NazaSicil 06/04/2024Uma jovem frágil e sonhadora, acompanhante de uma idosa esnobe e arrogante, Sra.Hopper, casa-se com um milionário, Sr.de Winter (Maxim) e vai morar numa mansão chamada Manderley.
Essa jovem, durante todo o livro, se mantém inominada o que determina ainda mais a potência de Rebecca, que era a primeira mulher de Maxim, a primeira Sra.de Winter, a dona soberana de Manderley, que tinha um enorme R bordado nos guardanapos e por todos os cantos da casa, uma mulher cuja a presença é gritante, mesmo estando morta há dez meses, que era idolatrada pela governanta, Sra. Danvers.
O livro é narrado sob o ponto de vista dessa personagem inonimada que está nos contando tudo o que aconteceu, ou seja, estamos diante dos medos e anseios de uma jovem mulher insegura, apaixonada por seu marido rico, atormentada pela figura da primeira esposa.
Acostumada a ser submissa, a segunda Sra.de Winter terá, gratuitamente, toda a hostilidade da Sra.Danvers que não aceita o casamento do patrão com outra mulher e tentará fazer da sua vida um verdadeiro inferno.
Várias reviravoltas formidáveis vão acontecer. Aos poucos, a fragilidade da segunda esposa vai se transformando em força e determinação para que seu casamento com Maxim se solidifique.
A atmosfera gótica de Rebecca lembrou-me de um outro clássico que amo, O morro dos ventos uivantes.
Esse livro traz uma aura fantasmagórica e celebra a força feminina como ícone, em três personagens fortes e distintas: Rebecca, a Sra.Danvers e a narradora.
Tiro o chapéu para a vilanice da Sra.Danvers, totalmente fiel à imagem de Rebecca, intragável, requintada e inesquecível.
Adorei ??