Triste Fim de Policarpo Quaresma

Triste Fim de Policarpo Quaresma Lima Barreto




Resenhas - Triste fim de Policarpo Quaresma


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Gromo 30/01/2022

Tudo menos tedioso.
Por qual razão me demorei tanto para ler esse livro? É inexplicável a satisfação que me trouxe, a vontade de continuar a ler e a conexão com os personagens que desenvolvi. Parece até irônico - na mesma medida do livro inteiro - que tenha me demorado tanto por medo de ser uma leitura tediosa.
O Triste Fim de Policarpo Quaresma foi tudo menos tedioso. Apesar de não haver interações geniais entre os personagens, como de hábito para outros livros, existe a simplicidade nas conversas e personalidades, tornando a leitura de fácil degustação. As ambientações durante todo o enredo são ricas em seus detalhes mais marcantes, enaltecida pelas descrições repetitivas, seguindo a sensação emocional da cena em questão e - o que considero ser o fator mais refrescante da leitura - genuinamente brasileiro.
É refrescante ter uma descrição compatível com o que existe no meu cotidiano. Como uma forma de reconhecimento que relaxa os músculos mais tensos; uma familiaridade vinda desde muitos anos vivendo nesse país e encontrando descrições dele na literatura. Nada substituí o encontro da sua própria realidade posta no papel.
Por fim, e como mencionei durante as atualizações da minha leitura, a quebra das expectativas, a destruição da ingenuidade de Quaresma vem de encontro com algo ainda ativo dentro de mim mesma - e que talvez seja compatível com o que muitos brasileiros cultivam dentro de si. A traição dos seus sonhos é sempre terrível, e um bom livro te faz sofrer por terceiros.
É correto dizer, portanto, que aqui temos um Ótimo livro...
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Adri.RMonteiro 27/01/2022

Triste fim...
Talvez seja Policarpo uma personificação da sociedade brasileira. Sonhador, determinado, sonhava com uma nação próspera e autossuficiente. Acreditava que o tupi deveria ser a língua oficial e pensava que poderia fazer da agricultura uma grande fonte de desenvolvimento econômico. Estudava muito mas, no final das contas, parecia com Dom Quixote lutando contra os moinhos de vento.

Leitura cansativa, li por ser um clássico muito falado, mas confesso que foi na marra.
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Andressa 26/01/2022

início de um sonho // deu tudo errado
????? 26/01

não tô nem acreditando que terminei, demorei mto kkkk talvez oq foi escrito em folhetim deva ser lido nesse formato senão fica cansativo demais. gostei bastante, mas ainda prefiro clara dos anjos. na verdade, são bem parecidos: engraçados, irônicos e com uma desilusão no final. mais de um século depois, continua atual (o clichê nas resenhas desse livro).

?pois ele, o quaresma plácido, o quaresma de tão profundos pensamentos patrióticos, merecia aquele triste fim??
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agathinhadegotham 25/01/2022

Sobre o Brazil e o Brasil
Existem aqueles clássicos que são obrigação e te surpreendem e eu arrisco dizer que Triste fim não é exatamente isso, há uma boa expectativa por trás, pela originalidade do personagem principal e suas motivações, qual fim se dará a uma pessoa que crê em algo tão impossível como o Brasil? A escrita, a crítica, tudo se encaixa tanto no século XX como no XXI
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Fernandrops 24/01/2022

Sobre um Brasil sem disfarce
Em um romance quase histórico, Lima Barreto traz um retrato da sociedade brasileira da sua época. Sem máscaras, o carioca satiriza e critica o comportamento de grande parcela da sociedade carioca.
Algo interessante na obra é a equilibrada união entre a vida e a literatura, a realidade e a ficção, a história e o romance. Lima Barreto foi estupendo ao usar a arte, não como uma maneira de camuflar a realidade, mas como meio de espelhar questões da sua época em um livro que está eternizado na galeria dos clássicos brasileiros.
Ademais, que triste fim levou o pobre major Quaresma!
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LimaJr 21/01/2022

Uma crítica e um alerta
A história é antiga, já as condutas são bem atuais. Não seria raro que alguém pautasse a vida inteira pela correção e ao final fosse condenado por agir em defesa da ética e humanismo. Serve de crítica à podridão por aí existente e de alerta, sobretudo para os idealistas conduzidos pela ingenuidade. A força do livro está na construção do personagem, que habitará longamente em nossas mentes.
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Marianne78 21/01/2022

Triste fim de Policarpo Quaresma
Que livro perfeito, gostaria de esquecer para ler de novo!!! 🙁

Virou o meu preferido do mês já, que coisa perfeita!!!

"Era um homem pequeno, magro, que usava pince nez, olhava sempre baixo, mas, quando fixava alguém ou alguma coisa, os seus olhos tomavam, por detrás das lentes, um forte brilho de penetração, e era como se ele quisesse ir à alma da pessoa ou da coisa que fixava."

Dou cinco estrelas, porque não posso dar mil.

