Os Pastores da Noite

Os Pastores da Noite Jorge Amado




Resenhas - Os Pastores da Noite


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Rodrigo 01/04/2020

Sincretismo e Luta Social
Quão atual é a escrita de Jorge Amado. O sincretismo religioso, a luta social, o racismo e tantos outros temas que são recorrentes ainda hoje já são debatidos por ele desde os anos 60.
Quanta intertextualidade! Shakespeare, Dante, a Bíblia e tantos outros autores e obras de destaque mundial.
Necessito aprofundar-me mais nesse autor tão profícuo.
Thalya Morais 17/12/2022minha estante
Me cativou! Irei ler
Me cativou! Irei ler.




Mario Miranda 14/03/2020

Os Pastores da Noite não é uma obra revolucionária dentro da larga produção literária de Jorge Amado; ao contrário, é uma obra em que toda a sua escrita já estava previamente desenvolvida em livros anteriores.

E é isto um defeito? Amado, com o aprofundamento de sua capacidade literária, retoma temas anteriormente desenvolvidos, para dar uma qualidade superior ao que ele já havia feito.

Toda a primeira narrativa, e a alegria de suas festas e a relevância dos laços de amizade em uma sociedade tão precária de outras características já fora desenvolvido em ?A morte e a morte de Quincas Berro D?Água?; a miséria habitacional dos menos favorecidos fora tema em ?Suor?, uma de suas primeiras obras.

Os Pastores da Noite é um livro em três atos com uma conexão temporalmente pouco clara, que trata de temas como amizade, pobreza, sincretismo religioso, habitação e política. O livro narra a saga de um grupo economicamente coeso - pobres - e o cotidiano de suas vidas, sua batalha diária pela alegria, pelo sustento, por sua liberdade religiosa.

Após colocar em cena a alta sociedade baiana em livros como Gabriela, Cravo e Canela, Terras do Sem-Fim ou São Jorge de Ilhéus, Jorge Amado retoma os personagens de sua gênese literária: os menos favorecidos. Jorge Amado é um autor que sempre busca no passado a melhora de sua escrita, e o faz muito bem.
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Rafaela Mendes 01/04/2019

Os Pastores da Noite: conhecendo a Bahia de todos os santos.
"Os Pastores da Noite" foi publicado pela primeira vez em 1964 [ano tenso] e conta a história de pessoas simples e cheias de peculiaridades. Se passa na Bahia de Todos os Santos e conta com três narrativas diferentes onde os mesmos personagens possuem relações de amor, amizade e rivalidade.
Os terreiros do candomblé e as rodas de capoeira são parte dos cenários dos acontecimentos que trazem um importante debate sobre fé, alegria e angústias de vida. São criaturas da noite baiana, daí o título. Encontramos mulheres e homens fortes em meio a um tecido social de dificuldades, bem característicos das narrativas de Amado.

Possui algumas expressões muito específicas do vocabulário baiano que podem parecer estranho, mas o Google tá aí pra isso kkkkk Enfim, é uma boa leitura que exige paciência e esperteza pra ligar fatos e acontecimentos, mas bastante enriquecedora.
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Tasso 19/02/2019

Baianidade
O livros é composto por 3 partes, uma delas é das minha preferidas do Jorge Amado.
Como baiano me sinto completamente representado no conto do "compadre de Ogum", é Genial.
O resto do livro tem uma parte que dialoga com a realidade política da época, não é tão divertido e tem um tom mais sério. Essa parte pode não agradar tanto a alguns, eu particularmente gosto muito de ver a relação de Jorge com o mundo espelhada dentro do seu livro.
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João Ks 13/01/2019

Os Pastores da Noite - Jorge Amado.
Para se encantar com a Bahia e sua gente sequer é preciso lá ter nascido ou para lá viajado. Basta tomar posse das narrativas de Jorge Amado, inteirando-se da natureza e da matéria humana que colorem o universo baiano.

E "Os Pastores da Noite" cumpre bem esta missão, permitindo ao leitor desfrutar das idiossincrasias que caracterizam o povo baiano segundo a visão do autor, sem prejuízo dos elementos universais presentes na trama.

"Os Pastores da Noite" é uma bela figura de linguagem (se bem romantizada, é verdade) que designa o grupo de amigos de hábitos notívagos que preenchem a vida das ruas, ladeiras, becos e bares da cidade baiana. Entre eles estão o Negro Massu, o Cabo Martim, o Pé-de-Vento, o Jesuíno Galo Doido, o Cravo na Lapela e Curió. Todos boêmios inveterados, dados ao carteado, aos amores fáceis e à boa cachaça, porém avessos ao trabalho. Levam a vida plenamente livres, desgarrados das convenções sociais, sobrevivendo à base da amizade, reinventando-se a cada novo dia.

A obra é dividida em três causos, os quais estão interligados pelos mesmo personagens e enredados na mesma atmosfera, mas que podem, em alguma medida, ser lidos separadamente. Trata-se das histórias do Casamento do Cabo Martim, do Compadre de Ogum e da Invasão do Morro do Mata Gato.

