologia "O presente do meu grande amor" (resenha aqui), fiquei ansiosíssima para conferir o resultado de "Aconteceu naquele verão" que, assim como a primeira antologia organizada pela autora, traz doze histórias, escritas por doze autores diferentes, incluindo ela. O que todas essas histórias têm em comum? Bom, elas se passam no verão. Assim como fiz da última vez, resenharei todos os contos individualmente, para que vocês possam conhecer um pouquinho de cada um deles e saber o que achei de cada história e da escrita de cada autor (e por conta disso, essa resenha provavelmente ficará enorme, mas garanto que valerá a pena).

"Cabeça, escamas, língua, cauda" - Leigh Badurgo
Nunca tinha lido nada da autora e, por esse motivo, me joguei na história sem grandes expectativas. Não foi uma leitura ruim, mas também não chegou a ser uma leitura exatamente boa. O conto é separado em quatro partes: cabeça, escamas, língua e cauda, exatamente como o título. Honestamente, achei essa divisão confusa e sem propósito. A escrita da autora, por si só, me pareceu confusa desde o princípio.

O primeiro conto narra, em terceira pessoa, a história da jovem Gracie na pequena cidade chamada Little Spindle. Certo dia, Gracie está à beira do lago que é o seu refúgio, quando vê uma criatura estranha e misteriosa na água. Ela tenta se convencer de que talvez tenha sido coisa da imaginação dela, mas sente que precisa falar com alguém a respeito e escolhe a velha Annalee Saperstein, já que há uma história igualmente estranha envolvendo-a. O que todos sabem é que ela foi a única a acreditar e ajudar sua vizinha, que dizia ter sido engravidada pelo deus do rio. Quando a filha dessa vizinha ficou famosa e rica, deu uma considerável quantia a Annalee, que a permitiu se mudar para a cidade e abrir seu próprio negócio.

Annalee não dá respostas imediatas a Gracie, mas sugere que ela busque informação com Eli, um rapaz esquisito que passa todo verão na cidade, mas ao final da estação vai embora. Eli parece acreditar em Gracie e os dois embarcam numa aventura divertida, tornando-se amigos em seguida. Eli, contudo, não possui celular, computador, nada que o permita manter contato com Gracie e, por esse motivo, eles se encontram apenas no verão. Depois de alguns verões, Gracie percebe que, talvez, seus sentimentos pelo amigo estejam mudando. Ela fica confusa e incerta, a princípio, e tenta fugir dele na tentativa de fugir do sentimento em si, mas Eli vai atrás dela e, felizmente, parece sentir o mesmo.

Gracie, contudo, passa a desejar mais do que apenas verões. Começa a fazer planos para estar mais próximo de Eli pelo resto do ano, mas se decepciona ao perceber que ele talvez não esteja fazendo o mesmo. E é aí que a reviravolta mais inesperada da história acontece e por um momento você fica pensando "eita, o que está acontecendo?" e aí de repente acaba. Como eu disse, não foi de todo ruim, mas poderia ter sido melhor. Gostaria de a escrita da autora fosse mais fluida e que as cenas de grande importância fossem menos confusas, para não ter precisado lê-las duas ou três vezes. Infelizmente, não me interessei em buscar outras obras da autora.


O fim do amor, Nina Lacour
Depois de ter me decepcionado um pouco com o primeiro conto da antologia, parto paro o segundo sem muitas expectativas mas sou completamente surpreendida e de forma positiva. Não conhecia a Nina Lacour, mas fiquei tão completamente apaixonada pela escrita dela e pela sua forma de transformar coisas simples em algo maravilhoso que deixo aqui o meu apelo à editora Intrínseca, para que publiquem "Everything Leads to you", romance da autora que fui correndo procurar (e fiquei muito triste quando vi que só tinha em inglês; ela também tem outros títulos, mas esse chamou minha atenção por ter uma capa lindíssima). Ela também escreveu um livro com o David Levithan, mas depois de "Invisível", fico receosa com as parcerias com o autor, rs. Mas, vamos ao conto.

