A estrutura da bolha de sabão

A estrutura da bolha de sabão Lygia Fagundes Telles




Resenhas - A Estrutura da Bolha de Sabão


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Michela Wakami 15/04/2023

Bom
Esse livro contém oito contos.

Minha avaliação :

A medalha (ruim).
A testemunha (perfeito).
O espartilho (perfeito).
A fuga (bom).
A confissão de Leontina (perfeito).
Missa do galo (ruim).
Gaby (razoável ).
A estrutura da bolha de sabão (ruim).
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Taisa 13/02/2022

Primeira leitura da Lygia
E grata surpresa.
Comecei a ler sem conhecer as histórias, a estrutura do livro e a o estilo da autora.
Gostei muito, me surpreendeu. Esperava algo mais doce, vieram cenas de uma violência surpreendente.
Alê | @alexandrejjr 17/02/2022minha estante
Lygia é encantamento sempre, Taisa!




@nandajf 03/09/2020

No conto que nomeia o livro, são três personagens não nomeados. É a história de uma mulher que reencontra seu ex-marido acompanhado da atual esposa. O final é bem enigmático. O que é típico da autora.

As frases são curtas, secas, cortantes. Os diálogos são soltos. Os pensamentos da protagonista são desconexos. Os acontecimentos são rapidos e jogados a esmo como peças de um quebra-cabeça, mas aos poucos conseguimos montar o enredo.

Lygia é uma das maiores representantes do movimento pós-modernista no Brasil. Ela explora a psicologia feminina e a vida nos centros urbanos. Suas personagens femininas são misteriosas e complexas, marcadas pela fragilidade e inquietação. Ela apresenta a realidade envolta pela sedução do imaginário e fantasia.

Recomendo este livro para aqueles que desejam iniciar a jornada pelo universo Literário da Lygia antes de mergulhar em seus romances mais densos.
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carlineeeee 02/02/2024

Triste, mas só gostei de metade dos contos, são eles:
a medalha
o espartilho
a fuga
a confissão de leontina
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Vinijclf 07/12/2022

Lindo
Mais uma coletânea de contos da Lygia lido e já posso dizer que a autora está se tornando minha autora nacional favorita, e impressionante sua capacidade de captar a essência humana com estórias, a primeira vista, tão simples.
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Geórgia 26/07/2024

Heterogêneo como todo livro de contos? alguns bons, alguns nem tanto. Tive contatos melhores com a obra de Lygia, não sei se contos são o forte da autora
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Rodolfo Vilar 21/03/2023

?"'A estrutura, quer dizer, a estrutura', ele repetia e abria a mão branquíssima ao esboçar o gesto redondo. Eu ficando olhando seu gesto impreciso porque uma bolha de sabão é mesmo imprecisa, nem sólida nem líquida, nem realidade e nem sonho. Película e oco. 'A estrutura da bolha de sabão, compreende?' Não compreendia."?
.
? Como sempre Lygia cirúrgica, precisa, que brinca com o leitor e sua curiosidade, sempre nos deixando no "e o que mais?", mas o "e o que mais" está lá, contido no texto, ou se não, a nossa própria mente como leitor completará essa lacuna. Mas também Lygia brinca com memórias, com a relação entre os personagens, com histórias que podem até ser fatídicas e que por isso mesmo se tornam mais assustadoras. Em "A estrutura da bolha de sabão" Lygia repete a sua genialidade na construção de seus contos, mas agora com um toque mais político, contendo pensamentos e falas que refletem sobre a sociedade da sua época (ao falar sobre o papel da mulher, racismo, hierarquia) mas que até hoje ainda refletem em nosso momento e que por isso mesmo se tornam importantes de serem discutidos.
.
? Quero destacar os seguintes contos: "O Espartilho", que mostra essa relação entre avó e neta, onde ambas vivem um cotidiano de quem domina quem, mas também a vivência da juventude que floresce; "A fuga", sobre um menino com asma que ao mesmo tempo vivencia um sentimento de prisão, lapso e visão de mundo diferente; e "A confissão de Leontina" que é o melhor de todos os textos que já li da Lygia até o momento e que conta sobre a vida dessa mulher que tenta ter uma vida melhor mas acaba sendo presa por uma situação x que não esperava.
,
? Todos os textos são permeados por essa sensação de vida superficial, somente a casca, essa "estrutura", que assim como a estrutura da bolha de sabão que pode ser visível mas que a qualquer momento pode estourar e voltar ao nada. Lemos sobre personagens que enxergam a vida com dúvida, com medo ou com incredulidade, fazendo com que nós leitores também nos questione sobre essa vida e sobre aqueles que fazem parte desse ciclo. Ler Lygia Fagundes Telles e mergulhar nas nossas próprias contemplações. Recomendo.
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Thales 25/04/2021

