Diário de um Ladrão

Diário de um Ladrão Jean Genet




Resenhas - Diário de um Ladrão


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Cássia 08/12/2010

O grande inconveniente do livro são as incursões de Genet sobre o que ele supõe que o leitor está pensando ao ler seu texto e o modo irritante como confronta o leitor diversas vezes à respeito de questões morais. Ele deixa de relatar suas memórias pra fazer essas considerações. Eu até compreendo o que ele quis com isso, mas às vezes suas palavras soam muito vazias.

No mais, o livro é uma experiência encantadora. E depende do sentido que você dá a essa palavra. O roubo, a traição e a homossexualidade (como o próprio Genet define as três temáticas principais do livro), a total escatologia moral sendo tratados com um lirismo que faz os seus olhos brilharem. *_*

Claro que Genet busca com a exaltação dessas deformidades morais (e note que estou falando em relação ao contexto histórico do escritor) como forma de combate à hipocrisia e aos valores estabelecidos.

Muito legal mesmo. Mas ainda prefiro O Balcão.

Hbve 29/11/2021minha estante
Queria ter tido essa experiência que você teve com essa merda




Pepê 03/03/2020

Diário de um ladrão é para poucos
É o segundo livro que leio de Jean Genet, o primeiro foi Querelle. Gostei da leitura sem pudores em retratar a afetividade, sexualidade de homens gays e daqueles que não se identificam como tal no submundo do crime.
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Anderson 16/02/2013

Uma literatura forte,Genet nos convida para o seu banquete.Mais nao espere beleza formal,sua beleza esta escondida nos subterrâneos das docas,no roubo.Enfim Genet é belo mais é para poucos.
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Isa 12/01/2021

Uma história que nunca pude compartilhar, aguardo amigues paula, gustavo e marina
belares 12/01/2021minha estante
Meta de 2021


belares 12/01/2021minha estante
Aguarde logo logo vai subir notificação @isa




Joao.Paulo 14/07/2020

Tentativa de eternizar o passado
Como um diário que é escrito após os eventos ocorridos, Genet busca dar um sentido aos seus atos anteriores com seu conhecimento ‘’atual’’. Isso não é segredo para ninguém, o próprio Genet confessa no meio do ‘’diário’’ seu desejo de transformar o passado, não os atos em si, mas seus significados, em algo presente.
Mas ele não se contenta em estabelecer o seu presente, Genet está em uma busca do objeto artístico, do objeto perpétuo, a sua (também explicitamente colocada) santificação. Mas essa eternidade só pode ser dada de uma relação complexa, humana, envolvendo questões morais e religiosas. É um livro que explora essa complexidade da auto-organização do ser humano como indivíduo, como ser expurgado da sociedade e que busca dar sentido a sua individualidade.
Ps: não consegui me localizar muito bem nos aspectos morais que o Genet tanto fala o longo do livro, mas acaba que não tive muito interesse nisso de qualquer forma.
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Alan.Nina 06/05/2020

Impactante relato gay
Não é uma leitura fácil, sendo muito abstrata em algumas passagens, bem como não linear.
Mas se você ler esse diário como deve ser lido, memórias afetivas, crônicas do dia a dia, experiências, e não exatamente como uma história linear, você vai sentir a potência que é este livro. Pesado em algumas partes, erótico, excitante.
A mim, serviu para demonstrar que os desejos não devem seguir um padrão, embora eu questione algumas posturas do autor (pois o livro é biográfico), especialmente sobre seus vícios em furto, que eu abomino, não se pode negar que o campo do desejo carrega um mistério próprio.
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FellipeFFCardoso 18/03/2024

O autor, quando escolhe sobre o que narrar, tem autonomia e consciência (de si mesmo, enquanto sujeito, e também daquilo que sua escolha representa) e as usa como poder, o que garante a liberdade de sua escolha e reafirma a existência (sua e do sujeito narrado). A marginalidade retratada por Genet, neste livro, ratifica sua posição histórica, ética e estética.

Genet repele, à sua época, padrões morais e sociais para, de certa forma, reafirmá-los, pois tudo é uma questão de escala nas estruturas sociais: enquanto olha para o contexto geral, sua narrativa leva o leitor a enfrentar a miséria da condição seu narrador (humana) e, à medida que o faz, nos traz sua marginalidade sociopolítica, dando-nos dimensão da miséria de sua posição (ladrão).

Ainda que o tempo e a geografia mantenham essa marginalidade limitada ao contexto, o livro de Genet não deixa de nos apresentar um caminho que ele mesmo percorreu para reapropriar de si mesmo e de sua história diante das normalizações que a própria estrutura social propõe como forma de redenção. Nem autor, nem seu narrador querem ser salvos, porque não há necessidade.

No entanto, como a história nos apresenta, esse processo é difícil pois os mecanismos que usa para tal reapropriação são fornecidos pela mesma cultura que impôs sua negação, como a linguagem, as estruturas sociais, a ética. Para o autor, a traição, o roubo, a própria homossexualidade sabotam ao sistema quando faz o dominante admitir aquilo que lhe é marginal como parte de sua própria existência.

O autor, que se envolveu com o ativismo político de esquerda que levou aos eventos de Maio de 1968, na França, já faz, neste livro, uma espécie de manifesto contra aquilo que o poder capitalista patriarcal tem como pilares: o direito de propriedade (afinal, o gozo da realização do narrador está no roubo), o trabalho como única condição dignificante e a obediência social, tendo a sexualidade grande subversão.

É importante dizer, por outro lado, que não me escaparam questões complexas em qualquer sociedade, porém ainda mais em relação à francesa: o racismo e a objetificação sexual de pessoas pretas, um certo grau de nacionalismo (que até pode ser sarcástico, de certa forma) e, ainda que a conteste, a homofobia e a padronização do que é digno de desejo, de interesse humano.
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Carol 22/04/2015

Clássico
Clássico da literatura beat, Genet nos convida a visitar a miséria o deplorável humano que tateia o submundo em busca de alguma satisfação. Amo.
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04/10/2012

HORRÍVEL!
- Nem consegui chegar na metade.
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Winner 13/03/2017

Presente de um amigo
Apesar da narrativa suave, irônica e por vezes engraçada, não achei o livro arrebatador. Considerando a biografia do Jean Genet, parece ser autobiográfico.
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Hbve 29/11/2021

Só um comentário pra eu lembrar de nunca mais ler esse lixo.
Um lixo. Muito arrependimento de ter pegado esse livro pra ler. Li uma curta resenha desse livro, que dizia mil maravilhas. Que o autor escreve bem, e conseguiu transcrever perfeitamente de uma maneira bela a sua vivência sendo um mendigo, e homossexual. Nas resenhas falam sobre a descrição de suas relações. Acontece que, o livro é uma merda, é um insulto aos gays. O autor é OBCECADO por homem escroto, enrustido e estúpidos. E ele enrola demais pra falar sobre uma situação, e eu acabo me perdendo na história.
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