Os Maias

Os Maias Eça de Queiroz




Resenhas - Os Maias


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Danilo 19/05/2017

Simplesmente perfeito!!!
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Natalie Lagedo 15/05/2017

Eça de Queiroz é o maior expoente do movimento realista em Portugal e Os Maias é sua obra prima, que foi publicada em 1888 e descreve sucinta e precisamente os costumes sociais da época, a história do país e debate sobre a receptividade do realismo, bem como do naturalismo, em contraponto ao Romantismo clássico.

A família Maia é tradicional. Afonso da Maia é um progressista que não aprecia os costumes portugueses, tradicionalmente católicos, por considerá-los provincianos. Seu casamento e o filho o fizeram estimar ainda menos essa cultura. O caráter fraco da esposa passou para Pedro, que não conseguiu lidar com o fim trágico, porém não inesperado do seu casamento com a encantadora Maria. Carlos, resultado dessa união tumultuosa, é a menina dos olhos de Afonso. Educado fora dos padrões nacionais, da forma moderna britânica, escolheu a Medicina. À época, as pessoas consideram essa profissão repulsiva, muito mais sublime e elegante era a carreira jurídica, que o poderia elevar à diplomacia ou a cargos políticos. Dessa opinião não partilhava o avô, apoiava a praticidade e a necessidade daquela ocupação. Ainda assim, trabalhos "braçais" não eram vistos com boa disposição pela elite contemporânea.

Eça formula tipos excelentes e pitorescos, como o bom amigo João da Ega e o cômico adulador Damaso. É muito sutil ao narrar a situação do espírito apaixonado de Carlos. Ironiza a divinização da paixão carnal e cria eventos imprevistos. É curioso que todas as mulheres são casadas e despertam sempre o interesse dos homens solteiros. Das famílias que fazem parte do livro, nenhuma tem filhas com idade para tornar os jovens apaixonados.

O subtítulo "Episódios da Vida Romântica" traduz bem o que o autor pretende com o belo romance. Delicadeza e humor crítico, uma vez que o sonho romântico é embaçado pelo suicídio, adultério e devassidão, tudo isso numa linguagem objetiva, sem floreios, mas também sem o radicalismo dos "excrementos" do naturalismo.
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Cristiane.Aiax 14/02/2017

Os Maias
Instigante, envolvente
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Rodrigo 06/02/2017

Lido
Idem para volume I.
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Rodrigo 06/02/2017

Lido
Sem muitas expectativas.
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Emily.Lopes 18/01/2017

A acção de "Os Maias" passa-se em Lisboa, na segunda metade dos séc. XIX. Conta-nos a história de três gerações da família Maia.

A acção inicia-se no Outono de 1875, altura em que Afonso da Maia, nobre e rico proprietário, se instala no Ramalhete. O seu único filho – Pedro da Maia – de carácter fraco, resultante de um educação extremamente religiosa e proteccionista, casa-se, contra a vontade do pai, com a negreira Maria Monforte, de quem tem dois filhos – um menino e uma menina. Mas a esposa acabaria por o abandonar para fugir com um Napolitano, levando consigo a filha, de quem nunca mais se soube o paradeiro. O filho – Carlos da Maia – viria a ser entregue aos cuidados do avô, após o suicídio de Pedro da Maia.

Carlos passa a infância com o avô, formando-se depois, em Medicina em Coimbra. Carlos regressa a Lisboa, ao Ramalhete, após a formatura, onde se vai rodear de alguns amigos, como o João da Ega, Alencar, Damaso Salcede, Palma de Cavalão, Euzébiozinho, o maestro Cruges, entre outros. Seguindo os hábitos dos que o rodeavam, Carlos envolve-se com a Condessa de Gouvarinho, que depois irá abandonar. Um dia fica deslumbrado ao conhecer Maria Eduarda, que julgava ser mulher do brasileiro Castro Gomes. Carlos seguiu-a algum tempos sem êxito, mas acaba por conseguir uma aproximação quando é chamado Maria Eduarda para visitar, como médico a governanta. Começam então os seus encontros com Maria Eduarda, visto que Castro Gomes estava ausente. Carlos chega mesmo a comprar uma casa onde instala a amante.

Castro Gomes descobre o sucedido e procura Carlos, dizendo que Maria Eduarda não era sua mulher, mas sim sua amante e que, portanto, podia ficar com ela.

