Lia Gabriele 14/12/2020Uma leitura leveEu sempre achei o Morten Harket uma figura interessante. Falava pouco de si mesmo e parecia não gostar muito de holofotes. Como o A-ha marcou minha adolescência, fiquei bastante curiosa para ler o livro.
Durante a leitura, tive a impressão de que ele mais esconde do que revela. O músico é bastante direto e claro no que ele acha que interessa: a formação da banda e como tudo começou, além do momento em que as coisas começaram realmente a acontecer para o trio.
Em termos de vida pessoal, me parece que ele adotou uma postura política e cautelosa: guardou suas impressões para si, tanto de pessoas quanto de eventos. Nas poucas vezes em que seus pontos de vista não são camuflados, como na questão ambiental, uma personalidade bastante interessante é revelada.
De uma maneira geral, gostei da leitura. E o posicionamento ambíguo do autor ao longo da obra tornou sua essência um pouco mais instigante.
Há reflexões interessantíssimas sobre a natureza da fama e as multidões. Uma boa leitura para os fãs da banda, dos anos 80 ou curiosos em geral.