Amanda 25/05/2021
Emocionante! Adorei!
Eu adoro a sensação de felicidade que me acomete quando termino de ler um livro bom. A mistura de gratidão pela leitura e nostalgia pelo fim é o que me faz começar cada livro cheia de expectativas e amar esse hábito que criei de ler. Delegado Avilar é um livro que me chamou atenção da sinopse a capa desde o início e por um motivo chamado ?ansiedade para a continuação? não havia lido antes - felizmente mudei de ideia e não resisti.
Ricardo Avilar era um homem completo, feliz no casamento, pois amava sua esposa com todo coração, e tinha o emprego dos sonhos - era delegado em Floripa. Para adicionar mais felicidade, Andréia engravidou e tudo foi crescendo. Infelizmente, a vida aconteceu e Andréia teve uma eclampsia no parto vindo a óbito. A dor era insuportável, mas uma pequena ruivinha chegou como um bálsamo para essa dor, que nunca passaria, mas que foi enterrada pelo amor pela filha. Mas desgraça pouca não existe é um dia quando foram a feira, Sofia é sequestrada e some da vida de Ricardo. Desesperado, faz de tudo para encontrá-la, até se muda ao Rio de Janeiro, onde a última pista o levou, mas não se concretizou. Seis anos se passaram e só então a esperança de reacende...
Júlia Helena é uma mulher batalhadora e nunca teve nada de mão beijada. Ganhou uma bolsa integral na faculdade de direito e estagia no fórum junto a um dos mais importantes juízes da corte carioca. Ela passou por muitas coisas na vida, mas seu coração volta a vida quando sua prima desmiolada aparece com uma linda bebê - que dizia ser sua filha Maria Lara - e deixou com ela. Talita foi assassinada e Júlia se torna guardiã e mãe da pequena que vira sua luz e a alegria da casa simples, mas cheia de gente honesta em que vive com o pai e o irmão. Quando Maria está com seis anos, tudo vira de cabeça para baixo, uma turma de policiais invade sua casa, a acusa de sequestrar a filha que tanto ama e as leva - ela presa e a menina com o conselho tutelar. E então começa toda a história.
Ricardo é um homem ferido e quando vê Júlia só consegue achar que ela foi cúmplice no sequestro de Sofia. Ele a trata muito mal, mas Júlia também não é de ficar calada, enfrenta o poderoso delegado de frente e garante seus direitos como qualquer cidadão que conheça as leis brasileiras. Com muita dor no coração, ela tenta viver sem sua pequena que também sofre de saudades da mãe. Até que um anjo chamado Dona Célia - a melhor personagem hahahahaha - sugere um acordo entre Ricardo e Júlia: eles vão morar na mesma casa pelo bem da pequena Maria Lara.
A partir daqui é aquela história de amor e superação que a gente ama e acompanha quase sem piscar. Ricardo precisa aceitar que perdeu um amor e se abrir a outro não seria uma traição. Enquanto Júlia precisa se adaptar ao novo mundo de sua filha sem deixar seus valores e preceitos de lado. Junto a tudo isso, precisam entender e viver essa química louca que os invade todas as vezes que estão juntos (e que química!). Enfim, a história é cativante, você se emociona, fica com raiva, sente amor e torce para o casal ficar junto, mesmo com todas as burradas que fazem. A tristeza e dor do começo vão se tornando amor e felicidade e cada passo é uma parte do caminho para um final feliz.
Obs.: único ponto de atenção foi que achei a autora muito superficial em relação as citações ao Morro do Alemão, da Rocinha e as localizações de casas no RJ - parecia que ela não conhecia os lugares dos quais falava (não sei se conhece ou não, estou falando minhas impressões).