Entretanto, chega de Paris um emigrante, que diz ter conhecido a mãe de Maria Eduarda e que a procura para lhe entregar um cofre desta que, segundo ela lhe disse, continha documentos que identificariam e garantiriam para a filha uma boa herança. Essa mulher era Maria Mão Forte – a mãe de Maria Eduarda era, portanto, também a mães de Carlos. Os amantes eram irmãos...

Contudo, Carlos não aceita este facto e mantém abertamente, a relação – incestuosa – com a irmã. Afonso da Maia, o velho avô, ao receber a notícia morre desgosto.

Ao tomar conhecimento, Maria Eduarda, agora rica, parte para o estrangeiro; e Carlos, para se distrair, vai correr o mundo.

O romance termina com o regresso de Carlos a Lisboa, passados 10 anos, e o seu reencontro com Portugal e com Ega, que lhe diz: - "falhamos a vida, menino!".
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@garotadeleituras 25/12/2016

Os vencedores vencidos

Os Mais, considerado a obra prima de Eça de Queiroz, assim como um clássico e marco da literatura portuguesa, foi escrita num período de dez longos anos. Publicada originalmente em 1888, o enredo passa-se em Lisboa, no outono de 1875. Compreende a estória de três gerações de uma família tradicional portuguesa, os Maias, centrando-se na última, que conta o envolvimento amoroso entre Carlos Eduardo Maia e Maria Eduarda.
Conhecemos Afonso Maia e o famoso Ramalhete, nobre e rico, é o patriarca mais velho; outrora casara-se com Maria Eduarda Runa e deste, resultou seu único filho - Pedro Maia, com a, uma criação religiosa e protegido pela mãe, acabou adquirindo um caráter considerado fraco. Na idade adulta o herdeiro dos Maias, contra a vontade do pai, acaba-se casando com Maria Monforte, filha de um antigo negreiro, com quem tem dois filhos - uma menina e um menino. Entretanto, a união fadada ao trágico, se concretiza quando a esposa acaba por deixar o esposo e o filho Carlos Eduardo, por Tancredo, um príncipe italiano, levando consigo a filha mais nova, e posteriormente, consideradas mortas, depois de longas investigações.
Carlos Eduardo Maia, entregue então aos cuidados do avô, após o suicídio do pai, que teve como causa a desilusão amorosa do matrimônio, é educado de forma rígida, distante de princípios religiosos e protetores, considerado uma fraqueza de caráter pelo velho Afonso. Mais tarde, acaba-se por estudar Medicina em Coimbra, diferentemente da sua classe social, onde a burguesia encontrava no direito a máxima nobreza da profissão. De volta ao ramalhete, já formado e na companhia do avó, Carlos abre um consultório, mas que por sua boa aparência e status, não arraiga clientela suficiente para mantê-lo ocupado. Assim, o neto do maia envolve-se em vários projetos grandiosos, sempre inacabados e fracassados, mesmo com todas as condicionantes de sucesso, sendo a influência do meio, representado pela burguesia de Lisboa o fator responsabilizado por tal.
O romance fica por conta das aventuras de Carlos. Inicialmente envolvido com a condessa de Gouverinho, e posteriormente trocada pela bela Maria Eduarda, esta, conhecida como mulher do brasileiro Castro Gomes. Não contarei mais para não revelar os detalhes mais impactantes da estória.
Ao retratar a rotina dos personagens, Eça permite ao leitor, através de Carlos e dos amigos, descortinar a decadência moral e social portuguesa do final do século XIX. O escritor de forma bem sátira utiliza seres caricatos na narrativa como forma de expor as mazelas: o excêntrico João da Ega (melhor personagem coadjuvante) que apesar de possuir conhecimento, arraiga hábitos dissolutos, pensamentos retrógados ou distantes da realidade; o artista sem talento como o poeta Alencar aplaudido pelos amigos e o novo rico na pessoa do Dâmaso Salcede, que influenciado pelas culturas estrangeiras, como a francesa e a inglesa, consideradas “o top” da época assinala a perda de identidade nacional, na busca do que “é chique”. Temos ainda o Euzebiozinho, o maestro Cruges, o político mesquinho e ignorante representado pelo conde Gouverinho, o jornalista corrupto na figura do Palmas, entre muitos outros. O atraso na civilização fica por conta da incapacidade em organizar eventos como uma corrida de cavalos descente por não ter um hipódromo à altura, as pessoas que se vestem inadequadamente e sempre de luto, a falta de argumentos plausíveis em defender o regime da monarquia ou a república e etc...

