Resenhas - A História Secreta

Isis 26/02/2024

Fascinante
Eu demorei um pouquinho para escrever essa resenha, estava digerindo um pouco a leitura e pensando mais sobre. Eu sou completamente apaixonada pela escrita da Donna, "O Pintassilgo" é meu livro favorito da vida e "A história secreta" não foi muito diferente, fiquei completamente obcecada pelo livro.

Eu acho fascinante a forma que Donna escreve personagens tão complexos e humanos. Amei e odiei cada um deles, me coloquei no lugar, me revoltei, fiquei completamente imersa na história. Passava a maior parte do meu dia pensando e refletindo sobre.

Assim como "Como se fossemos vilões", o tema principal aqui não é o assassinato, nem o "suspense" são as interações humanas, o que levou cada um deles a fazerem o que fizeram e o quanto isso mudou completamente a vida deles, como um furacão.

É um livro mais lento, introspectivo e sem grandes reviravoltas. Acredito que esse seja o charme dele. Ainda estou obcecada pela história e me segurando muito para não começar a estudar grego arcaico.

Recomendo muito!!!

5???

Mariana1250 01/03/2024

A História Secreta
3,5/5,0

"A História Secreta" é aquele clássico caso em que eu li esperando favoritar e no fim foi mais um "ah, foi legal". Não que o livro seja ruim, nada disso. Eu amei o estilo da Donna Tart. Todas as descrições dos cenários, a maneira de transmitir os sentimentos dos personagens, e a escrita elegante me conquistaram de imediato. Meu problema foi iniciar a leitura com certas expectativas que acabaram não se concretizando muito no fim das contas.

Ainda no começo de "A História Secreta" é possível perceber que não se trata de um suspense, e sim de uma obra com a intenção de explorar as relações e o psicológico de seus personagens, o que particularmente não foi um problema pra mim, gostei bastante dessa proposta. A questão é que o livro parecia muitas vezes tentar manter um suspense que não existia. Ainda no começo quando Richard se envolve com a classe de grego e nota alguns comportamentos estranhos, o livra ganha um tom de mistério do tipo: "nossa o que eles tão aprontando?" Mas a gente já sabe, tá escrito do bacanal lá na sinopse! Ou a parte do "será que eles vão conseguir se livrar do Bunny??" E sim, é claro que eles vão conseguir se livrar do Bunny, isso foi confirmado no primeiro capítulo! Durante boa parte do livro os personagens se enrolam em conflitos que o espectador já sabe da resolução, e criam um clima de segredos para uma história macabra que nunca se desenvolve.

A outra questão que me irritou um pouco tem haver com a ênfase em pontos já esclarecidos, principalmente em relação ao fascínio do nosso protagonista em relação a seus colegas, que é confirmado inúmeras vezes ao decorrer do livro. Não chega a ser algo tãããããããão incômodo por conta da habilidade da autora em transpor informações de forma mais criativa e poética, mas eu preferiria algo mais subjetvo e com mais variedade quanto as reflexões e dilemas, principalmente porque "A História Secreta" tem uma intenção mais filosófica.

E minha terceira crítica negativa tem haver com o final, critica a qual, gostaria de oferecer uma argumentação mais elaborada, mas a verdade é que não consegui distinguir com exatidão o que me desagradou. Talvez tenha haver com a história ter um ritimo devagar e tentar terminar de forma dramática, como que para chocar os leitores... Não sei ao certo... todo aquele incesto, triângulo amoroso e suicídio logo no fim, eu fiquei com um sentimento de que aquilo tentava siguinificar algo a mais, porém que não ia muito além de sua proposta.

Enfim, acho que ficou claro pela minha resenha o tanto de problemas que eu tive com essa leitura, entretanto ainda é um livro que eu não me arrependo de ter começado. Ele é um dos meus favoritos em termos de ambientação, e conta com um elenco cheio de jovens marcantes dos quais você cria um relacionamento de amor e ódio, bom no meu caso foi mais ódio, (tirando o Francis e o Richard) além disso o livro traz questões interessantes no que diz respeito a diferença de classes, o dezprezo a cultura popular, e idolatria em torno da elite. É uma obra que eu recomendaria, mas com uma sinopse mais precisa, que esclarecesse as intenções e o ritmo do livro.

