O mal-estar na civilização

O mal-estar na civilização Sigmund Freud




Resenhas - O Mal-Estar na Civilização


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iara 13/01/2022

Livro curto, mas denso.
Para entender tudo o ideal é buscar outras fontes e críticas literárias. Mas uma ótima discussão sobre felicidade e o que causa o mal estar na civilização.
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Vitor.Stenner 17/01/2022

Seríamos Freud e eu? a mesma pessoa?!
Na realidade eu achei que esse livro fosse mudar a minha vida mais do que ele mudou, porém pretendo e preciso revisitar a parte em que ele discorre sobre as origens da culpa, e amei ler que, para Freud, ela é a grande causa do mal estar na civilização, porque eu me sinto exatamente assim desde sempre; tendo episódios de culpa paralisantes que atrapalham a minha vida.
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Mariah 24/03/2022

"Com isso deixamos nossa vida sexual no casamento em condições difíceis, provavelmente tendo contrariado a benéfica seleção natural?"
De fato, o mal-estar na civilização é mais esteticamente agradável que o mal-estar da cultura. Digo isso, pois tive a impressão que foi o vocábulo mais lido, o agente, o vilão, como quando em uma ditadura precisam criar um inimigo em comum, a ponto de quase ser possível interpretar a cultura como personificada na obra. Assim, se personificada, como monstruosidade à felicidade do homem moderno: um vilão com o poder de deixar os homens neuróticos quando não são capazes de cumprir suas exigências. Quase que uma esposa que exige demais ao escutar gritos de seu amado perguntando se ela quer deixar ele maluco, se faz aquilo de propósito. Coisas comuns do mal-estar de nossa civilização. De antemão, além do trecho da neuróse no homem, outra parte de destaque para mim foi quando aborda a criação de problemas para resolver problemas, habito da humanidade, como aparece mais comumente na mídia com a problemática de um dono de fazenda que tem uma infestação de um animal x como praga e compra animais y para comerem o x mas o y que vira a nova praga e assim em ciclo. Esse tema delicado, ele trata colocando a baixa da mortalidade infantil fato comumente positivo, mas o colocando em óptica negativa.

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“Não significa nada a medicina ter conseguido diminuir a mortalidade de recém-nascidos e ter reduzido em grande medida o risco de infecção das parturientes, a ponto de se ter reduzido em grande medida o risco de infecção das parturientes, a ponto de se ter prolongado consideravelmente a vida média do homem civilizado? E poderíamos ainda acrescentar toda uma série de tais benefícios, que devemos à tão vilipendiada época de progressos científicos e técnicos — mas neste ponto se faz ouvir a voz da crítica pessimista a advertir que a maioria dessas satisfações seguiu o padrão do “contentamento barato”,(…) E de que adianta ter reduzido a mortalidade infantil se justamente isso nos obriga à máxima contenção na produção de filhos, de modo que, tudo somado, não criamos mais filhos do que nas épocas que antecederam o império da higiene, mas com isso deixamos nossa vida sexual no casamento em condições difíceis, provavelmente tendo contrariado a benéfica seleção natural?”
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Já adentrando na leitura, em algum momento se dará de cara com esse trecho, o qual não tenho nada a acrescentar, apenas a destacar. Há um exagero, mas um exagero engraçado de ser lido, um daqueles que desperta, mesmo que seja apenas uma opinião mais pé no chão, ou até menos negativa.

Além disso, Freud, ao afirmar: “…ou que era proibido — a seus desejos. Pode-se então dizer que esses deuses eram ideais da cultura. Pois agora de tal maneira ele se aproximou da realização desse ideal que ele próprio se tornou um deus. Isso, contudo, apenas uma vez que, segundo o juízo universal dos homens, tais ideais podem ser alcançados.” da atenção a um ponto que pesquisei e não tive resultados de qualquer conexão com o tal god complex, surpreendentemente.

Outros bons cortes que marquei:

"entre sentimento de culpa e a nossa consciência [bewubbtsein]" ...lembrando que em questão se trata da consciência no sentido epistêmico, pela qual se sabe o que se esta fazendo ou pensando. Justamente a: [bewubbtsein].

