Mar 12/08/2024
Da análise à adoração
Não se pode culpar Stein de muitas de suas opiniões e hipérboles sobre a pessoa Picasso quando já inicia afirmando a grandeza da amizade com o artista. Apesar disso, torna-se cansativo o como sua análise rica, repleta de analogias e ponderações sobre sua época, é contaminada por uma imagem endeusada do amigo. Picasso, sendo sua pessoa a problemática que é na atualidade ou não, era apenas uma pessoa. Em 2024, é complexa e polarizadora uma leitura sobre as artes que ainda subscreve à ideia de gênio.
Ainda assim, a leitura é estimulante. Stein olha para Picasso e sua época, e outras épocas da humanidade, de forma clínica mas também poética. Acaba por ser uma ótima forma de compreender um pouco sobre como olhar para e pensar a arte.