Resenhas - A mulher que fugiu de Sodoma

Rodrigo 13/02/2022

Reflexivo
Uma narrariva forte, impactante e bastante reflexiva.
O que um vício pode fazer com um casal?
É possível perdoar?
Há regeneração?
Pessoas são capazes de mudar por amor?

Rodrigo.Monteiro 21/11/2021

A mulher que fugiu de sodoma.
Acho que esse livro não é para todo mundo, acho que tem que gostar de livros difíceis, é pra quem gosta de desbravar autores que são da literatura clássica, mas que foram esquecidos.

kiki.marino 28/10/2020

A mulher que fugiu de Sodoma
Outro exemplar de boa literatura brasileira esquecida dos anos 30.

"Sodoma não é uma cidade, mas todo um contexto que envolve a vida dos protagonistas, Lúcia e Mário. "

As consequências morais e emocionais do vício e o aprisionamento de um casal ,unidos, embora distantes quase toda a estória .

Júlio 02/09/2018

Caminhando Pelo Vale das Sombras
Pelo número de pessoas que leram este livro aqui no Skoob já demonstra que este autor foi esquecido no Brasil, o que na minha opinião é lamentável, visto que, se trata de um grande escritor, que elabora muito bem as suas histórias que são repletas de analogias, também não se prende a contar histórias do Brasil, mas amplifica os horizontes e aborda temas comuns a vida humana de uma maneira geral.
Este livro especificamente, conta a história de um casal, Mário e Lucia, remanescentes de duas grandes famílias decadentes da região do Vale do Paraíba, ele, médico, sofre seriamente com o vicio do jogo, que o leva a mergulhar em dívidas ao ponto de gastar uma soma vultuosa de dinheiro que lhe foi confiado por um amigo, é neste ponto que a história começa, quando ele já não pode esconder o que está acontecendo a Lucia. A trama segue com uma pequena odisseia com Lucia tentando arrumar o dinheiro para que Mário pague suas dividas, até que ela consegue o dinheiro, imaginando que Mário de alguma forma tenha se redimido e largado o vicio, José Geraldo Vieira demonstra com maestria o poder do vicio sobre as pessoas, quando Mário comete coisas ainda mais infames, chegando ao ponto de negligenciar o atendimento à uma criança apelidada por "Segundo Clichê". Fato que ao ser descoberto por Lúcia toma a decisão de abandoná-lo, a cena descrevendo Lúcia fugindo em meio a uma tempestade temos a primeira analogia com título do livro, restando saber se ela vai olhar para trás e se tornar uma estátua de sal. A história continua com Mário se exilando na França em busca de recuperação e Lúcia trabalhando como preceptora da filha de uma amiga que a ajudou com as dividas de Mário.
As situações pelas quais Mário passa na França, de como ele acha que aparentemente venceu o seu vicio, a sua lenta descida ao inferno, até a sua redenção é contada de forma sublime pelo autor.

"...sua direita, uma voz dizia: “Se teu tio soubesse!” À sua esquerda, outra voz dizia: “Não podes concordar com esse prejuízo.”

"E nisto um demônio entrou, sem ninguém perceber, tirou Mário do seu lugar e o fez entrar num táxi para Auteuil."

"...como um prisioneiro que atravessa toda uma cidade ao ser transferido de presídio."

Desculpem os Spoilers