Nascer Sorrindo

Nascer Sorrindo Frederick Leboyer




Resenhas - Nascer Sorrindo


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Natalia 14/06/2020

O primeiro "olá"
A leitura fez o que se propôs: mudou a minha visão sobre o nascimento. Eu, já muito adepta do parto humanizado, tinha como razões para isso principalmente as relacionadas à parturiente. A mulher precisa, e deve, ser respeitada e cuidada nesse momento tão importante da sua vida -- e ser protagonista dele. A obstetriz ou a enfermeira obstétrica devem estar ali para assistir ao parto e não para "fazer o parto", pois esse papel já está sendo cumprido. Toda e qualquer violência obstétrica deve ser repudiada e as evidências devem tomar cada vez mais a obstetrícia, com muito respeito às vontades da gestante e ao que ela idealizou para o seu parto.

Lebóyer traz um outro lado. E o recém nascido? Como tornar esse momento mais confortável para ele? Difícil pensar nisso. Temos a crença de que o nascimento é cercado de dores e isso é inevitável. O choro e o grito são sinais de vitalidade neonatal -- comemorados por todos na sala de parto. A realidade é que, enxergamos esse neonato como um "pré-humano"... uma "coisinha". Não deveríamos. É importante considerar que esse bebê passou tempo considerável no ambiente intrauterino, desde a formação do seu sistema nervoso, para nascer portando todos os seus direitos como humano.

Enxergando isso, podemos perceber que muitos dos procedimentos realizados em sala de parto infligem dor desnecessariamente a essa criança. As luzes fortes, a temperatura alta, o barulho, o ato de estirar o seu corpo, o clampeamento precoce do cordão e a separação da mãe são mudanças bruscas em relação à tudo que já foi experimentado por aquele ser. Tudo isso causa dor; e essa dor vem somar-se ao já doloroso momento de respirar pela primeira vez.

É preciso, portanto, respeitar o tempo da criança. Ser parcimonioso, ter calma na abordagem, preparar o ambiente para a chegada, reunir a criança com a mãe o mais rápido possível e, principalmente, deixá-lo ser. Viver na sua individualidade, no seu momento, sem inúmeros procedimentos invasivos e desconfortáveis.

Por isso, "Nascer Sorrindo" é uma leitura obrigatória para todas que pensam em trabalhar com assistência ao parto, ao neonato ou àquelas pessoas que estão pensando em ter filhos em algum futuro próximo. O livro nos faz pensar de uma forma diferente sobre os neonatos; nos faz ter empatia por eles. Após a leitura, advogo pelo parto humanizado não só por e para a mulher, como também pelo recém-nascido, em um nível muito mais visceral que antes.
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Carla Martins 25/04/2013

Leitura difícil, mas vale a pena
"Vamos deixar o bebê. E entregá-lo, por alguns momentos, à mãe, depois de ele ter provado as alegrias da solidão, da imobilidade.
Deitado sobre o peito querido, orelha contra coração, o bebê reencontra o som e o ritmo familiar.
Tudo está feito. Tudo é perfeito.
Esses dois seres que lutaram corajosamente, transformam-se num só."

Com esse trecho LINDO do livro, que narra um momento sublime que (graças a Deus e às minhas escolhas) eu pude viver instantes após meu filho sair de dentro de mim, começo esta resenha.

O livro foi eós uma viagem pscrito pelo obstetra Frédérick Leboyer, médico que mudou sua maneira de encarar a vida e a profissão apra ìndia, e voltou querendo fazer a diferença. O livro defende a tese (para mim, super lógica e na qual eu acredito totalmente) de que, como o bebê passa em torno de 40 semanas envolta por líquido, ouvindo apenas o som do corpo da mãe funcionando e de barulho abafados, o momento do nascimento pode ser traumático e aterrorizante se não tentarmos aproximar, pleo menos um pouco, o ambiente do nascimento ao intrauterino, pelo menos para que essa "transição" seja feita de maneira calma e em paz.

De repente, luz, barulho, frio. Esse choque afeta a pessoa deixando seqüelas irreparáveis em sua personalidade. Por isso, o autor defende as salas de parto na penumbra e silêncio.