Em "O fim do amor" conhecemos Flora, uma jovem que está sofrendo por causa da separação dos pais. Determinada a passar mais tempo fora de casa e procurar uma sensação de segurança, ela resolve cursar geometria nas férias, uma matéria que ela já estudou e que domina muito bem. No primeiro dia de aula, contudo, Flora é surpreendida ao encontrar o trio de "desajustados" do colégio, o que inclui Mimi, sua primeira paixão (visivelmente não superada). Ela não se senta com eles porque sente que perdeu a oportunidade de fazê-lo, mas eles vão estreitando a relação conforme os dias vão passando. Um possível interesse em amizade por parte da Flora só fica confirmado quando ela aceita acampar com eles, depois de todos os seus planos iniciais com a mãe terem dado errado.

"Porque, mesmo naquela época, certas verdades a meu respeito começavam a vir à tona, das profundezas do meu coração. E agora, parada no corredor do lado de fora de uma aula que não preciso assistir, essas verdades irrompem de novo. Porque foi Mimi Park quem as liberou da primeira vez."

No acampamento, todos se aproximam e conversam e são um grupo de amigos realmente interessante. Flora não parece atrapalhar a dinâmica deles, mas sua dinâmica com Mimi muda (para melhor). Mimi resolve compartilhar um lugar especial com Flora, que acaba desabafando sobre o que a realmente a deixa triste em relação à separação dos pais. E aí Mimi confessa que gostava dela quando ela estava feliz, mas que também gosta dela quando ela está triste. E ali fica bem óbvio que as duas vão ser muito mais do que amigas.

A escrita da Nina é muito gostosa e flui sem que você sinta o virar das folhas. Quando cheguei à última página, lamentei e desejei que essa história fosse um livro inteiro. Desejei ler outras coisas da autora e espero poder fazê-lo num futuro breve. Quando falamos de literatura lgbtt YA, pensamos em vários autores e livros, mas a maioria traz protagonistas garotos e é ótimo que a Nina tenha desenvolvido uma história tão delicada e bonita entre duas garotas incríveis. Intrínseca, pense com carinho em publicar a Nina no Brasil, combinado?

O último suspiro do Cinemorte, Libba Bray
Nunca tinha lido nada da autora e depois do conto maravilhoso da Nina, me joguei nele com tudo. Não foi uma experiência INCRÍVEL, como eu queria que fosse, mas poderia ter sido pior. Nessa história, narrada por Kevin, somos introduzidos no último dia de funcionamento do cinemorte, um cine que só exibe filmes de terror vintage. Dani e Dave são amigos do Kevin e também trabalham por lá. Dave é o melhor amigo (gay) de quem eu deveria gostar, mas por quem acabei não desenvolvendo nenhuma simpatia. Dani é a garota do coração de Kevin, ele só ainda não tomou coragem de chamá-la para sair.

No último dia de funcionamento, o Cinemorte exibirá um filme amaldiçoado. Todos os cinemas que já o exibiram acabaram pegando fogo de forma misteriosa. Os jovens, a princípio, não levam isso muito a sério, mas a coisa muda de figura quando a realidade é transportada para dentro das telonas (ou seria o contrário?). O dono misterioso do Cinemorte tem mais ligação com isso do que podíamos prever. É no meio de um cenário apocalíptico cheio de zumbis que Kevin finalmente toma coragem de convidar Dani para sair. Mas para que isso aconteça, eles precisam sobreviver.

A narrativa da autora deixa a desejar em diversos pontos. Os diálogos, por exemplo, são confusos. É difícil saber quem exatamente está falando. Por diversas vezes precisei voltar e contar mentalmente quem estava falando. Apesar da reviravolta ter sido inesperada por mim, ela não me empolgou nem um pouquinho. Eu ficava lendo e pensando "Oi? Que que essa mulher tá fazendo?" Que que a Stephanie Perkins tinha na cabeça?" Mas o final deu uma melhoradinha e conseguiu salvar o conto, de uma forma geral. No entanto, estou temerosa quanto às leituras seguintes. Até o momento, tenho sentido os contos muito diferentes entre si. Estou sentindo falta da linearidade de "O presente do meu grande amor".

Prazer doentio, Francesca Lia Block
No quarto conto da antologia, conhecemos I e suas três inseparáveis amigas: M, J e L. Nessa história, os personagens (a maioria, pelo menos) são conhecidos apenas por letras e, ao contrário do que imaginei a princípio, isso não foi um problema. A autora soube estruturar tão bem cada personalidade, que em momento nenhum isso se tornou confuso.

