Daqui Pra Baixo

Daqui Pra Baixo Jason Reynolds




Resenhas - Long Way Down


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Eduardo721 08/08/2024

No bairro onde Will mora a violência é uma constante. Todos sabem como agir quando são testemunhas de algum crime. Todos conhecem as três regras para sobreviver nessa região. Em Daqui para baixo, vamos acompanhar a jornada de Will ao tentar obedecer as regras.

Regra número 1: não chorar

O irmão de Will, Shawn, é morto e ele sabe quem é o culpado. Mas chorar é proibido, ele deve seguir as regras e lidar com a dor e a tristeza de outro jeito. Com apenas 15 anos, é difícil saber até como consolar a mãe.

Acompanhamos, então, a noite após o assassinato de Shawn, quando Will se tranca em seu quarto, que dividia com seu irmão. É nesse momento que ficamos sabendo da existência das regras e da determinação de Will em seguir todas elas.

Regra número 2: nunca dedurar alguém

O relacionamento dos moradores daquele bairro com a polícia fica claro com essa regra. Um bairro pobre, com maioria negra, não é uma população que confia nas leis para trazer justiça para o seus. A violência, afinal, é algo presente no cotidiano dessas pessoas. E ela inclui crimes cometidos por policiais.

Portanto, Will não tem nenhum interesse em denunciar o culpado. Ele pretende cumprir a risca a terceira, e última, regra.

Regra número 3: é preciso se vingar

Se alguém faz algo contra você ou pessoas próximas, deve haver vingança. E é esse o plano de Will, quando se levanta no dia seguinte a morte de seu irmão. Assim, com a arma que pertencia a Shawn, ele sai de casa e pega o elevador.

E é nesse instante, enquanto está dentro do elevador descendo até o térreo, que a maior parte da narrativa se passa. No espaço de um minuto para descer 9 andares que Jason Reynolds nos mostra, através de versos, o que se passa na cabeça de Will.


Leitor Cabuloso
RESENHACRÍTICA
[Resenha] Daqui pra baixo ? Jason Reynolds
Por Tainá Verona -15/06/20200
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Capa do livro. Um painel interno de elevador riscado e desgastado assim como os botões, que aparecem do 7, no topo, até o 1, na base. Ao lado de cada botão está desenhado em branco, também desgastado o número. O botão do 1, não mostra o número e está aceso. O painel mostra o reflexo embaçado de um homem negro. Na base à esquerda, o titulo do livro e o nome do autor.
Capa do livro. Um painel interno de elevador riscado e desgastado assim como os botões, que aparecem do 7, no topo, até o 1, na base. Ao lado de cada botão está desenhado em branco, também desgastado o número. O botão do 1, não mostra o número e está aceso. O painel mostra o reflexo embaçado de um homem negro. Na base à esquerda, o titulo do livro e o nome do autor.
No bairro onde Will mora a violência é uma constante. Todos sabem como agir quando são testemunhas de algum crime. Todos conhecem as três regras para sobreviver nessa região. Em Daqui para baixo, vamos acompanhar a jornada de Will ao tentar obedecer as regras.

Regra número 1: não chorar
O irmão de Will, Shawn, é morto e ele sabe quem é o culpado. Mas chorar é proibido, ele deve seguir as regras e lidar com a dor e a tristeza de outro jeito. Com apenas 15 anos, é difícil saber até como consolar a mãe.

Acompanhamos, então, a noite após o assassinato de Shawn, quando Will se tranca em seu quarto, que dividia com seu irmão. É nesse momento que ficamos sabendo da existência das regras e da determinação de Will em seguir todas elas.

Regra número 2: nunca dedurar alguém
O relacionamento dos moradores daquele bairro com a polícia fica claro com essa regra. Um bairro pobre, com maioria negra, não é uma população que confia nas leis para trazer justiça para o seus. A violência, afinal, é algo presente no cotidiano dessas pessoas. E ela inclui crimes cometidos por policiais.

Portanto, Will não tem nenhum interesse em denunciar o culpado. Ele pretende cumprir a risca a terceira, e última, regra.

Regra número 3: é preciso se vingar
Se alguém faz algo contra você ou pessoas próximas, deve haver vingança. E é esse o plano de Will, quando se levanta no dia seguinte a morte de seu irmão. Assim, com a arma que pertencia a Shawn, ele sai de casa e pega o elevador.

