Sox 16/01/2023
Oque houve antes de um mundo virar um pandemônio, é a história contada em Cortem as cabeças. É facilmente comparado ao que acontece no cotidiano atual, presos em bolhas, controlados pelo que a mídia libera ou pelo que ela é autorizada a divulgar. O controle é absoluto, uma mentira se propaga em velocidade absurda como o vírus citado no livro, uma frase mal interpretada pode tirar vidas, e de forma constante todos fecham os olhos pra isso.
A cada dia é dada menos importância ao que acontece na "casa do vizinho" por assim dizer, apenas quando é tarde as pessoas tendem a se dar ao luxo de dizer com um falso pesar e palavras bonitas que gostariam de ter feito algo diferente, de ter tido a oportunidade de ajudar, mentira, ultraje seria a forma mais educada de chamar isso se não de hipocrisia, digo por mim e por muitos que vejo fazerem igual, é tão mais simples fechar os olhos, claro se a pimenta não for cair em seus próprios olhos afinal "pimenta nos olhos dos outros é refresco". A visão arcaica de que não se deve meter o pentelho na vida alheia já deixou e ainda irá deixar muitos feridos, em guerras, discussões ou meras injustiças, será mesmo que o mais fácil é deixar acontecer sem se posicionar?
A cada página, a cada história é possível descobrir como tudo estava de certo modo conectado, todos os personagens tiveram seus papéis e mesmo que jamais venham a saber disso é impossível ignorar que alguma influência ocorreu, seja ela por conhecidência ou pela mera esperança de encontrarem pessoas com objetivos comuns.