“- Tudo isso é nojento!... No fim talvez até se entendam ambos. Estou como tu dizias aqui há tempos: Caiu-me a alma a uma latrina, preciso um banho por dentro!” Ega murmurou melancolicamente: - Essa necessidade de banhos morais está-se tornando, com efeito, tão frequente... Devia haver na cidade um estabelecimento para eles. (p.379)

Em os Maias, Eça utiliza a critica pelos hábitos decadentes e repetitivos da sociedade que não estimulavam o crescimento intelectual, assinalando a necessidade de reformular o ensino; expõe como defeito a religiosidade exacerbada e a imitação das práticas de sociedades consideradas superiores. Evidencia comportamentos maléficos como o adultério, incesto e ideais políticos dúbios; O próprio nome da residência – Ramalhete – que supunha algo fresco era na verdade um casarão antigo, severo, de aspecto tristonho, para onde os personagens, acabam por voltar e rememorar sua vida. A própria retrospectiva de Carlos, após dez anos longe, volta ao Ramalhete, mostra como tornou-se um vencedor vencido e como terminam todos esses homens que poderiam ter contribuído com grandes revoluções para reerguer a sociedade, mas que tornaram-se apenas mais pessoas comuns, alcoólatras, doentes, velhos dissolutos, sem grandes feitos na vida.

Ega ergueu-se, atirou um gesto desolado: - Falhamos na vida menino!
- Creio que sim... Mas todo mundo mais ou menos falha. Isto é, falha-se sempre na realidade aquela vida que se planeou com a imaginação. Diz-se: “vou ser assim porque a beleza está em ser assim.” E nunca se é assim, é-se invariavelmente “assado”, como dizia o pobre marquês. Às vezes melhor, mas sempre diferente. (p. 549)

Sobre a experiência de ler os maias, foi a leitura mais demorada de 2016. A primeira parte é lenta, na maioria das vezes, maçante e tediosa. Até a página 128, dificilmente conseguia passar a página sem a vontade largar o livro. Decidida a finalizar essa estória e com esperanças que melhorasse impus-me o desafio então de renegar esses sentimentos, e pode ter certeza, tudo melhora, e muito! Quando Eça começa a descortinar as ruínas, interligar fatos e pessoas é quase impossível largar o livro. Portanto, se você estiver lendo algum dia essa resenha em busca de incentivo, não desista, que livro, que livro! Como escrevi em um dos meus comentários sobre o livro: se tivesse largado nas primeiras 100 páginas, provavelmente teria dado um dois pela narrativa, mas como acreditava que grandes coisas estavam ainda por vir, classifiquei como um cinco porque é impossível terminar “Os Maias” e não ficar impactado com o talento do grande Eça, pela capacidade em ultrapassar o tempo com suas máximas sobre o ser humano e o social.

“Num país em que a ocupação geral é estar doente, o maior serviço patriótico é, incontestavelmente, saber curar.” (Os Maias; Eça de Queiroz)
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Diego 22/11/2016

Ainda o apanhamos...
Se quer um resumo, vá onde está escrito: RESUMO.
Olha...nunca demorei tanto pra ler um livro tão pequeno (comparado com outros que tenho) quanto Os Maias. A edição que tenho (achei em um sebo por 10 "contos de réis") é dividia em duas partes e tem o texto integral... talvez isso tenha tornado um pouco da leitura maçante.

A parte I é chata, não tem bem o que dizer dela, retirando as trapalhadas de um personagem, a força de outro, o humor de outro, a história triste logo de cara... pouquíssima coisa se salva na parte I. Descreve bem como era a alta sociedade de Portugal (e você vai perceber que muitas coisas na alta sociedade não mudam ;) ).

"Então por que você resolveu dar cinco estrelas e favoritar um livro chato?"

Porque a parte II é fenomenal. É sério, (não é spoiler porque está na contracapa) o romance de Carlos Eduardo com Maria Eduarda é o pano de fundo pra questões mais profundas. Pouco depois de começar a segunda parte você talvez perceba que o ator é extremamente irônico. As sutilezas que se percebe a partir da metade da segunda parte/final fazem você pensar: "Será que perdi alguma coisa?"

Todo o livro pareceu uma imensa crítica à sociedade portuguesa da época, o deslumbramento e a busca frenética pelo que é "chic" (caracterizada especialmente por um personagem). Porém, no final, fica mais claro até um tipo de (se não quiser ler o que vou falar, pare AGORA) suicídio cultural do próprio povo português, e pasmem, não é bem o que acontece com a maioria dos países "latinos"?

