bia prado 17/12/20225 estrelas não são suficientes pra demonstrar o quanto amei o livroacabei de finalizar a leitura e meu deus… estou uma bagunça emocional. fiquei obcecada por esse casal e to triste que acabou. queria mais! não porque ficou faltando algo, mas pois me apeguei demais aos personagens e sou uma pamonha dependente emocionalmente de personagens fictícios e seus relacionamentos amorosos que estabelecem padrões irreais e inalcançáveis.
não vou falar muito sobre o plot, só que é um friends to lovers to strangers to lovers narrado em capítulos alternando presente e passado. além disso, acho que esse romance é tudo o que o livro de “O verão que mudou a minha vida” deveria ser e não foi. eu realmente gosto da série, mas os livros são bem ruinzinhos, porém “Love and Other Words” me lembrou um pouco a ambientação da série.
marquei vários trechos do livro e isto foi algo que eu não estava esperando: a escrita. já li “Josh and Hazel” e “Roomies” dessas autoras, mas a narração não tinha me pegado da mesma forma. ela é simples, mas não sei explicar, super bem feita. aqui consegui sentir literalmente todos os sentimentos dos personagens como se fossem meus próprios, me fazendo ficar muito apegada a eles. até agora to meio anestesiada sobre o quanto eu amei amei toda essa experiência de leitura, a ponto de querer reler tudo de novo nesse instante. ah e tem bastante diálogo na narrativa, o que ajudou a ser bem rápido de ler. boas conversas são essenciais pra eu amar um livro e encontrei muito disso aqui.
acho que o herói foi um charme a parte. adorei como o Elliot é sincero, como ele corre atrás do que quer e deixa evidente que o coração dele é totalmente da Macy. não tenho mais idade pra ficar passando pano pra macho, por isso acho que estou numa vibe mais “herói bonzinho obcecado pela heroína que venero o chão que ela pisa” e o Elliot foi bem assim. do nada ele soltava umas declarações de amor jurando devoção que eu amei. realmente impossível de resistir.
e, ao final, realmente senti que eles nunca deixaram de se amar. esse enredo pode parecer meio irreal, mas cai igual um patinho aqui. o casal interage com uma facilidade como se nunca tivessem deixado de se falar. apesar de tudo que aconteceu no passado e também justamente por causa disso, o leitor consegue ver que o amor, respeito, carinho que sentem um pelo outro nunca foi nem irá embora. a conexão é forte demais, coisa que só os astros explicam mesmo. e acho que a forma como o livro foi escrito também contribuiu bastante pra isso. era possível conectar detalhes do passado com os do presente, resquícios do que eles foram juntos e detalhes sobre o relacionamento deles no passado que, de alguma forma, são retomados no presente. por exemplo: a primeira vez dele elogiando o cabelo dela e no presente vemos como ele ainda é fascinado por esse mesmo detalhe. no fundo, eles são os mesmos, mas também estão diferentes. é o que a Macy fala numa cena: é como se ele fosse um desconhecido e e também alguém familiar. sim, a maioria das memória com ele forma construídas no passado, mas ela ainda sim quer desvendar tudo sobre quem ele se tornou.
enfim, amei ver os protagonistas se apaixonando pela primeira vez e não consegui parar de ler. foi aquela loucura de “só mais um capitulo, só mais um” e quando vi o sol já tava nascendo e essa é uma das melhores experiências literárias. o mundo parece que desaparece e só aqueles personagens importam e seu mundo fica girando em torno deles. muito bom ficar obcecada. péssimo pro emocional, mas ainda assim vale a pena. além disso, to achando que second chance romance é um dos meus tropes favoritos e isso diz muito sobre meu sadomasoquismo. este é mais um exemplo de romance com esse trope que foi pros meus favoritos.
única coisinha que gostaria de ter visto mais foi a cultura brasileira representada no livro. a mãe da heroína era brasileira, então pensei que fosse aparecer mais influências disso na vida da personagem. é aquele negócio: geralmente só vemos o brasil ser mencionado nos livros gringos quando é algo relacionado a depilação ou BBL. então, seria legal ver algo mais substancial sobre a nossa cultura. infelizmente aqui só foram umas migalhas da heroína chamando a mãe de “mãe” e o nome dela ser “Laís”.
em suma, não é à toa que esse é o romance dessas autoras com maior nota no Goodreads. Realmente, leitura maravilhosa, desde os personagens principais, secundários, ambientação, escrita, construção do enredo até ritmo da narrativa.
tropes/conteúdo:
- friends to lovers to strangers to lovers
- golden retriever hero
- vizinhos
- mutual pining
- second chance romance
- luto
site:
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