Paty 26/10/2022Isso ou aquilo, ou nenhum dos dois, não sei ou não importa..Após ler Dom Casmurro fiz desse o meu segundo livro do autor e percebi uma semelhança na tentativa de "obrigar" o leitor a considerar a narração ao menos de duas perspectivas ( traição ou obessão? E no caso; ensinados ou predestinados?), mas a tentativa ao meu ver, nesse livro foi falha. A subjetividade de tudo (poderia ser isso ou aquilo ou nenhum dos dois, não sei ou não importa, etc.) tornou o livro massante ao ponto de eu quase abandoná-lo. Sim, o leitor pode decidir se foi isso ou aquilo, mas não é como se interferisse em algo anyway. Diferentemente de em Dom Casmurro, ao qual com sucesso, provê duas realidades paralelas.
O início do livro é muito bom, construiu uma intriga que conecta o presente com a antiguidade. (tanto na ficção da estória quanto no contexto histórico do nosso Brasil). Mas infelizmente, se tornou entediante antes mesmo de chegar na metade e quando achei que ia melhorar acabei.
Por um lado, temos representado nos personagens de Pedro e Paulo os pensamento de um povo dividido entre a Monarquia e a República, também representado pela mulher pela qual ambos se apaixonam e reciprocamente se apaixona por eles; ora por um e ora pelo outro. Refletindo aquilo que se passava na cabeça do nosso povo ao passar por essa mudança política. Ora nostálgicos em relação a Monarquia e ora atraídos pela "revolução" Republicana.
Me faz também refletir, como cristã, em como somos alertados a não procurar por médios ou tentar prever o futuro. O livro da uma boa razão para isso; eles passam a viver em torno de uma professia que não chega a se cumprir. Criaram uma expectativa enorme em algo que nunca se concretizou. A primeira alegria pelas boas novas se tornou em frustração. Assim como eu começando o livro toda animada e finalizando decepcionada. Será coincidência ou proposital?