'Os doentes não nos dão crédito quando lhes atríbuímos um “sentimento inconsciente de culpa”'

“falar de angustia consciente ou — se desejamos ter uma consciencia moral psicologicamente mais limpa, uma vez que a angustia é em principio apenas uma sensacao — de possibilidades de angustia.” —> culpa como demanda erótica.

'A ética assim chamada “natural” nada tem a oferecer a não ser a satisfação narcísica de poder se tomar por melhor que os outros.'

[...] destino da espécie humana como perturbação de convivência representada pela agressividade e pela pulsão de "autoaniquilamento"

“poderes celestiais” = O Eros eterno.

_______ Sobre o Eros no livro.

Ao dizer “libido, pode novamente se aplicar às manifestações de força de Eros, para distingui-las da energia da pulsão de morte. Deve-se admitir que para nós torna-se tanto mais difícil compreender a energia da pulsão de morte, que divisamos” destaca um empecilho: a compreensão da energia de pulsão de morte diante da libido como manifestação do Eros, na pós-modernidade. Problema que estudarei apenas no futuro, então por enquanto vou segurar meus dedos nessa escrita.

_______ Por que 03 estrelas?

Uma obra que da muitas voltas, como ele mesmo diz, fala obviedades no inicio, tanto que quando li "Até agora, nossa investigação sobre a felicidade não muito nos ensinou além do que era de conhecimento geral." na página 41, me trouxe alivio.
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Vitor Y. 30/03/2022

Clássico para refletirmos (com ponderação)
Surpreendente a escrita de Freud. Claro e ponderado. Um pouco rebuscado e tenso , é verdade, mas tem uma clarividência admirável.

Embora o livro seja antigo - o que nos força a observar o contexto da época (ainda pós primeira guerra), achei o livro muito bom.

É preciso ler com visão crítica e não absorver tudo o que é dito. É preciso um pouco de ceticismo frente aos seus pensamentos.

Outro ponto que vejo é que existem passagens um pouco ?polêmicas?. Mas, como eu disse, ele é muito ponderado e faz inúmeras ressalvas.

Portanto a minha grande conclusão é que frases soltas do Freud são muito suscetíveis a uma interpretação supérflua e equivocada. É preciso ler com calma e paciência, sempre esperando as perspicazes e inteligentes ressalvas ao longo do texto.
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Hinata Oliver 19/05/2022

Por que somos infelizes?
Apesar do livro ser curto a leitura é intensa, com várias ideias de Freud que nos faz pensar sobre a sociedade e qual é esse mal que vem nos assolando.
O mal estar na civilização nada mais é que essa crença quanto ao que é estipulado normal e aceitável, fazendo pessoas que não se encaixam nos padrões criarem neuroses e o tão comum juiz interno, o Super Eu.
O problema é que a sociedade está exagerando nessas normas, tornando todos tão infelizes.
Por que uma família com um homem, uma mulher, dois filhos e um cachorro é o único tipo de família aceitável? Dois homens não podem constituir uma família? Ou duas mulheres? Ou uma
pessoa não pode preferir ter e criar um filho sozinha? Ou um casal não pode preferir não ter um filho?

Leiam esse ensaio, é muito bom, pretendo ler novamente pra entender ainda mais já que sou bem leiga no assunto e li só por curiosidade.
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Jazz 09/06/2022

Muito bom?
Leitura obrigatória para estudantes de psicologia.
Comecei a ler por conta da faculdade e me vi cada vez mais envolvida.
Certos pontos fiquei com dúvida, é uma leitura pesada, não tem como evitar.
Todavia, acredito que tenha me ajudado muito a entender a matéria atual e muitos pensamentos do autor.
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Forest 10/06/2022