Em "Prazer doentio", I e suas amigas estão terminando o ensino médio e muito em breve seguirão para a faculdade. Elas fazem planos de paanmassar o verão juntas, já que será o último antes de tudo mudar. Certa noite, elas vão até a Phases, com camisetas com os dizeres "Prazer saudável", em resposta a um grupo do sexo oposto que usa camisetas que dizem "Prazer doentio". Conhecemos o grupo através dos apelidos que as meninas dão a eles: Caça-Rato, Ken, Italiano, Cavalo e Moicano. Nessa noite, moicano se aproxima de I e a convida para dançar. Ela aceita e os dois dançam, se divertem e conversam ao longo da noite. Ele se apresenta como A e, posteriormente, a convida para uma festa em sua casa.

I e A são ótimos juntos e parecem se gostar de verdade. O romance tem tudo para dar certo entre os dois, mas acaba se perdendo por eventualidades da idade (que poderiam muito bem ter sido evitadas, mas fazer o que né?). I acaba se envolvendo com outro cara, um tal de bronzeadão, e acaba vivendo com ele, experiências que ela queria ter vivido com A. Ela tem um vislumbre de como será a vida dela, de A e de suas amigas no futuro e o conto termina sem sabermos se ela está certa ou não sobre o que vai acontecer.

No geral, adorei o conto. Acho que ele cumpre com o seu propósito e conta uma história YA direitinho. Os personagens são ótimos e a escrita flui que é uma beleza. Para mim, houve apenas um ponto negativo na história: o uso de drogas. Pessoalmente acho que cada um faz da sua vida o que quiser, mas esse livro é voltado para o público JOVEM, que ainda está em formação, e pode acabar influenciando-o negativamente. Se eu estivesse organizando a antologia, provavelmente vetaria o uso de drogas no enredo.

Em noventa minutos, vá em direção a North, Stephanie Perkins
Nesse conto, Stephanie Perkins nos traz de volta os adoráveis North e Marigold, protagonistas do conto dela em "O presente do meu grande amor". O casal acabou se separando quando ele se viu obrigado a assumir a fazenda da família e Marigold partiu rumo a Atlanta, para tentar trabalhar com animações, sua grande paixão. Mesmo após o término, os dois mantiveram contato e tentaram ser amigos, até que North simplesmente parou de responder as mensagens e atender as ligações. Marigold, contudo, não se esquece do empenho que North depositou na mudança de sua mãe e de tudo o que ele fez por ela, e resolve voltar à cidade para salvá-lo. Ela, no entanto, é pega de surpresa ao descobrir que North não está mais na fazenda da família, e sim trabalhando como voluntário em um parque estadual. Com algumas conversas e muito sentimento em jogo, Marigold precisará pensar no real motivo que a levou até ali e aí, talvez, os tenham um destino juntos.

É impressionante como a Stephanie consegue pegar uma premissa simples, talvez até previsível, e transformar em algo único. Eu amo a escrita da autora e admiro essa sua capacidade. Trazer North e Marigold de volta também foi uma ideia sensacional, pois quem leu sua primeira antologia já os conhece e está familiarizado com eles, mas quem não os conhece, não fica perdido ao longo da narrativa. O conto é lindíssimo e eu super-recomendo.

Lembranças, Tim Ferdele
No sexto conto da antologia, somos introduzidos em um universo de amor de verão, que tem dia e hora para acabar. Kieth e Matty estão trabalhando na Sonholândia durante a estação, mas sabem que precisarão se separar assim que o emprego acabar. Kieth vai para a faculdade, enquanto Matty terminará o ensino médio. A história acontece toda durante o último dia dos dois juntos e através da narrativa de Matty, é possível conhecer um pouco mais do casal e até criar certa expectativa e torcer por ele (mesmo já sabendo do desfecho inevitável).

A narrativa de Tim é fluida e muito agradável... Kieth e Matty são muito diferentes e isso fica bem claro com a forma de agir de cada um. Mesmo sabendo que não me depararia com um "felizes para sempre" ao final, fiquei ansiosa para devorar cada palavra e esse, com certeza, entrou para a lista dos melhores contos do livro. Quando o conto acabou, deixou gostinho de quero mais, exatamente como o verão deixa para algumas pessoas (não é o meu caso, mas enfim).

