Chega de saudade

Chega de saudade Ruy Castro




Resenhas - Chega de Saudade


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Gabriel 16/10/2018

Existem escritores capazes de captar toda a atenção do leitor, do início ao fim, independentemente do assunto tratado. Quem acompanha a coluna do Ruy na Folha, sabe bem que ele é esse tipo de escritor. E agora, em meu primeiro contato com sua obra literária de tons históricos e biográficos, pude constatar que ele faz isso com extrema facilidade e leveza.

O empreendimento de narrar fatos direta ou indiretamente ligados à bossa nova, a princípio, não parece ser tarefa muito difícil. No entanto, o arcabouço jornalístico de Ruy apresenta ao leitor, nesta obra, não um simples apanhado de pesquisas, mas um trabalho sério e minucioso. Em suma, um primor.

Voltando o seu olhar para inúmeros períodos da história do Brasil e do globo, Ruy Castro transporta o seu leitor mundo à fora; e traz todo o aconchego durante essa viagem, que passa pela Juazeiro do fim da década de 40, pelo Rio dos anos 50, 60 e 70 e até mesmo por Nova Iorque nos tempos áureos da bossa nova. Os eventos aqui descritos, as personalidades das figuras históricas aqui apresentadas, a história por trás de cada canção, enfim, tudo contribui para o ótimo trabalho desempenhado pelo Ruy nesta obra. Some-se a isso a belíssima estilística do autor, que é simples sem ser vulgar e sofisticado sem ser pedante.

"Chega de saudade" é uma obra-prima que tem como objeto de estudo outra obra-prima. A bossa nova agradece ao Ruy. E o Brasil deveria agradecer a ambos.
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Julia 23/01/2015

"A realidade é que aprendemos com João pra sempre a ser desafinados"
São 455 páginas de pura bossa, música, lirismo, história, mar-flor-amor, política, intrigas, jazz, Frank Sinatra, Norma Bengell, Bôscoli, Nara, Newton, Tom, Vinícius, Lyra, Menescal e muito, muito João!
É a história da bossa nova a de João Gilberto? E tem diferença entre uma coisa e outra?
Título apropriadíssimo: a história e as histórias da Bossa Nova.
Ruy Castro com a sua narrativa impecável, ácida e com um tom de humor na medida certa consegue fisgar a atenção até do leitor anti-Bossa que só se interessa pelos barulhos do Sepultura. O jornalista consegue mostrar que nem só de lirismo, mar-flor-amor e Avenida Atlântica viveu a Bossa Nova, teve muita pauleira e, veja só, até Tijuca e Vila Isabel (foi uma passagem rápida, mas passaram por lá), sem contar Roma, Paris, Japão e a super nova Nova York.
No início, como parece acontecer com todos os novos movimentos artísticos, ninguém queria jogar bola com eles, mas depois do sucesso estrondoso até Frank Sinatra tava vestindo a camisa.
Entre cantigas e intrigas, somos apresentados a todos os causos que os músicos causaram e nos quais foram enfiados, tudo em nome da nova bossa. (há ainda de quebra causos amorosos como Nara-Bôscoli-Maysa). Ao final da leitura, cheguei à conclusão de que Caetano estava certo: "a Bossa Nova é foda" - apesar de serem excessivamente "mar-flor-amor", mas tudo bem a Tropicália tava chegando para dar uma reorientada no Carnaval.
Chega de saudade!
PAULINHO VELOSO 26/02/2018minha estante
Bela resenha !!! O comentário final sobre a Tropicália foi excelente . Parabéns !!!




Silvio 30/05/2013

Sou um cara cuja vida foi profundamente influenciada pela música norte-americana, do rock ao jazz, passando pelo blues, soul e funk. A única concessão que faço à MPB (sem desmerecimento nenhum, somente pelo gosto pessoal) é a bossa nova dos seus primórdios. E o responsável é este livro, a obra definitiva sobre os primórdios da moderna música popular brasileira e de seus principais gênios criadores, Tom Jobim e João Gilberto.
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PAULINHO VELOSO 31/08/2012

Ruy Castro é genio, e a bossa nova é genial
Com certeza está entre os dez melhores da minha vida de leitor. Como músico, mais do que entender a Bossa Nova, é fundamental conhecer a história e as histórias da mesma. Principalmente para músico/leitor é imperdível.
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Rodrigo 26/08/2012

