CuraLeitura 09/01/2018
Resenha do blog CuraLeitura
Que o Raphael Miguel é um grande escritor, nós já sabemos. Prova disso são seus livros O Livro do Destino e Ácido e Doce e dezenas de contos publicados em antologias.
Não satisfeito, resolveu lançar 5, um suspense psicológico com um enredo um tanto peculiar.
Em seu terceiro livro solo, Raphael nos presenteia com uma história diferente.
São cinco personagens que narram cada qual a sua parte em uma história fatídica. Um assassinato cujo motivo foi: a assassina deu ouvidos às vozes que lhe sussurravam coisas terríveis, incitando-a a fazer coisas inimagináveis.
Ficou curioso?
Eu já havia declarado para mim mesma que leria tudo o que o Raphael Miguel escrevesse, pois sabia que não iria me decepcionar.
5, porém, tem um DEFEITO GRAVÍSSIMO! É curto demais, pequeno demais e acabou cedo demais.
Como assim, Raphael Miguel? 36 páginas definitivamente não são suficientes para conter essa história que está até agora martelando na minha cabeça.
Um adolescente, uma mãe, um investigador, um padre, outra mãe. Quem é ou que são os assassinos?
Fico em dividida entre duas opiniões: a primeira de que o autor deveria ter escrito mais, talvez detalhado mais as cenas, com as vozes sussurando coisas, ou escrito as histórias que antecederam os acontecimentos narrados; a segunda, que se ele tivesse feito isso, será que eu conseguiria ler? Porque, sim, sou medrosa.
Só o Raphael pra me fazer sair da minha zona de conforto literário e encarar a leitura de um gênero que não é muito minha praia. E o melhor (ou pior): com ilustrações!
São cinco capítulos e cinco ilustrações lindíssimas, o que deu um "up" no livro, tornando-o ainda mais especial. A capa, apesar de condizente com o enredo, não me foi muito atrativa, talvez em uma livraria o livro passaria batido, já que não é chamativa.
Mas, se eu saí de minha zona de conforto para ler 5, por que você não o leria? É um livro que dá para ser lido em 1 hora e pode ser lido à noite, para os medrosos de plantão (tipo eu).
Raphael Miguel, como sempre, arrasa na escrita.
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