Esaú e Jacó

Esaú e Jacó Machado de Assis...




Resenhas - Esaú e Jacó


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camillys 15/12/2021

eu achei esse livro genial KKKKKKKK
essa dualidade é bem tipica do que tava acontecendo na época, a mudança de império pra república e td mais, só que lendo atualmente foi engraçado demais de ver um irmão do bem mas mt passivo e o outro rebelde mas que busca o progresso
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Laura 13/06/2023

Muito bom, como sempre
Não preciso nem falar muito pois uma obra machadiana é uma obra machadiana, não é mesmo? O livro te prende bastante, é um ótimo enredo.
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Maximus.Machado 28/06/2023

Simplesmente, Machado de Assis
Enfim, termino um longo ciclo de leitura. Longo não apenas pela densidade da obra e a consequente necessidade de meditar as palavras para entender os tesouros presentes nas entrelinhas, mas também pela preguiça recorrente a adolescentes tentando iniciar uma vida intelectual.
Não foi um fim, senão um começo de uma nova jornada literária. O penúltimo romance do maior escritor da literatura nacional não poderia ser diferente: uma escrita mais leve do que suas obras anteriores, porém com vocabulário rico e preciosas figuras de linguagem; um romance que versa sobre diversos temas universais, a exemplo da antítese entre vício e virtude, o amor, a importância de se expressarem os pensamentos sem receio, além, claro, de trechos que carregam em si a sabedoria da vida, ensinamentos que muitas vezes só a literatura pode nos apresentar.
Incrivelmente, um romance publicado em 1904 - a mais de um século -, tendo por pano de fundo um triângulo amoroso (possível sátira às obras europeias da época, como "O Primo Basílio, de Eça de Queiroz), consegue versar não somente sobre a política externa do Brasil com Portugal e Inglaterra à época, bem como acerca da esfera política atual do país - o que, de maneira preocupante, demonstra a não evolução das noções políticas do povo brasileiro desde os tempos mais longínquos de nossa história.
Por fim, sigo esperançoso em busca de novas e mais profundas águas literárias, nas quais me lançarei sem medo. Afinal, como disse São Tomás de Aquino: "Se a meta principal de um capitão fosse preservar seu barco, ele o conservaria no porto para sempre".
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Jonathan153 28/06/2023

Depois de três clássicos machadianos, Esaú e Jacó funciona como uma espécie de anti-clímax. Romance bem tedioso.
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najuliass 05/07/2023

"Contadas todas as horas de agonia que tem havido no mundo, quantos séculos farão? Desses terão sido tenebrosos alguns, outros melancólicos, muitos desesperados, raros enfadonhos."
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Lucas Rabêlo 31/07/2023

Grandeza dúbia
Obra da última fase de Machado, salta menos aos olhos que as anteriores de estima - Brás e Casmurro. Conduzida por um narrador testemunha, o conselheiro Aires, aflui como ego melancólico do autor: mantém-se a minúcia aguçadura, mas a comédia de ironias dos escritos de antes são substituídas por maior perspectiva social.

Pensado como título ?Ab ovo?, desde o útero, em latim, os gêmeos Pedro e Paulo são descritos como opositores desde a gestação. Tal qual os herdeiros bíblicos de escolha. Também farão parte das oposições do país em vias da alforria monárquica. Um a favor desta, o outro, republicano. A rixa parental ascende ao campo romântico, disputam o amor de Flora, que indecisa entre ambos.

Porém, a falta de desenvoltura dos irmãos em maiores detalhes pelo autor cede espaço a um criticismo quase inédito de Machado em escritos ficcionais, que são caracterizados neste através de seus atores secundários, em mães e pais e amigos, enquanto desvia para longe, quase à conclusão, concentração maior nas aventuras dos gemelares. Isto, no fim, não lhe descredita, mas arrefece a impressão consumada de sua prosa estabelecida pela agudeza. Aqui se estranha a sutileza.
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Katia.Borges 03/08/2023

Ler Machado de Assis é sempre uma boa opção
Você vai ler muitas opiniões negativas sobre Esaú e Jacó. Muitos leitores apostam que esse é o livro mais arrastado de Machado de Assis. Eu mesma posso dizer, as primeiras 30 páginas mal dariam um conto.
Por sorte que eu e a maioria dos leitores são na melhor das hipóteses, leitores medíocres.
E Machado é Machado: escreve como quem costura.
Ele dobra e desdobra a história dos irmãos gêmeos Pedro e Paulo. Alinhava um triângulo amoroso; borda uma mãe, um pai, uma tia, alguns vizinhos, um deles o Conselheiro Aires. Cinge-os ao cotidiano carioca e à política do início do século XX. É o fim do segundo império, o início da República. E o que parece ser só mais um romance atravessado pela crítica machadiana dos costumes, desdobra-se numa reflexão acerca da natureza ambígua do desejo. Mas não tomem essa interpretação como qualquer verdade sobre Esaú e Jacó. É só uma impressão pessoal que nada tem a ver com Machado de Assis. Eu também quando leio trago comigo minha caixinha de costura e muitas vezes, sem a permissão do autor, arrisco algumas agulhadas sobre o tecido.
Como no capítulo da tabuleta, onde lê-se as preocupações de um homem mediano sobre assuntos domésticos; eu, romântica clichê, transbordo numa definição sobre o amor: ?Só se ama verdadeiramente o inútil. O amor é um desperdício de sentidos?.
- Uhhaa acabo de furar o dedo com a agulha, quanto excesso meu Deus. Que Machado me perdoe!