Acho que foi o livro da LFT que menos me tocou até então.
Destaco A Medalha e A Confissão de Leontina como os contos que mais gostei.
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Karamaru 25/12/2021

OS FILHOS PRÓDIGOS DE LYGIA
“Tão segura eu me sentia sendo simpática, cordial. Fácil a hipocrisia. Tão fácil a vida. Com que naturalidade eu me empenhava em conquistar as pessoas, fortalecida no meu instinto de fazer sucesso naquela roda fechada. Como era rendoso o cálculo que vinha mascarado de improvisação. Envelhecer é calcular, aprendi mais tarde.” (trecho do conto “O espartilho”)

Editado pela primeira vez em 1978 com o título “Filhos pródigos”, “A estrutura da bolha de sabão” é uma coletânea de oito contos escritos de forma magistral por Lygia Fagundes Telles. Na obra, são destacadas situações conflitantes que moldam a identidade das personagens centrais, principalmente as do sexo feminino. Movidas por sentimentos passionais ou vítimas de uma inércia debilitante, tais personagens são expostas a situações-limite.

Em “A confissão de Leontina”, por exemplo, a protagonista, devido a sua passividade excessiva e aparente ingenuidade, acaba por sofrer consequências funestas. No primoroso conto-título, por sua vez, o ciúme dita as regras; por meio de um jogo perfeito de metalinguagem, a autora conduz a narrativa – com mais sombras do que luz –, deixando grande parte do quebra-cabeça a cargo da perspicácia do leitor.

“Como todos os grandes escritores, Lygia Fagundes Telles tem a sensibilidade do toque ao esboçar personagens que vão se revelando num gesto, numa palavra. A escritora reconhece e desvenda os jogos do destino, a loucura da morte. Tem a percepção para descobrir o momento daqueles encontros improváveis, daquelas alegrias inesperadas e dos repentinos desesperos.” (Josyane Savigneau)

Assim, engana-se o leitor que logra entender a escrita da Lygia com apenas uma primeira ou única leitura – é preciso desvendar sua escrita, buscar compreender os movimentos das personagens que circundam seus textos. Ela utiliza variações de estilo e de focos narrativos, muitas vezes dentro de um mesmo conto ou até no mesmo parágrafo, induzindo o leitor a uma leitura mais atenta, após a qual, sem dúvidas, há inegáveis recompensas.

Leitura e microrresenha feitas em parceria com Carlos (IG: @o_alfarrabista).




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Miriam_Santos 31/03/2024

O único contato que eu tive com a obra de Lygia Fagundes Telles foi com o conto " Venha ver o pôr do sol", depois não li mais nada dela até agora. 

?"A estrutura da bolha de sabão" é um livro  que reuni 8 contos com personagens envolvidos em segredos, mentiras e manipulações e muito mais.


?Eu confesso que contos não são meu tipo de leitura favorita, não me envolve muito.

