MiojoGeek 20/08/2019Castanha, aqui nessa hq, é do Pará, mas poderia ser do Rio de Janeiro ou de São Paulo que seria um retrato bem traçado da realidade de muitos adolescentes que vivem a margem da sociedade constantemente sendo julgados pelos olhares transeuntes de quem vê sua existência como fonte de constante ameaça.
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Inspirado no conto "Adolescente Solar", de Luizan Pinheiro, Castanha do Pará, foi adaptado pelo professor de artes e comunicação Gidalti Jr. que optou por uma linguagem coloquial para criar uma atmosfera de proximidade com a realidade e o cotidiano.
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Castanha era menino quando rotineiramente via sua mãe sendo agredida de todas as forma pelo seu padrasto, até que decidiu cair no mundo.
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Entre pequenos furtos para se alimentar, e delírios de uma mente sem perspectiva que sonhava em ser herói, ou jogador, Castanha corre, apanha, e tem das ruas apenas repulsa e falta de empatia.
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Sua vizinha é quem nos conta um pouco da história de sua família. Sua avó, aguarda todas as tardes o retorno do Neto, que foi apenas o que lhe sobrou depois que a filha matou o genro e fugiu. A vizinha, passa a relatar a polícia o que "sabe", e assim, tomamos conhecimento do que levou o menino às ruas.
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Castanha do Pará, é o retrato, e um apelo a empatia. Uma história que acaba se multiplicando Brasil a fora, e que carece de um olhar mais sensível da população a esses meninos e suas histórias para que sua vida tenha propósito e amor.
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Minha nota pra essa hq é 10/10.
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