Melhor, esqueça tudo o que dizem por aí sobre Esaú e Jacó. Leia-o por puro deleite. Apenas aprecie a escrita apurada e elegante de Machado de Assis. Construa sua própria impressão. Ou melhor não. No fim, vire a última folha, feche o livro, devolva-o à biblioteca ou esqueça-o no seu dispositivo de leitura digital. Você terá ganhado algumas horas do seu dia lendo Machado de Assis. Isso é muito!

#esaúejacó
#machadodeassis
#literaturabrasileira
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Anderson 03/08/2023

Esaú e Jacó parece dispersar seu núcleo dramático um pouco mais que outros romances de Machado. É uma característica do Bruxo nos levar a digressões, sempre com alguma reflexão interessante. Se o enredo possa nos afrouxar um pouco a atenção na leitura, a linguagem precisa, as ironias de sempre e a capacidade de inspeção da "alma" humana continuam como em suas outras grandes obras.
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Maria19642 12/08/2023

"Não, senhora minha, não pus a pena na mão, à espera do que me viesse sugerindo..."
Eu não posso dizer que fiquei cem por cento feliz com o final desse livro. Também não sei se era para ficar feliz ou triste, visto que a ambiguidade é o que deixa esse texto único. Como sempre, Machado de Assis soube fazer uma crítica social de uma maneira tão brilhante que me fazia parar de ler e voltar algumas páginas, gritando "Caramba, não acredito que tal parte significava isso" --- muitas vezes no meio da rua.
Para mim, a história dos gêmeos e Flora ficou em segundo lugar. Não foi o que me saltou os olhos dentro do livro, parecendo mais um detalhe. Não que seja ruim, pelo contrário, gostei de como a personalidade do trio foi trabalhada, bem como a rivalidade "de nascença" de Padro e Paulo permitiu que a obra terminasse não terminando, o que foi um impasse incrível.
O que me saltou aos olhos, entretanto, foi a forma como os acontecimentos históricos e os comportamentos do dia a dia foram sendo despejados em detalhes. A abolição da escravatura, por exemplo, não foi citada genericamente, mas também aconteceram menções à Lei do Ventre Livre e aos posicionamentos dos republicanos e dos monarquistas perante ela.
Flora, Natividade, Santos, Aires e Nóbrega foram os personagens que mais gostei. Talvez eles não sejam os mais corretos ou os mais "honestos", sim, senhor Nóbrega?, mas esses serão aqueles que me lembrarei primeiro quando falar de Esaú e Jacó. O engraçado é que esse grupo para uma constelação que giram em torno de dois dóis gêmeos, cada estrela com a sua lua e comportamento. (Não que eu acredite em signos, por favor)
Por fim, creio que o sentido central do livro não seja, de fato, centralizado. Ele é dividido entre duas pessoas, duas opiniões, dois narradores(o que foi uma jogada tão incrível que vou mandar um áudio pro meu melhor amigo detalhando) (não, ele não leu o livro ainda) e dois interesses. O protagonista, ironicamente, é um só. Porque ninguém me tira da cabeça que o Aires é quem é o dono desse pardieiro.
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Edson Camara 03/12/2023

Relato da vida dos gêmeos Pedro e Paulo desde o nascimento, com suas brigas e diferenças de opinião.
Esaú e Jacó, é o penúltimo livro escrito por Machado de Assis, onde se destaca a narrativa consciente, segura, aliando perfeitamente o tom irônico e despretensioso à análise da fatalidade da condição humana.
Sua maior importância se deve ao fato de ser o romance em que o autor examina as transformações políticas e sociais na transição do Brasil Império para a República.
Publicado em 1904, o enredo conta a vida dos gêmeos Pedro e Paulo desde quando ainda estavam na barriga de sua mãe, Natividade que consultara uma cartomante para saber o futuro dos filhos. Alertado pela cigana que os dois já brigavam antes de nascer e assim seria por toda sua vida. De fato, os dois nunca foram muito amigos e divergiam em várias coisas, menos no amor de Flora que morre tragicamente e da mãe que pede em juramento que os dois sejam amigos, mas este juramento dura pouco após a morte da matriarca.
Neste romance aparece a figura do conselheiro Aires que será tema do último livro do autor.
É uma leitura rápida e dinâmica, Machado utiliza o recurso de capítulos curtos e ganchos que vão levando a trama até o final. O final como é característica do velho Machado, é triste e deixa saudades dos personagens.
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Milena.Saleh 05/01/2024

Machado reflexivo
Nunca vi Machado tão reflexivo em outro livro! Este trata de dois irmãos gêmeos que, desde o útero, nunca se deram bem - são completamente opostos em todos os aspectos. Há, no livro, a aparição constante do Conselheiro Aires, do Memorial de Aires, outro livro de Machado, e parte deste é ele quem narra. Não faltam também o romance, a morte, as intrigas, os acontecimentos históricos e as reflexões de metalinguagem (abundantes!), ingredientes que marcam essa fase já madura de Machado, sendo este o seu penúltimo livro publicado em vida.
Algumas frases icônicas: ?serve-se muitas vezes a liberdade parecendo sufocá-la?; ?a ocasião faz o furto; o ladrão nasce feito?; ?o ódio rijo fortalece alguma vez o homem contra a frouxidão da piedade?; ?há estados da alma em que a matéria da narração é nada, o gosto de a fazer e a ouvir é tudo?; ?na mulher, o sexo corrige a banalidade; no homem, agrava?.
Apesar de algo complexo (Esaú e Jacó em especial), ler Machado é sempre engrandecedor, portanto fica a forte recomendação.
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Alekk 29/12/2023

Eu achei esse livro na prateleira da estante da minha avó, achei a história boa ate, soq eu tive um ataque de rinite bem forte (KKKKKKKKK)
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