Inércia, Veronica Roth
Em "Inércia", da mesma autora da trilogia "Divergente", somos introduzidos em uma realidade futurística onde aos dezoito anos, os jovens podem escolher participar do programa Última Visita, que consiste basicamente em escolher pessoas com quem compartilhar pensamentos e memórias antes de morrer. O conto é narrado por Claire e seu ex-melhor amigo, Matt, sofreu um acidente e passará por uma nova cirurgia da qual provavelmente não sairá vivo. Em seu testamento do programa Última Visita, Matt pede para compartilhar suas memórias com sua mãe e também com Claire, que vai vê-lo com certa relutância, afinal, os dois romperam com a amizade há algum tempo. É exatamente através dessas memórias compartilhadas que descobriremos o que aconteceu entre os dois - tanto as coisas boas, quanto as coisas ruins. Será tarde demais para dizer 'eu te amo'?

Particularmente, gostei muito do conto. A narrativa perde um pouco o ritmo em algumas lembranças (mas especificamente na troca delas), mas flui de um jeito gostoso. Veronica sabe como introduzir seus leitores em uma realidade fictícia tornando-a crível o bastante. Os personagens são cativantes e... É melhor eu ficar quieta, não quero dar spoilers. Em resumo: a leitura vale muitíssimo a pena.

O amor é o último recurso, Jon Skovron
Na história de Jon Skovron, nos deparamos, a princípio, com um narrador-onisciente que nos contará uma história que NÃO É DE AMOR, segundo ele. A protagonista, Lena, deve ir até a estação de trem buscar Arlo, novo funcionário do resort onde ela trabalha. Trata-se do primeiro dia de trabalho do jovem e os dois demonstram uma conexão imediata: acreditam que se apaixonar é uma falta de bom senso. Contudo, com a ajuda de Zeke, também funcionário do hotel, os dois montarão um plano para unir Isabella (filha do dono do resort) a Franklyn (filho de uma renomada professora), ao mesmo tempo em que tentarão unir Vito (hóspede do hotel) a Brice (gerente do mesmo). Nesse plano maluco, eles só não contavam que Zeke havia imaginado um desfecho completamente diferente.

A história é muitíssimo interessante e a narrativa do autor, apesar de um pouco "demodê", é agradável e gostosa. Em alguns momentos, quase achei estar lendo uma das obras de Sheakespeare, já que Jon mantém aspectos demasiado poéticos e teatrais, assim como rimas. Achei que a história aconteceu rápido demais... Basicamente de um dia para o outro. O final feliz acabou chegando muito rápido e me fez questioná-lo, mas ainda assim destaco a leitura de "O amor é o último recurso" como uma leitura agradável e recomendada.

"Porque, se formos todos tolos, talvez haja alguma sabedoria nisso que chamamos de amor."

Boa sorte e adeus, Brandy Colbert
Nesse conto conheceremos Rashida, uma jovem de 17 anos que perdeu sua mãe para a depressão. Desde então, Audrey, sua prima, assumiu esse posto e passou a cuidar da jovem. Ela, no entanto, está apaixonada por Gillian e mudará de cidade do lado da amada. Rashida é inundada por um novo sentimento de perda e acabará percebendo, com a ajuda de Pierre, que talvez não seja tão ruim assim dizer adeus (ou até breve)

Nunca tinha lido nada do autor, mas gostei muito da sua narrativa. É uma história cotidiana e até um pouco previsível, mas me encantou pela sua simplicidade e por ter personagens cheios de representatividade. Além do casal de lésbicas, nosso protagonista é negro, que, para mim, estava faltando até então.

Nova atração, Cassandra Clare
No décimo conto da antologia, Cassandra nos apresenta Lulu, uma jovem que cresceu junto ao parque de terror itinerante de seu pai. Contudo, o pai de Lulu desapareceu alegando estar afundado em dívidas e deixou a filha para trás. Walter, seu tio, irmão de seu pai, aparece para tentar colocar as coisas em ordem, junto com seu enteada Lucas. Walter chega mudando tudo, inclusive o demônio que alimenta a energia do parque. Lucas e Lulu acabam se aproximando e descobrem que essa história está muito mal contada e, juntos, descobrirão o que há por trás dela e recuperarão não só ao parque, como seus entes queridos.

Apesar de ter todos os livros da série Shadowhunters, ainda não tive a oportunidade de ler nenhum deles. "Nova atração" foi meu primeiro contato com a escrita da autora e confesso que a experiência foi positiva. Cassandra conseguiu contar uma típico romance adolescente durante o verão sem cair nas mesmices e ainda adicionando uma boa dose sombria à história. Apesar dos fatos serem um pouco corridos, a autora sabe muito bem conduzir o leitor até o fim da história, deixando-o ansioso por descobrir e solucionar todo o mistério.

