Gustavo Aranha 16/08/2019
Um livro pra escritores e apaixonados por emoções
Este livro mudou completamente o modo como eu olho para um livro, e me fez adicionar “Cinquenta Tons de Cinza” a meta de leitura.
De algum modo, quando estamos na academia acabamos internalizando a diferença entre Literatura e literatura, a primeira é verdadeiramente uma arte, enquanto a segunda é apenas um produto do mercado, sem valor artístico. E sem dúvidas, os best-sellers se encaixam perfeitamente em “arte de entretenimento”.
Porém, me deparei com esse livro, indicação do @carreiraliteraria, que há dez anos estudam, e buscam transformar o mercado editorial brasileiro. Bem, este livro é de um estudo norte-americano em que se juntam Jodie e Matthew, enquanto ela trabalhou durante anos no mercado e queria estudar os fenômenos, ele sempre valorizou a Literatura e era professor que ministrava em suas aulas Ulisses. Mas a vida fez os seus caminhos se cruzarem, e felizmente, Matthew topou fazer este estudo.
Bem, eles utilizaram um algoritmo, isto é, um computador para ler todos os best-sellers que estavam na lista do New York Times durante os últimos trinta anos, além de colocarem o computador para ler outros livros que não se tornaram. Os diversos livros que estavam neste lista, inclusive, O Alquimista, de Paulo Coelho, é citado no livro, e aparentemente não existia nada incomum entre eles, ao menos para nós humanos. A máquina conseguiu identificar um padrão, e ela acertava se um livro era ou não Best-Seller em uma porcentagem significativa. E a chave para o sucesso era o óbvio, emoção. Os livros que estavam entre os mais vendidos causavam tanta emoção, que as pessoas não conseguiam ficar quietas após ler, dai nascia o boca a boca, e vinham grande sucesso.
Analisaram inclusive “Cinquenta tons de cinza”, que no gráfico das emoções, ele é muito parecido com “O código da Vince”, variações de emoções fazem o leitor se prender na história e não mais largar.
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