Leitura deliciosa!
Incrível "biografia" da Bossa Nova, recheada de passagens hilárias narradas sob a inconfundível personalidade de Ruy Castro. Adorei!
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Carlos 10/01/2011

de uma maneira maestral ruy castro demonstra como surgiu a bossa nova e como apareceu a divindade JOAO GILBERTO.
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Lilica 21/09/2010

A melhor fase da nossa música
Ruy Castro é, na minha opinião, um dos melhores autores de biografias da música brasileira. No seu "Chega de Saudade" ele nos leva a um passeio pela fase aurea da nossa música e nos mostra porque a Bossa Nova é até hoje a cara da música brasileira pelo mundo. A precisa reconstituição de fatos históricos, mesclada com o toque de humor e com o conhecimento de alguém que verdadeiramente ama e curte MPB torna o livro uma obra-prima. Para os amantes da MPB o livro é leitura obrigatória. Para quem que conhecer uma parcela importante da história de um dos momentos mais fundamentais da construção da identidade da MPB também. Convido a todos os apaixonados por música a mergulharem no universo rico e inigualável da Bossa Nova.
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AfonsoP 03/05/2010

Meu Rio é mar, é barquinho , é violão...
Ruy Castro escrevendo sobre qualquer assunto relacionado ao Rio é diversão garantida. Ele sabe como poucos capturar a alma da cidade e coloca em seus textos doses corretas de informação relevante e fatos divertidos, tornando a leitura sempre prazerosa.

E merecem destaque as hilárias situações vividas por João Gilberto em seus anos pré e pós-fama, sempre buscando pureza e perfeição naquela arte que entra através dos ouvidos muitas vezes sem pedir licença e tem o extraordinário poder de alterar nosso estado de espírito.

E sinceramente lamento por aqueles que nunca esboçaram um sorriso , mesmo que interior, escutando os músicos dessa turma da Bossa Nova? Tentem, ainda há e sempre haverá tempo para isso.


x-x-x-x-x

E por gostar tanto do autor vou um pouco além e brevemente comparo o esse trabalho com outras de suas obras através de um "mea critica":
Talvez por não estar biografando um personagem específico e sim um movimento cultural/musical, o autor não demonstra a "intimidade" com a bossa nova como demonstrou com Carmen Miranda e Nelson Rodrigues. E como o livro é sobre música, senti falta de citações de letras e de mais detalhes da composição das músicas mais importantes do período (salvo para "Desafinado", o autor não vai além da "e a música foi composta no apartamento de Tom Jobim").
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Victor Rafael 17/01/2010

Ganhei de presente!
Ganhei de presente em um amigo secreto e levei em uma viagem em que o acesso a internet era precário... Resumindo: tive que ler!

Mas, retirando-se as minudências enfadonhas acerca de nomes de músicas e artistas que (por ignorância minha, claro!) eu desconheço, tenho que registrar que o autor consegue tornar o livro interessante. As histórias curiosas estão todas lá e em um estilo de narrativa bem peculiar.

Dica: Para os que acham que música é só para ouvir!

o7
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Fhanton 30/08/2009

A Bossa Nova já tem mais de 50 anos e seu estilo conquistou o mundo, mais que qualquer outro gênero que o Brasil exporta. Para quem gosta ou não, esse livro é muito bom prá entender sua origem e conhecer os personagens responsáveis por esse momento particularmente criativo na música brasileira.
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mariangela 05/04/2009

Para quem se interessa e gosta de música (MBP) é excelente. Aliás, depois deste vc quer ler outros pra conhecer + ainda nossa música. Retrata tb uma época, avida carioca, e como todo início de carreira ñ é nda fácil. Vale a pena ler. Nota 10.
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Jason 14/01/2009

Um livro fundamental para quem quer entender como surgiu a bossa nova e quem foram os primeiros astros desse (na época) novo ritmo musical. Ruy Castro tem um texto genial, bem-humorado e repleto de tiradas irônicas, o que torna a leitura deste livro um grande prazer. Mas o melhor é conhecer a história dos principais personagens da bossa nova - João Gilberto, Tom Jobim, Roberto Menescal, Nara Leão, Vinícius, Elis Regina, e tantos outras personalidades que ainda hoje fazem sucesso nas rádios e iPods mundo afora. Tão bom que faz a gente querer viver naquele Rio das décadas de 50 e 60.
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