E é nesse instante, enquanto está dentro do elevador descendo até o térreo, que a maior parte da narrativa se passa. No espaço de um minuto para descer 9 andares que Jason Reynolds nos mostra, através de versos, o que se passa na cabeça de Will.

Versos que dizem muito

O fato da narrativa ser escrita em versos torna a leitura uma experiência ainda mais incrível. É uma leitura rápida, as páginas voam quase na velocidade com a qual desce o elevador. Além disso, essa forma de escrita consegue nos passar os sentimentos de Will de maneira singular.

O luto pela perda do irmão, o medo pelo o que está indo fazer, a confusão de um jovem que não sabe se tomou a decisão certa, a urgência de não ser visto. Tudo isso nos é passado em poucas palavras, com uma estrutura narrativa que prende muito o leitor. E ainda mais com uma ambientação claustrofóbica que potencializa cada sentimento.

Acima de tudo, o autor nos mostra, através das paradas que o elevador faz, a realidade daquele bairro e suas consequências para os moradores. Uma realidade que possui muitos paralelos com a vivência das pessoas negras aqui no Brasil.

Alguns dos temas tratados são: violência, racismo, falta de infraestrutura urbana e de assistência do poder público e como tudo isso gera um ciclo de agressividade do qual é difícil sair, dentro da comunidade.

Uma leitura tensa, mas tocante

Daqui pra baixo é um livro poderoso que passa uma mensagem importante. E que exemplifica pra gente que as estruturas racistas agem de forma semelhante tanto nos Estados Unidos como no Brasil. É uma leitura intensa, tensa e tocante.

Enfim, recomendo muito a todos. E, para quem procura histórias escritas e protagonizadas por pessoas negras, esse é um livro significativo.

?? Resenha feita por Tainá Verona ??
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Nanny36 24/07/2024

Ameei! Leitura rápida e fluida. Jason Reynolds em versos consegue destacar a realidade de muitos jovens negros e periféricos.
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palola1 07/07/2024

Você vem?
Um ciclo vicioso de vingança propulsionado durante anos por regras passada entre homens da periferia e da família.
7 andares para baixo, 60 segundos de escolha e 6 fantasmas do passado atormentando a mente do Will, que acaba de perder um irmão.
Realmente, é uma história emocionante e escrita de um jeito inovador, como versos, que torna a leitura muito fluida e rápida.
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Bruna.Cristina 03/07/2024

Triste
Will perdeu seu irmão para violência e ele tem que seguir as regras de onde vive. E a cada descida Will entra em contato com suas lembranças.
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Gisele 03/06/2024

Daqui pra baixo - clube intrínsecos
Escrito em versos, retrata o ciclo vicioso de vingança que permeia a vida de quem se envolve com o crime nas periferias de grandes cidades.

O autor não encerrou a história narrando se o protagonista realmente se vingou, mas levando em consideração o que aconteceu com seu familiares e amigos não é difícil imaginar.

Um retrato lamentável, mas verdadeiro.
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Tarcila 26/05/2024

Daqui pra baixo... Você vem?
7 andares, 6 mortos, 60 segundos e uma decisão... Seguir as regras e perpetuar o comportamento de uma sociedade fadada ao fracasso ou quebrar as regras e seguir em frente?

Adorei a escrita com ritmo, em versos e a fluidez com que a leitura acontece, acho que devido a narrativa ser tão próxima a realidade de muitos.

Leitura rápida e extremamente válida.
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Regii_uessler 04/05/2024

Final aberto
Lembro que li esse livro, como indicação e cada andar que passava eu criava uma teoria sobre, e no fim fiquei sem o final porque varia do entendimento de cada um, eu e minha colega discutimos sobre. É um livro que vale a pena ser lido, vale a experiência.
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leiladavitoria 01/05/2024

Reflexivo
Livro com uma história forte e impactante, um ciclo... Me deixou muito pensativa e reflexiva. Achei que não iria gostar da forma como ele foi escrito, mas amei.
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Nat 30/04/2024

Pesado
Uma leitura rápida mas pesada, um retrato de muitas realidades. Não sou fan de livros narrados dessa forma, mas me surpreendi com essa, quero conhecer outras coisas do autor. Recomendo a leitura.
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Tsuki 24/04/2024

Amei a dinâmica desse livro, a escrita em versos parece que intensifica a forma com que a história é contada, tornando mais atraente e dinâmica, apesar de triste...
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