Dos oitos contos eu gostei no máximo 3, sei que o livro é aclamado, mas pra mim não funcionou, porém tudo bem, a leitura não é unânime. 
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Leandro257 15/04/2021

"A bolha de sabão é o amor"
Lygia é incrível, como sempre. Nessa reunião de contos, a autora busca explorar, através das personagens, os sentimentos humanos. Livro maravilhoso.
Paula1735 15/04/2021minha estante
Não conhecia... Já adicionei à lista!!


Leandro257 15/04/2021minha estante
Vc vai adorar!




Toni 18/04/2024

Leituras de 2023

A estrutura da bolha de sabão [1991]
Lygia Fagundes Telles (SP, 1918-2022)
Cia. das Letras, 2010, 184 p.

Apesar de já conhecer o conto “A estrutura da bolha de sabão” (presente em vários volumes paradidáticos, acho que o li umas 2 ou 3 vezes durante meus anos colegiais), não imaginava que ele fosse apenas uma breve amostra das tensões sociais e psicológicas que iriam caracterizar as demais narrativas presentes neste livro. Dando mais uma vez provas de sua incrível versatilidade, Telles apresenta aqui contos que vão do registro realista ao surreal, das vozes de uma burguesia paulista falida ao depoimento de uma migrante vivendo à margem da sociedade, do crime inadvertido (quiçá premeditado) à profunda mágoa de personagens presas a um cotidiano inescapável.

Diferente de outros livros da escritora, este título reúne apenas 8 contos (em quase 170 páginas), 3 deles (os melhores) quase da extensão de novelas: “O espartilho”, “A confissão de Leontina” e “Gaby”. Nessas narrativas mais longas, o aprofundamento psicológico das personagens evidencia-se pelo vai-e-vem da memória em embate constante com o que se desenrola no presente diegético (ainda que o mesmo possa ser dito das narrativas mais curtas, em menor escala e com outros dispositivos, evidentemente). Em “O espartilho”, por exemplo, que começa com “Tudo era harmonioso, sólido, verdadeiro” logo se transforma em um rosário de revelações desconcertantes de uma família tradicional (daquelas… vocês sabem) cheia de segredos. Ainda que se possa argumentar que a imagem do espartilho seja metáfora fácil de “sufocamento”, Lygia não decepciona na elegância crua de seu uso: “Quer que eu tire o espartilho”, pergunta a narradora à avó que passa mal. “Não filha, eu me sentiria pior sem ele.”

De tudo que li da escritora (neste projeto de ler cronologicamente sua obra — há uma aba aqui no perfil com todas as leituras já feitas), este talvez tenha sido seu livro que menos me impactou. Guardo, claro, imensa paixão por Leontina e pelo primeiro conto (bem curto, “A medalha”), mas para quem nunca leu Lygia e quiser começar por suas narrativas breves, reitero a recomendação de “Antes do baile verde”.
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Maria 09/08/2022

Lygia Fagundes Telles: realismo e relações complexas
Me atrevo a dizer que Lygia é uma das melhores (se não a melhor) contistas brasileiras. Nessa coletânea de contos, a autora explora as complexas relações entre os indivíduos na sociedade a partir de um realismo cru e veemente. Os contos que fazem parte da obra exercem, o tempo todo, grande influência sobre o leitor: ora estamos chocados, ora com raiva, ora emocionados. Os personagens centrais são humanamente reais e, por isso, conseguimos compreender suas motivações, ocasionando a tão agradável identificação.

Recomendo muitíssimo essa obra!
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Luiza3496 02/09/2023

Que perfeição meu Deus do céu
Um livro que me fez ter emoções boas, emoções ruins, foi uma montanha russa de emoções. O jeito que a Lygia escreve me encanta sempre!! Poderia passar minha vida inteira só lendo os livros dela, as histórias dos contos estão impecáveis, a escrita está perfeita, está tudo maravilhoso. Recomendo muito pra quem adora emoções fortes, altos e baixos durante a leitura e quem também ama a literatura brasileira.
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