A história do Casamento do Cabo Martim conta o escândalo provocado na gente da Bahia ao tomar conhecimento de boatos segundo os quais o Cabo Martim, sumido há dois meses da roda de amigos, teria se enrabichado lá pelas bandas de Maragogipe Pior ainda, teria casado e ficado cego pela mulata Marialva. Fato difícil de engolir, pois Cabo Martim não era dado a se prender a xodós, e era figura indispensável nas rodas de amigos e nos cabarés da cidade, sendo inaceitável sua perda para o sacramento do matrimônio. Alguns personagens, céticos, não acreditam nos rumores e aguardam a volta de Cabo Martim para desmentir a situação. A questão se desenrola cheia de graça, tendo razão ao final a caftina Tibéria, para quem Cabo Martim não se prestava mesmo ao matrimônio.

Em "O Compadre de Ogum", o orixá Ogum se manifesta por meio da mãe-de-santa Doninha, oferecendo-se como padrinho de batizado do filho do Negro Massu. O batizado ocorre na Igreja do Rosário dos Negros, onde elementos do catolicismo e do candomblé são divertidamente colocados em cena para o espanto do padre Gomes. A história é também uma aula sobre a religiosidade do candomblé, com seus orixás e rituais sagrados.

Por fim, encerra a obra a história da "Invasão do Morro do Mata Gato", quando Pé-de-Vento levanta o primeiro barraco nos terrenos baldios do Mato Gato, iniciando assim todo um movimento de ocupação daquelas terras. Daí decorre uma convulsão social em torno das terras ocupadas, gerando a mobilização favorável ou contrária das autoridades políticas, que se desdobram para solucionar o impasse. Nessa altura, a sordidez do mundo político é escancarada por Jorge Amado, que, num tom burlesco, narra os objetivos escusos que movem as autoridades no enfrentamento daquela sensível questão social (a ocupação das terras pela gente miserável da Bahia).

Boas leituras!
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Nena 13/02/2016

A Bahia e sua vadiagem, prostitutas, malandros, perseguição policial, racismo, golpes, jogos de azar, romances, religiões afro, enfim, tudo q a Bahia tem na narrativa do maravilhoso Jorge Amado.
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Matheus656 12/01/2016

Como sempre, Amado.
Jorge Amado não escreve simplesmente, ele dança com as palavras de tal forma que cada livro seu gera um festival! São amores, religião e política. Esses são os três assuntos tratados ao meu ver em cada um dos três capítulos de "Os Pastores da Noite". Em cada capítulo temos enredos diferentes, mas com uma junção de histórias e de personagens. Considero Jorge Amado o maior nome da Literatura Brasileira, e não é pra menos, quem lê seus livros e consegue captar as informações por eles passadas, se apaixona incondicionalmente. Uma obra de arte
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Lista de Livros 23/12/2013

Lista de Livros: Os Pastores da Noite, de Jorge Amado
“Só tem uma coisa que eu quero te dizer: quando a gente discute com a mãe da gente quem tem razão é ela e mais ninguém.”
*
“Não era possível, a um homem só, dormir com todas as mulheres do mundo mas devia-se fazer esforço para consegui-lo, assim ensinavam no cais os velhos marinheiros.”
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“Em negócio de gente grande, pequeno não deve se meter. Senão quem paga os pratos quebrados é a gente...”

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2010/01/os-pastores-da-noite-jorge-amado.html
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Patricio 31/01/2013

Sempre Amado

Um retrato social e bem-humorado do Brasil! Vale a pena ser Amado. Afinal, "não se pode amar sem ser Amado".

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Fabio Shiva 11/05/2011

Que livro!!!

Um mestre da literatura mundial em uma performance soberba!

Jorge Amado conta sua história como quem troca dois dedos de prosa e degusta dois dedos de pinga: apreciando.

Nele brilha aquela simplicidade do gênio, que envolve camadas progressivas de complexidade, quanto mais fundo for o olhar de quem o lê. Lê o simples e se diverte, tanto quanto o sábio erudito. Isso é Jorge Amado!

Pois não sejam os incautos iludidos por essa aparente simplicidade. Perguntem a Picasso, se é fácil pintar assim... ou então perguntem a Jorge se escrever é fácil. Para quem sabe, é fácil sim!

É muuuito malandro, esse Jorge! Como sabe contar bem uma história!

Um livro para rir, viver e amar. Uma história onde o realismo mágico desemboca na mágica real: isso é Bahia!

Salve Jorge!

(07.05.11)

Comunidade Resenhas Literárias

Aproveito para convidar todos a conhecerem a comunidade Resenhas Literárias no Orkut, um espaço agradável para troca de ideias e experiências sobre livros:
.
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=36063717
Matheus656 12/01/2016minha estante
Realmente, Jorge Amado não só escreve, ele brinca com as palavras de forma tal que nos encanta!! Adoro ler seus livros, e cada um traz um tema diferente a refletir e amar ao mesmo tempo. Adorei seu comentário :)




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