@gataleitora 06/08/2017relato sensívelResenha
Quem leu “A Culpa é da Estrelas “ sabe do momento mágico que aconteceu na casa de Anne Frank e mesmo que você não tenha tido a curiosidade em pesquisar sobre esta garota, tenho certeza que você percebeu em que o que ela viveu. Em O Diário de Anne Frank Hq, nós vamos conhecer um pouco dessa realidade.
Anne Frank era uma adolescente normal , cheia de energia e alegria que em seu aniversário de treze anos ,entre outros presentes, ganhou um diário e a partir daí começou a relatar seu dia- a –dia. Sua festa de aniversário, seus sonhos, sentimentos, suas amizades são apresentados numa linguagem simples e repleta de emoções. Até ai nada demais, seria mais uma em um milhão, não fosse o fato que ela era judia e viveu em plena Segunda Guerra Mundial.
“Quero que este diário seja minha melhor amiga, por isso vou chama- lo de Kitty !’’
Pouco tempo depois de começar a escrever em seu diário , ela precisou se esconder com toda a família pois a Holanda, país onde ela morava, fora ocupada pelos alemães. Ao fugir, ela não podia levar muitos pertences apenas os mais essenciais e graças a ela considerar o diário algo essencial hoje podemos conhecer um pouco de sua vida.
“Para mim as lembranças são mais importantes que vestidos.”
Começa ai toda a angústia e sofrimento de duas famílias que tiveram suas vidas alteradas pela perseguição desta guerra. Com traços adultos e bem próximos das fotos das pessoas envolvidas, Mirella Spinelli coloca em imagens fortes e marcantes como era a dinâmica de vida de Anne que tentava seguir com sua vida e seus sonhos mesmo confinada num espaço com mais sete pessoas.
“Quero ter algo mais que um marido e filhos. Desejo alguma coisa a que eu possa me devotar. Sou grata a Deus por ter me dado esta possibilidade de expressar tudo que está dentro de mim. Quero continuar vivendo após a minha morte.”
E ela conseguiu......
Assisti ao filme em preto e branco ainda jovem e foi algo que me marcou muito afinal eu conseguia me identificar com a parte relatada relacionada com as confusões , a falta de entendimentos dos adultos, os conflitos familiares normais desta fase . Desta forma foi muito simples e rápido acabar me colocando no lugar dela e sofrendo muito com tudo que era apresentado. Assim como no filme a HQ da Nemo é muito fiel ao texto original do diário e acredito que deveria ser leitura obrigatória para todos afim de não deixar esquecer as atrocidades vividas por tantas pessoas naquela guerra e também rezar por todas aquelas que ainda hoje experimentam os horrores de uma guerra ou mesmo temem a violência das grandes cidades.
No final , a escritora apresenta o que aconteceu com cada um dos personagens reais da história depois do dia que o diário foi violentamente interrompido .
5/5 estrelas
Beijos,Myl