Ler este livro, foi como ouvir uma sinfonia: Um deleite.
Esta obra é genial, de cabo a rabo! Um verdadeiro clássico do pensamento humano. Não falarei sobre os conceitos de psicanálise (que são muito conhecidos e muito difundidos) que o livro apresenta. Limitar-me-ei a falar sobre o processo de diálogo que se pode estabelecer com esse belo e profundo trabalho; ele fornece um uma lente analítica de poderoso alcance. Nessa leitura, você poderá compreender muito daquilo que já intui (já intui, se estiver ativamente se ocupando com a tarefa de diminuir a alienação natural da vida, é claro) sobre o que há de "estranho" na realidade em que vivemos, de maneira magistral e absolutamente clara - Freud realmente sabe escrever! É além de uma leitura profunda, uma leitura muito gostosa.
Se deseja ter uma experiência de longas e profundas reflexões, de aprimoramento da capacidade Analítica, de conscientização da condição humana total (e não apenas aquela parcela exposta pelos meios culturais), então este é seu livro, seu momento.
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bruna 14/06/2022

o mal-estar na civilização
Não sei bem como fazer uma breve resenha desse livro, não me sinto preparada para avaliar esse livro. Freud é? Freud.

Apesar de curto, é um texto muito duro, com certo teor pessimista e muito importante para uma reflexão sobre a nossa sociedade tanto no século XX, quanto no século XXI. Recomendo ter algum conhecimento prévio sobre a teoria psicanalítica freudiana, pois em alguns pontos ele é muito teórico e traz muitas explicações psicanalíticas, que podem ser um tanto confusas para aqueles que estão lendo esse livro como o primeiro contato com as obras de Freud.
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Hellida.Pereira 24/06/2022

Uma leitura ok.
Para quem quer ter uma experiência leve sobre certos assunto que é abordado na psicanálise, é bem interessante ler esse livro.
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Marcelo 27/06/2022

Resenha publicada no Booksgram @cellobooks ?
Nessa obra Freud categoriza o homem em relação aos animais a partir da civilização. Para ele, é justamente esse elemento que dá identidade própria para a humanidade.

Contudo, Freud não faz separações entre civilização e o conceito de cultura. O nosso modo de vida é designado por nossas próprias vontades e escolhas dentro dos mais variados ambientes. Isso inclui o afastamento da nossa natureza instintiva.

Segundo Freud, existiria uma tendência primitiva e bárbara do ser humano de buscar, de forma instintiva, a satisfação do seu prazer a qualquer custo. Isto ocorreria desde o início da nossa infância, quando a instância denominada id se sobressai em nossa vida psíquica.

Com o passar do tempo, ainda na infância e começo da adolescência, observamos que existe também o elemento de prazer que é oriundo da vida social. Ou seja, vamos percebendo que a convivência com outras pessoas pode nos gerar satisfação, na forma de prazer e proteção. É quando o superego se desenvolve em nossa psique, trazendo-nos noções morais e de convívio social.

Apesar de ser uma privação de parte de nossa satisfação, o convívio social é, segundo Freud, uma conquista civilizatória ou cultural. Afinal, existem benefícios que o indivíduo retira das relações humanas: o aprendizado, o afeto, a alimentação, a proteção, a arte, a divisão do trabalho etc.

Assim, não é possível impor desejos sexuais contra a vontade de um(a) parceiro(a), nem é possível exercer uma agressividade mortal contra alguém, sem que o sujeito agressor sofra uma punição.

Freud fala que existe esse controle para que possamos viver em sociedade. Nisso, se a religião se extinguisse, outro sistema com características semelhantes seria criado. Ou seja, ao mesmo tempo em que quer se libertar, o homem cria freios a si mesmo.

Freud expõe também a ideia do sentimento de culpa. Por causa de uma tensão entre Ego e Superego, se alimenta uma necessidade de punição em si mesmo. A culpa advém de duas origens: medo de uma autoridade exterior e também medo do próprio Superego.
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MaurAcio.Garrido 29/06/2022

Por que achei só bom?
Então, eu tenho muita dificuldade de absorver quaisquer conteúdos. O esforço é tremendo. E nesse caso eu me prendi a algumas passagens somente...

"Atualmente os seres humanos atingiram um tap controle das forças da natureza, que não lhes é difícil recorrerem a elas para se exterminarem até o último homem."

Coisas assim já me impactam...

Eu precisaria reler muito e também ter uma base um pouco mais sólida de alguns conceitos aqui tratados...

Pra quem manja do assunto, acho que vai curtir.
Pra mim, que sou leigo e lerdo, curti!

