JCassemiroBatist 30/07/2019
O disfarce quixotesco e, até, escarnecido, que Chesterton escancara em boa parte das páginas não desvanece o primor narrativo e sua busca, em certa medida, pelos fundamentos primeiros de uma espécie de metafísica política. E se, por um lado, há mérito, e até certo abuso, nesse tom burlesco, por outro lado, é nas contradições e extravagâncias deste homem coletivo, que avança na sua busca inalcançável pela harmonia entre a virtude e o poder, explorado com uma repulsa caricata e rigorosa pelo autor, que podemos alcançar a apoteose deste Napoleão, não otimista, mas à guisa de Cândido, absurdo e verossímil.