“E era assim que se fazia a vida, a história e o heroísmo: com violência sobre os outros, com opressões e sofrimentos." PQP bom demais, ganhou meu coração.
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Duda 20/01/2022

O triste fim de Policarpo Quaresma
Que leitura incrível! Esse foi meu primeiro contato com Lima Barreto, e amei. Policarpo só queria valorizar as coisas boas da nossa terra, e ninguém conseguiu entender. Essa edição é muito linda e os textos extras são excelentes.
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JB.12 19/01/2022

Lima Barreto, tu que és um visionário!
Esta obra clássica não nos entrega apenas a história de um homem perdidamente apaixonado pela sua pátria, mas também a realidade nua e crua que ele não foi capaz de enxergar até o momento da sua morte. O processo de desilusão do personagem é o maior feito de Lima Barreto com essa obra, pois é nesse desenrolar, que o autor nos dá a sua visão crítica a respeito do contexto social de uma República recém formada. É interessante a forma como absorvemos o sentimento ingênuo de Quaresma com os seus sonhos, e como criamos depois um sentimento penoso quando o mesmo se ver desiludido.
Ademais, é verdadeiramente triste observar não somente o fim trágico do personagem, mas também a história relacionando-se com as estruturas ao ponto de enraizar mazelas sociais de séculos passados para os dias atuais. Nesse país o estrutural é bastante visível no cotidiano, tantos nas questões raciais e misóginas abordadas, como também no autoritarismo criticado pelo o autor. É dessa forma, que este livro se constrói como um clássico.
Sobre as impressões quanto à Policarpo, é verdade que sentimos pena, mas o próprio personagem é passível de críticas, sobretudo pelo fato de que suas escolhas ingênuas possuem consequências. Ele escolheu o autoritário e padeceu nessa escolha, se deu conta tarde. Vidas foram perdidas e sacrificadas. Daqui há um século dirão que Lima Barreto escreveu sobre o Brasil de Bolsonaro, mas foi o de Floriano. Bem... Eu não julgo a confusão, ela é triste e coerente.
Denise Ximenes 19/01/2022minha estante
Excelente! Parabéns pela resenha!




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Bru 18/01/2022

O fim realmente foi triste
Policarpo Quaresma, cidadão brasileiro e orgulhosamente patriota. Não do tipo de patriotismo superficial que conhecemos atualmente, mas do tipo que reconhece que o verdadeiro brasileiro é o indígena. Olga, Ricardo e Policarpo foram meus favoritos durante a leitura. Sem dúvidas esse é o clássico com sátiras e críticas mais atuais que li
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Maiiviss 18/01/2022

Não esperava refletir tanto com esse livro....
Esse tipo de livro sempre me deixa reflexiva e inúmeros questionamentos sobre o ser humano, onde coloca em prova a face verdadeira de cada um, os sentimentos verdadeiros, as ações verdadeiras.
. Porque sinto que só estamos mudando externamente, mas o interior pesa quase sempre para o lado ruim?
. Estou realmente vivendo ou sobrevivendo para agradar a todos?...
Chego a um só conclusão: o medo de ter um triste fim é existente, mas a vontade de viver a cada dia de uma maneira feliz é maior, por esse motivo, tentarei viver sem arrependimentos.

Agora, um pouco mais sobre o livro...
Não é perfeito, mas é uma muito bom, comecei sem nenhuma expectativa e me surpreendi, não é uma leitura pesada e difícil. Gostei muito.

Recomendo.... :)
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Léia Viana 17/01/2022

12 Livros para 2022 - Livro 1
Este foi meu primeiro livro de Lima Barreto. Fiquei triste ao longo da leitura por perceber que o escritor, na época em que escreveu essa obra, o quão triste e decepcionado com o nosso país ele estava.

Policarpo Quaresma, ou major que não era major, um patriota cheio de ideais, xenofóbico que sempre valorizou e lutou pela cultura brasileira, a ponto de defender que o tupi-guarani se tornasse o idioma oficial do país. Leitor voraz a ponto de somente se basear nos livros e nem ao menos parar, para refletir, no que se lia e questionar com a realidade na qual estava inserido.
É um personagem que fica cego pelo amor que nutria a seu país.

Pelas minhas pesquisas, o escritor Lima Barreto não era esse otimista a ponto de acreditar em progresso e equilíbrio em nosso país. Mas isso se deve a situação em que o Brasil se encontrava no início do século XX e os muitos empecilhos para que o país se tornasse uma grande potência. Talvez por isso construiu esse personagem tão antagônico a época e a seus próprios pensamentos.

As grandes conclusões em que Policarpo Quaresma chega no livro são tão atuais! O personagem percebe que é muito difícil fazer negócios em seu país, por conta da corrupção (vejam só!). As condições agrárias também não são propícias - isso me lembra que grande parte de nosso país ainda sofre com falta de saneamento básico, investimentos concretos para o pequeno lavrador, especialmente aos lugares mais secos.

Este livro é muito crítico e triste.
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