Enfim, gostei muito do livro e em especial do final dele, só tinha lido Primo Basílio na época da escola (13 longos anos atrás) e agora realmente me deu vontade de ler O Crime do Padre Amaro! Com certeza, valeu a pena.

RESUMO: Um livro sagaz, extremamente divertido se você estiver disposto a passar da Parte I. Fará você pensar em muitas coisas. João da Ega é impagável, não tem como não se identificar com ele.

OBS: Uma frase aparece no final do livro: "Em resumo, viver não vale a pena..." 1888 e os caras já sabiam disso...
Dora 29/05/2017minha estante
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Douglas Lobo 02/10/2016

Um romance português que ajuda a entender o Brasil
"Os Maias" conta a história da família Maia, mas principalmente de Carlos, filho de Pedro e neto de Afonso. Formado em Medicina, Carlos tem ambição de realizar algo marcante, seja na ciência, seja em outro campo.

Assim como ele, todos os personagens desse livro se apegam a projetos ambiciosos, destinados a restaurar o brilho de Portugal junto à Europa. Nenhum deles porém trabalha duro para isso.

"Os Maias" me lembrou, por isso, a maior parte dos brasileiros que conheci até hoje: gente que fala, fala e fala, desfiando soluções para todos os problemas brasileiros, quiçá do mundo; - mas nunca movem uma palha para realizar nenhuma das suas ideias, que porém continuam a expor na mesa de bar como se as palavras trouxessem nelas o trabalho já concluído.

Para mostrar esta sociedade onde muito se fala e nada se faz, o autor opta por reduzir o elemento da trama no meio do livro. Neste ponto, a estética realista cede lugar ao romance de costumes, onde a sociedade é mostrada por meio de fatos e ações isoladas, compondo um painel que na última parte volta a se movimentar, acompanhando a retomada da trama.

A ausência de trama no meio poderia recair em tédio. Mas isso não ocorre, já porque o autor se ancora na força do personagens (inesquecíveis), já porque utiliza verbos fortes, usando o estilo para criar a ilusão de que há ação de trama onde só há ações dispersas, soltas: conversas, charutadas, bebedeiras e orgias.

O estilo também nos ajuda a mergulhar na estética da sociedade retratada. Tapeçarias, móveis, tecidos, vestuário - tudo isso é descrito em um vocabulário detalhista, atestando um meio social em que a beleza existe; mas submetida à funcionalidade ou, no caso do vestuário, à ostentação, ao desejo de causar impressão - o que nada mais é que uma funcionalidade em si mesma.

"Os Maias" ajuda a entender muito da estagnação brasileira. A compreender como nós, como povo, sempre parecemos saber o que fazer, embora jamais o façamos.

site: https://douglaslobo.wordpress.com
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Mad28 26/07/2016

Depois de não o ter conseguido ler na altura que andava no liceu, decidi dar uma chance a este livro e, honestamente, não me custou tanto como na altura da escola.
Para quem não sabe, os Maias é um livro que retrata a aristocracia portuguesa da época tendo como protagonista Carlos da Maia.
O livro vai acompanhar o romance entre Carlos e Maria Eduarda (que vai ter um grande atropelo que praticamente toda a gente conhece mas que eu prefiro não referir para aqueles que desconhecem), vão haver críticas à aristocracia portuguesa (nomeadamente no episódio das corridas de cavalo) e críticas à educação portuguesa.
O livro em si tem uma história bastante boa. O meu maior problema deu-se porque eu achei que foram demasiadas páginas (perto de 600 em todas as edições) para contar uma história tão simples. Percebo que foram necessárias, mas acho maçador tantas páginas de descrições longas e pormenorizadas, cheias de elementos trágicos.
Entretanto houveram algumas personagens que me irritaram, como o Eusebiozinho e o Damâso (mas penso que ambos foram criados para ter esse fim nas pessoas).
Entretanto algo que eu gostei imenso foi dos indícios trágicos. Acho que eles estavam muito bem feitos e realmente acrescentava algo para a história e preparava-nos para o final que, ao contrário da maioria das pessoas, eu gostei imenso.
Aconselho a quem tentar ler a não desistir nas primeiras 50 páginas que são realmente maçadoras e cheias de descrições, mas depois melhora.
Boas leituras.
Resenha completa em baixo

site: http://presa-nas-palavras.blogspot.com/2016/07/os-maias-opiniao.html Concluído
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Lara 31/05/2016

