Auristela 05/01/2024
ACASO EU RESOLVA DEIXAR DE SER CHATA
Ontem à noite encerrei a leitura de REBELDES TÊM ASAS, de Rony Meisler e Sergio Pugliese.
Começo com a digressão de uma chata:
Até eu me surpreendo ao me ver com um livro tão “novo” assim em mãos, ano de publicação 2017, e explico o óbvio: há mais livros para ler neste mundo do que horas disponíveis para os ler.
Te dou este de presente se encontrar para mim um exemplar de ¡No más ventanas rotas! : cómo restaurar el orden y reducir la delincuencia en nuestras comunidades (*), de George L. Kelling e Catherine M. Coles, vinte anos mais velho, só porque eu ‘acho’ que a ideia central daquele livro, la teoría de las ventanas rotas, bem aplicada lá naquela rua escura e triste, teria mais impacto que o 1P5P da Reserva. Se eu tivesse que escolher, preferia ter aquele livro, a este, na minha prateleira.
Pare de ser chata, criatura!
Sim, estou indo por um mal caminho. Não se despreza um livro assim. Rebeldes têm asas é, como posso dizer… bem bonito. História parecida com a que encontramos no livro A MARCA DA VITÓRIA, de Phil Knight, com a vantagem de esta marca ser brasileira.
No livro acima acompanhamos a ascensão da Nike (#nike), marca que cresceu sendo financiada por bancos e fornecedores, cento e dez por cento. Significa que os empresários deviam tudo, e as roupas do corpo, na maior parte do tempo.
Já em Rebeldes têm asas vemos nascer a marca Reserva (#reserva), construída com capital próprio, integralmente. O Novo Grupo se apropria de tudo que há de bom na administração de varejo já mapeado: terceirizar o que for possível; estoque mínimo; reinvestir no negócio para fazê-lo crescer; o que há de bom no modelo startup; uso de tecnologias; mapeamento de reações do consumidor; a pegada social; importância da cultura empresarial; etc. Sem contar que o livro é praticamente uma revista online, recheada de fotografias, dezenas de códigos de resposta rápida (QR Code) para apontar a câmara do celular e acessar mídias, letras e páginas coloridas, chatice zero.
Balanço da história:
Se um dia destes eu deixar, de vez, de ser chata, culparei a bioluminescência das pessoas que movem um negócio deste tipo, por terem contaminado as minhas antiquíssimas referências. Fica aqui meu muito obrigada à galera da Faraco (crias do contador Jaison D. Alves), exemplo de escritório de contabilidade nada chato, na nossa cidade, que todo dia me inspira. Li Rebeldes têm asas por recomendação deles no LinkedIn.
(*) Não encontrei edição com tradução para o Português.