Anelise 17/04/2020
Resenha: Meia-noite sem estrelas
Meia-noite sem estrelas se passa num universo distópico, onde acredito ser o Brasil - porque o nome do lugar é Brax - num distante futuro, onde uma substância na água consumida pela população acabou gerando mutações e os jovens ganham poderes, dos mais variados tipos.
Alguns desses jovens - para não dizem todos - são levados a centros de treinamento e lá eles são torturados até manifestarem seus poderes. Alguns o fazem porque acreditam no sistema, outros são levados a uma caixa onde ficam por longas até que algo se manifeste. E o pior, todos os outros assistem. E dá para saber bem quem revelou seus poderes, pois eles usam luvas diferentes, além do próprio uniforme com uma numeração.
A história é focada no Meia-noite, sob o ponto de vista dele. Ele acaba sendo meio isolado por ter medo de muita coisa, odiar o sistema e também saber que o seu poder é letal a quem atinge e o que podem fazer quando esse poder for revelado. Não vou contar o que é porque é um spoiler gigante da história.
E nos seus dias no centro, ele conhece Kyo, que é mais um dos jovens ali. Ele tenta uma aproximação e consegue, e o apelido de Meia-noite é dado a nosso protagonista por ele.
E nesse meio acontece um monte de coisa, eles veem uma amiga sofrer na câmara, aplicam uma pegadinha num dos treinadores e acabam se metendo numa briga.
A história logo desanda porque o relacionamento amoroso entre os jovens é estritamente proibido.
Eu gostei muito do universo criado pela autora, dava para escrever um livro bem mais com todos esse universo. O Meia-noite e o Kyo são apaixonantes e muito lindos juntos.
E a mesma coisa que aconteceu com o Ilha dos Perdidos e que me incomodou, mas não chegou a estragar a história, é que o lemon acontece - a cena de sexo - mas é narrada superficialmente, ou melhor, apenas citada. Pelo menos menos tem a ilustração interna para consolar meu coraçãozinho de fujoshi sofredora.
A história tem uma pegada dos yaois dos anos 80/90, com sofrimento, tramas complicadas e os protagonistas raramente ficando juntos. O final me deixou destruída por dentro. De verdade!
E quero ressaltar que o Kyo é o melhor personagem dessa história, adoro como ele é misterioso e carismático.
Enfim, mais do que recomendo a leitura de Meia-noite sem estrelas. Um yaoi do jeito as fujoshis gostam!
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