Mergulho
Tenho a tradição ? quase a mania ? de me aventurar em leituras do país para o qual vou viajar. Ou morar. Foi o que me levou a mergulhar no mundo dos Maias e na fantástica escrita de Eça de Queiroz. Iniciando um doutorado, conhecendo tantas coisas e pessoas novas, acabou que esse mergulho demorou exatos 7 meses ? entre continuidades e descontinuidades. Mas hoje chego ao fim com o sentimento de que conheço um pouco mais da alma portuguesa. E da alma humana, sem dúvidas. Com suas contradições, paixões, tragédias e bonanças. E tendo percebido, refletida naquelas linhas, a arte como espelho da vida. Tendo chegado a algumas percepções sobre a existência - e a alguns momentos de auto-reflexão - que uma boa literatura é capaz de despertar.

?Ega ergueu-se, atirou um gesto desolado:
- Falhámos a vida, menino!
- Creio que sim... Mas todo o mundo mais ou menos falha. Isto é, falha-se sempre na realidade aquela vida que se planeou com a imaginação. Diz-se: «vou ser assim, porque a beleza está em ser assim». E nunca se é assim, é-se invariavelmente assado, como dizia o pobre marquês. Às vezes melhor, mas sempre diferente...?
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Silvia.Leticia 10/02/2016

leitura complexa
Para quem está em busca de muito suspense e de um enredo em que o desenrolar da história seja feito de maneira rápida, este não é o melhor livro.
A escrita do Eça é extremamente detalhada e ele procura não só apresentar os personagens de maneira superficial e sim, passar ao leitor como era a sociedade Lisboeta no passado de maneira minuciosa.
Confesso que se não fosse um trabalho que PRECISO fazer, talvez tivesse abandonado a leitura pela "lentidão" com que tudo vem à tona, pois já iniciei a leitura com o desejo de saber de tudo, mas com Eça não é assim.
Há inúmeros diálogos que retratam a rotina dos homens ricos de Lisboa que não interferem na parte principal, o romance de Carlos da Maia com Maria, que pode ser facilmente deixado de lado por aqueles que buscam por mais suspense e maior agilidade na resolução do romance.
Enfim, para quem está afim de uma boa leitura, que carece de atenção para que lá na frente o leitor realmente compreenda os fatos, vá em frente.
Regislayne 05/01/2017minha estante
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Maga 22/01/2016

Bom a BEça...
A obra prima de Eça de Queiroz. Eu sou fã incondicional do portuga, um escritor que sempre tem uma boa história pra contar, ao contrário de muitos autores atuais...

Em Os Maias, Eça coloca o leitor como um observador privilegiado de toda a saga dessa família abastada marcada por tragédias e paixões. Com uma legião de personagens absolutamente formidáveis, dos quais você se torna íntimo até de detalhes que preferia não conhecer. Sem falar na penca de coadjuvantes que entram e saem da história, mas sempre com algo a dizer, seja para a trama, seja para dar o panorama da sociedade lusitana da época.

As descrições são longuíssimas e alguns diálogos, quando parecem que não vão te levar a lugar algum, sempre reservam uma surpresa para o andamento da história. Ao final, fica aquela sensação de que você leu uma obra perfeita, uma história que só podia ter sido feita naquela época, naquelas condições e, principalmente, por aquele autor.
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Ana Paula 21/01/2016

Os Maias
Esperava mais. É tão celebrado e criei muita expectativa. O romance em si, a história de amor entre dois irmãos fica em segundo plano, pois o autor intenciona, de fato, fazer a crítica à sociedade portuguesa da época.
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Alexandre 16/06/2015

"Os Maias" passa-se em Lisboa, na segunda metade do séc. XIX. Conta-nos a história de três gerações da família Maia.
A ação inicia-se no Outono de 1875, altura em que Afonso da Maia, nobre e rico proprietário, se instala no Ramalhete. O seu único filho – Pedro da Maia – de carácter fraco, resultante de um educação extremamente religiosa e proteccionista à portuguesa, casa-se, contra a vontade do pai, com a filha de um antigo negreiro, Maria Monforte, de quem tem dois filhos – um menino e uma menina
Neste livro os Maias Eça faz uma análise da sociedade portuguesa de sua época, que ele se esmera em expor para apontar os males e a degeneração. Veem-se, assim, no grande quadro social anatomizado pelo realismo de Eça de Queirós
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