Além disso, para ele, o bebê deve, depois de sair da mãe, ser imediatamente colocado junto a elapara sentir seu calor, seu cheiro e sua voz. Isso transmite segurança e faz com que o bebê tenha a sua adaptação ao meio externo realizada de forma gradual e lenta. Em partos assim, chamados humanizados, é comum que bebês nasçam sem chorar ou até sorrindo.

E eu sou prova viva disso: meu Arthur nasceu em um parto natural e totalmente humanizado. Veio para o meu colo assim que nasceu e não chorou, simplesmente olhou nos meu olhos e permaneceu assim por longos e inesquecíveis minutos. Nasceu tranquilo, nasceu em paz. Então, pra que chorar?

A leitura do livro é um pouco difícil, mas vale a pena. Recomendo. :)

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Nat 18/05/2020

Um clássico que deveria ser lido por todos os profissionais que atuam na assistência ao parto e - por que não - pelas parturientes e seus acompanhantes.
Além de apresentar o "parto leboyer", cujas práticas ainda são recomendadas, o livro convida à reflexão do por que nos distanciamos do parto natural, íntimo e humano.
Esse livro não pode ser esquecido
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Jamila.Terra 29/05/2022

Me cativou
Livro bem delicado e singelo. Mostra uma perspectiva muito amorosa e cautelosa sobre como deveriam ser todos os partos/nascimentos.
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Halley 19/08/2015

Não gostei tanto porque me pareceu que se tirou todo o protagonismo da mulher, como se fosse um evento so do bebe, ou melhor, do bebe e o medico, e como se a mulher fosse uma tola que não sabe o que fazer. Em vez de emponderar a mulher, a mulher que é a real protagonista do nascimento junto ao bebe, ela que tem todo o instinto da natureza guardada dentro de si, com liberdade saberá o que fazer, ela que sente o que seu corpo pede, a posição que precisa ficar, o que fazer com o bebe. Mas para esse doutor, a mulher eh uma tola, que não sabe o que fazer, e que precisa da orientação do medico/deus, que magicamente chegou a todas essas conclusoes sobre o que um bebe sente e pensa...... sinceramente, não dou muito crédito. Apesar de achar algumas de suas tecnicas bem interessantes, mas eh so deixar a mulher livre, respeitar seu momento e etc que chegariamos a mesma conclusão. A mulher quando vai parir quer oq? ambiente escurinho, muitas querem estar na agua, tranquilidade, silencio... e a mulher que esta com seu insitnto aflorado com certeza vai saber oq fazer com o bebe.....
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hanny.saraiva 02/05/2019

Sobre nascer sem agressão. Se você procura uma narrativa poética sobre parto encontrou.
Penumbra. Silêncio. Recolhimento. Um tempo de pausa. É um livro poético sobre ter paciência, sair da ótica fordista de parto hospitalar no sentido de seguir protocolos pré-definidos e ouvir, respeitar as passagens lentas de um estado para outro.
Citações preferidas:
“A resposta está na pergunta.”
“E para nascer, não é preciso mais que um instante?”
“É pelas mãos que falamos ao bebê, que nos comunicamos com ele. O tato é a primeira linguagem, a que precede a outra, de longe. Ver e compreender vem após sentir.
“Tocando o bebê é que a mulher realmente se reencontra.”
“O recém-nascido é como um espelho. Reflete sua imagem.”
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Carol 10/04/2021

Leboyer tem meu coração como mulher, como enfermeira, como obstetra, como doula. Essa sensibilidade necessária para receber uma criança deveria ser ensinada para todos os profissionais da saúde. Todos deveriam ler para aprender que receber uma vida não é algo que deve ser feito de qualquer jeito. Nascer não é fácil, deve ser uma das coisas mais difíceis em nossa existência, precisamos respeitar isso.
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Zaira 26/01/2024

No início do livro tive vontade de parar, achei horrível e muito cruel. Mas depois entendi o terror que o autor faz para poder defender as práticas que ele acredita. Vale a leitura!
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Karenok 16/09/2024

Leboyer fala sobre os impactos do nascimento do ponto de vista do bebê. Como humanizar e tornar mais confortável esse momento tão transformador. Leitura super importante para mamães que buscam parto humanizado e/ou para que trabalha com isso.
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