Recomendo!
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Kalliny 06/07/2022

O mal - estar na civilização
Freud apresenta-nos a angústia derivada da relação do Homem com o mundo frente aos reclamos dos instintos. Discorre sobre a preservação de todas as fases anteriores vividas pelo ser humano e, desse modo, o autor sustenta que o passado está preservado em nós. Concorda com a indicação de Romain Rolland, um amigo seu, que lhe explana a questão da existência de um ?sentimento oceânico? para explicar a fonte da religiosidade, o qual é subjetivo e que todo ser humano, religioso ou não, o tem. Apesar de Freud concordar, destaca que este sentimento tem sua gênese no sentimento do ?ego?.

Necessita-se de um propósito para viver, sem ele a vida perde o seu valor; desse modo a religião consegue assumir esse papel. O Homem busca constantemente a felicidade,. A decisão do propósito de vida é da ordem do princípio do prazer e o nosso aparelho psíquico é dominado por ele desde a primazia do ser. Entende-se que a felicidade é uma satisfação repentina das necessidades represadas, entretanto, quando da permanência da felicidade, o contentamento torna-se frágil.

Vale salientar que, para Freud, a felicidade é um projeto imposto pelo princípio do prazer e que os caminhos para a felicidade existem, mas não são tão seguros.

O autor, destaca a preocupação com a natureza e alega que jamais ir-se-á controlá-la por completo e pontua que o corpo também integra esta natureza. A civilização, segundo o autor, é a responsável pela desgraça da humanidade; se não fôssemos civilizados seríamos primários, viveríamos sob o princípio do prazer e aí seríamos felizes.  A felicidade é, na sua essência, subjetiva.

A civilização exige beleza, limpeza e ordem, inspirada na natureza. Quanto mais ideal, religião e filosofia, maior é o índice de civilização. A civilização regula os relacionamentos sociais e, caso eles não existissem, os instintos primários destacar-se-iam.
Quando o Homem primevo passou a conviver numa vida comunitária, formaram-se as famílias, que sobreviviam pelo trabalho, descobriu-se o amor genital e, com ele, intensas experiências satisfatórias. A descoberta do amor funda e alicerça o conceito da família.  Amor-genital formando famílias e o amor-afeição formando amigos.

Temos inclinação da agressividade perante aos outros e conosco, isto nos perturba muito ao nos relacionarmos com os demais. É difícil amar aquele que não conheço. É difícil manter o ensinamento ?amar o próximo como amas a ti mesmo?. Quando essee proximo mas satisfaz a minha agressividade, submetendo-o a diversos papéis, como: trabalho escravo, abuso sexual, roubo, humilhação, sofrimento, tortura, morte, etc.; as paixões do instinto são maiores que qualquer outro interesse

Sempre haverá a destruição da natureza para a construção da civilização. O homem primitivo achava-se mais confortável por não conhecer as restrições do instinto, por outro lado, o Homem civilizado abriu mão de uma parcela de possibilidapossibilidades de felicidade por uma parcela de segurança. O controle da natureza pelos Homens deu-lhes o poder de exterminá-los, este é o principal mal-estar na civilização traduzido por inquietação, infelicidade e ansiedade.

Após a leitura da brilhante obra de Freud coloco 2 questões:
1. Naquele cenário do início dos anos 30, o homem civilizado trocou uma parcela de suas possibilidades de ser feliz por uma porção de segurança, renunciando ao princípio do prazer e aceitando o princípio da realidade obedecendo aos preceitos impostos pela civilização, agora, refletindo sobre o novo cenário, ou seja, 77 anos após a escrita de Freud, depois da II Grande Guerra, da guerra do Vietnã, da guerra fria, do crescimento do terrorismo, da queda das torres gêmeas, dos ?Big Brother? e a troca do privado pelo público, da globalização, enfim, diante de tantas mudanças, quer dizer, evoluções históricas, lembrando Zygmunt Bauman no livro ?O mal-estar da pós-modernidade? pergunto: as perdas e ganhos trocaram de lugar, pois hoje homens e mulheres estão trocando aquela parte de  de possibilidades de segurança por uma grande parte de liberdade?

narcisismo estaria no comando da civilização ?
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