A Trindade

A Trindade Santo Agostinho




Resenhas - A Trindade


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Milena.Bessan 06/05/2022

Que caos
Bom, não posso negar a importância dessa obra pra doutrina católica, mas pra quem não é dessa doutrina, ler a respeito disso é um caos bem generalizado, tem que ler isso de maneira muito aberta.
Mas é um livro um tanto quanto enrolado, é um livro inteiro tentando explicar a questão do pq é "Pai, filho e espírito santo".
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Filino 13/12/2023

Uma obra de máxima grandeza do pensamento agostiniano
Não seria exagero dizer que, nessa obra, o pensamento filosófico-teológico de Agostinho está devidamente condensado. Com efeito, ainda que discorra acerca de um tema específico (e espinhoso), qual seja, a Trindade, o Bispo de Hipona apresenta, nessas páginas, os pontos centrais de sua reflexão. Aqui estão presentes, por exemplo, a crítica dirigida aos acadêmicos - que, segundo Agostinho, cairiam em contradição ao negar qualquer espécie de conhecimento, se renegassem que vivem. Afinal, quem duvida, está vivo. Igualmente, se fazem presentes alusões à graça, imerecida por parte dos homens, e o modo como o Filho, inocente, resgatou os homens do pecado.

Mas o ponto principal é, mesmo, a trindade. Agostinho se esforça em demonstrar que Deus é uma substância em três Pessoas distintas, e que a diferença entre elas diz respeito à relação, e não à essência. O autor reconhece que o tema não é de fácil compreensão. E a fé é um veículo que auxilia à compreensão - se não credes, não compreendereis.

Cerca de metade da obra tem cunho eminentemente teológico; a outra parte, ainda que não dispense esse conteúdo, também apresenta um aspecto filosófico, notadamente no que diz respeito ao que chamamos hoje de teoria do conhecimento. E aqui Agostinho se volta para uma reflexão acerca da alma humana, o elemento que traria, em si, a imagem (ainda que confusa) da trindade. A memória, a inteligência e o amor, além de outros aspectos igualmente trinos, auxiliam na compreensão do que seja a trindade - e isso é frequentemente retomado pelo Bispo de Hipona. A diferença estabelecida entre ciência (dirigida às coisas temporais) e sabedoria (que se relaciona à contemplação de Deus) também é rica e marcante.

A edição merece um comentário particular: as inúmeras notas a cada um dos 15 livros que compõem a obra são um excelente manancial de informações e esclarecimentos para o leitor. É praticamente um escrito complementar ao texto de Agostinho. O único "porém" é a falta de uma revisão mais acurada. Os erros de digitação e pontuação são extremamente frequentes. Tirando isso, é verdadeiramente um clássico numa edição a ser desfrutada e revisitada.
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