Mil maneiras de tudo isso dar errado, Jennifer E. Smith
No penúltimo conto do livro, conhecemos Annie, uma jovem de 17 anos que, nas férias, trabalha em um acampamento de verão. Ela acredita que dessa vez. será promovida, mas acaba recebendo uma missão: tentar incluir Noah e fazê-lo se divertir durante as férias. Noah é autista e tem dificuldade de se relacionar com outras pessoas. Annie tenta se aproximar dele, incluí-lo nas atividades, mas não tem muitos resultados. Certo dia, ela finalmente toma coragem e chama Griffin, da aula de espanhol, para sair. No dia marcado, contudo, a mãe de Noah não aparece para buscá-lo e Annie precisa ficar com o jovem até que um responsável apareça. Sua saída com Griffin não é totalmente frustrada, já que ele se oferece para fazer companhia aos dois. O jovem, contudo, se conecta muito rápida e facilmente com Noah, o que deixa Annie impressionada. E eu poderia dizer mais a respeito do conto, mas prefiro não estragar a surpresa de vocês. Apenas leiam!

Eu amei demais esse conto... A escrita da autora é fluida e agradável, a história se desenrola no tempo certo, os personagens são reais e inclusivos. Há tanta sensibilidade em cada estrofe, que é impossível não se apaixonar. A história de Annie e Griffin (e até de Noah) com certeza daria um belíssimo romance.

O mapa das pequenas coisas perfeitas, Lev Grossman
O último conto da antologia conta a história de Mark e Margaret, dois jovens presos no dia 4 de agosto. O dia se repete dia após dia e todos fazem mais do mesmo, sem saber que estão presos nele. Exceto nossos protagonistas. Eles têm consciência disso e, juntos, farão um mapa das pequenas coisas perfeitas, na tentativa de tornar a repetição dos dias mais fácil.

O conto tem uma premissa incrível, mas achei a narrativa do autor um pouco entediante. Ele se prende a coisas desnecessárias e os personagens não são muito carismáticos. Sabe aquela ansiedade para saber o que vai acontecer a seguir e qual será o desfecho da trama? Não senti nada disso ao longo da leitura desse conto. Achei que a antologia devia ser fechada com chave de ouro, mas lamentavelmente isso não aconteceu.

Visão geral da obra
Gostei muito de "Aconteceu naquela verão" e recomendo a leitura para todos que querem conhecer diferentes autores e diferentes narrativas. Alguns contos me agradaram mais do que outros, o que é absolutamente normal quando pensamos em uma antologia tão diversa, onde cada autor terá a oportunidade de imprimir um pouco do seu trabalho. Talvez, você aí do outro lado goste de contos que eu não gostei e é exatamente aí que mora a beleza das histórias. Não existe bom ou ruim. Apenas aquilo que nos agrada ou não. E isso não significa que não possa agradar outros leitores, não é mesmo? Eu amo as antologias da Stephanie e espero que ela lance uma nova a cada ano. Seguramente lerei todas.

site: http://www.nemteconto.org/single-post/2017/02/09/RESENHA-ACONTECEU-NAQUELE-VER%C3%83O-ORGANIZA%C3%87%C3%83O-DE-STEPHANIE-PERKINS
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Bruna2751 28/10/2024

Aconteceu naquele verão
"Estava com saudade de ler contos, e esses doze textos curtos tornaram as últimas duas semanas muito mais leves e agradáveis. A coletânea é bastante variada, com cada autor trazendo sua própria voz e estilo, o que deixa a leitura dinâmica e cheia de surpresas.

É natural que alguns contos se destaquem mais do que outros, especialmente por serem de autores diferentes, mas essa diversidade enriquece a experiência. O mais interessante é a mistura de temas: vamos de histórias românticas a contos de terror, passando por aqueles que exploram a amizade e os desafios dos amores não correspondidos. É um livro ideal para quem gosta de pequenas doses de emoção, com algo para cada gosto!"
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quequeleuphrasio 19/02/2017

São contos, então é difícil avaliar assim o livro como um todo. Os primeiros não me prenderam e achei q não fosse gostar de nenhum, mas aí começou a melhorar. Li algumas passagens bem interessantes e até tenho um conto preferido: "amor é o último recurso" e por isso posso dizer que achei melhor que o de inverno. Mas no geral a minha avaliação é a mesma para os dois.
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