spoiler visualizarAndreia 18/01/2022
Clássico da Literatura Brasileira
Quaresma é um funcionário público que dedicou a vida a estudar as riquezas do país. Para Policarpo, seria necessário realizar no Brasil, uma grande reforma nacional (cultural, política e econômica). Somente quando isto acontecesse o país se tornaria uma nação forte e se igualaria as grandes nações do mundo. Porém, pouco a pouco, ao longo do livro, este ideal romântico e ingênuo será desconstruído.
O livro se divide em três partes. Na primeira, conhecemos Quaresma e o seu cotidiano como funcionário público. Nesta primeira parte, o autor faz críticas ao funcionalismo público, que seria composto por pessoas sem capacidade técnica para ocupar os postos de trabalho que ocupam.
Na segunda parte, vemos Policarpo como um agricultor, no sítio ?Sossego?, passando por diversas dificuldades com a plantação e com os políticos locais. Nessa parte, o autor desconstrói o imaginário da ?terra fertil? e mostra as mazelas que a população rural enfrenta.
Na terceira parte, vemos Quaresma como um voluntário do exército contra a Revolta da Armada (1893). Nessa parte, o autor desconstrói por completo o Brasil imaginado por Policarpo, que como o título do livro diz, realmente, tem um fim muito triste.
A obra faz várias críticas que permanecem atuais, sobre a política, o funcionalismo público e as mazelas vividas pelos mais pobres. Como muitas obras clássicas, o livro possui uma linguagem um pouco difícil de entender e que dificulta a fluidez da leitura em diversas partes. Apesar disso, é uma obra que vale a pena conhecer.