Modesto 12/10/2018
Basilar
Recomendo como bê-a-bá para compreender o período de auge e início do ocaso lulista. Uma disposição que separa em sete grandes partes, com um artigo redigido por cada militante, intelectual ou artista de esquerda e seus devidos campos de atuação na sociedade civil sobre o que foi, deixou de sê-lo e, por conseguinte, poder-se-ia os quase 14 anos de governo petista.
Exala um quê de incompletude, o que é tolerado haja vista o curto espaço de desenvolvimento do material e sua proposta com o leigo. Sem embargo, a quem como eu que (não) possuía deficitária memória do período, é um fecundo preâmbulo a aprofundamento ulteriores.
De Singer --- pai do termo "lulismo" ---, perpassando por Valério Arcary a expoentes congressuais --- friso Jean Wyllis, Chico Alencar, Luciana Genro e nosso presidenciável Boulos ---, os cinco mil dias são dilucidados e os porquês da hegemonia às avessas e a conciliação de classes ser sobejamente vulneráveis num país de uma democracia jovem e vacilante e um capitalismo periférico, os entraves e ganhos de políticas sociais de redistribuição de renda com flertes ao mercado, a institucionalização do Bolsa-família, expansão do crédito, congelamento do preço das cestas básicas, a bancarização de pessoas pobres e incapacidade de deflagrar um horizonte revolucionário, da reforma política e redemocratização das mídias ou a displicência na educação e organização de classe da massa, porque, como diz o próprio Lula numa entrevista dada a Ivana Jinkings e a Juca Kfouri, "(...)no Brasil quem tentar ser mais de esquerda do que eu é um tolo (sic)".
Antes tarde do que nunca: não, não, o Pête não é o Leviatã o qual te fizeram a crer ( e temer) acriticamente.