Isadora.Zardo 05/03/2024

Bom, tenho que começar dizendo que, com toda certeza, vou ter que reler esse livro. Depois da morte do Bunny tudo ficou meio confuso para mim, as palavras não entravam mais no meu cérebro, a ambientação que estava sentindo tão fortemente foi sumindo aos poucos. Mas vamos começar do início.
Engraçado como o ponto principal de todo o livro foi a morte do Bunny, o antes o depois de sua morte, e para mim foi a mesma coisa, consigo dividir o livro em exatas duas partes. Antes e depois da morte do Bunny, uma parte que estava amando a leitura e a outra que tudo foi por ladeira abaixo.
A primeira parte, em minha opinião, foi impecável. A ambientação é enigmática, apesar de você saber exatamente o que acontece no ápice do livro, os personagens são instigantes e profundos, existem ótimos diálogos e frases. Estava, até o momento, entendendo o motivo do livro ser tão aclamado. Ao lê-lo, você passa a sentir culto, todas as citações a clássicos e discussões sobre conceitos gregos e romanos, até senti uma impressionante vontade de ler Homero (sendo que absolutamente nunca apresentei tal sentimento), o livro passa um forte ar de erudito e leva o leitor e sentir-se assim. Então, para mim, grande parte da minha adoração pela primeira parte do livro, foi totalmente baseada nisso, você ao perceber que está lendo um livro inteligente e com citações e discussão perspicazes, sente-se extremante inteligente. Uma das principais falhas foi o livro não ter se aprofundado mais no personagem do Julian e em suas análises, já que foi algo que me chamou tanta atenção. Falando dos personagens, tive uma sensação muito estranha de que eu os conhecia, de certa forma, profundamente, mas sem saber absolutamente nada sobre eles. Não compreendi bem o Richard, apesar de ser o narrador, peguei alguns nuances da sua personalidade, como o fato de ele claramente ser um viciado em mentir, mas de resto não compreendi muita coisa, é um personagem externamente ambíguo em todos os momentos e em todas suas opiniões, ele odiava e amava o Bunny, entendia o motivo de terem matado-o, mas mesmo assim repudiava a ação, não consigo nem dizer se o amei-o o odiei. Sua paixonite pela Camila aparece do nada e não faz nenhum sentido, já que a personagem é tão apagada e sem uma personalidade grandiosa comparada aos outros personagens. O que me leva a outro ponto, Henry e Camila? Que casal é esse? Não faz o menor sentido. Para mim, Henry era incapaz de amar um ser humano (tirando o Julian, que para mim era mais para uma idolatria), e do nada, para o fim do livro, os dois estão apaixonados um pelo outro. Espero não ter pulado páginas e esquecido de ler algum capítulo que explicasse esse relacionamento. Outra coisa que vem a minha mente, Dona Tartt joga o fato de Charles e Camila terem relações incestuosas, e simplesmente não se aprofunda no fato? Como assim eles mantinham relações, quando começou, porque começaram? E sim, estou levando em conta que na Grécia antiga incesto era normal, não estou julgando o fato da autora ter colocado isso no livro, e sim, o fato de não ter se aprofundado o suficiente. Henry e Francis são os melhores personagens, e confesso ter desenvolvido um certo crush no primeiro, mas, mesmo assim não consigo entende-los tanto quanto gostaria. Sinceramente, gostaria de poder me aprofundar mais em minhas opiniões sobre os personagens, mas simplesmente não consigo, talvez seja exatamente isso que a autora desejasse, que não compreendêssemos seus personagens em todos aspectos.
Depois da morte do Bunny, que foi o único personagem que realmente consegui criar um repúdio, o livro se estende por 250 páginas que poderiam ser escritas em 100. É uma enrolação sem fim, nada acontece, a parte da tensão dos personagens com medo de serem descobertos é interessante, já que é no medo que descobrimos quem realmente somos, mas não precisaria se estender tudo que estendeu. Foram páginas e mais páginas sem fim, e assim, o livro foi perdendo sua ambientação e seu ar misterioso, resumindo-se a chato. O único personagem que se salva nessas ultimas 250 páginas é o Henry. Falando nele, o final do livro me surpreendeu e, ao mesmo tempo, não me surpreendeu. Deveria ter imaginado que o Henry, em toda sua fascinação por tragédias faria logo do tipo, é, na minha opinião, o fim perfeito para o personagem. O que me leva à um questionamento: o livro todo Henry foi descrito como uma personagem que consegui visualizar todas as possíveis consequências de uma ação, não é a toa que ele comandou todas as ações do grupo em torno na morte do Bunny, agora penso, a relação de Henry e Camilla (que parecia tão aleatória) teria sido uma forma dele alcançar o fim perfeito? É muito cabível para ele morrer em uma situação que poderia facilmente ter sido tirada de uma tragédia grega.
Como disse, terei que ler esse livro de novo, tenho muitas opiniões, mas nenhuma delas parece ser realmente fundamentada em algo, não consigo passa-las com a clareza que gostaria. Sinto que não compreendi todos os nuances da história e a profundidade dos personagens. É um livro realmente bem escrito, mas que não irá agradar o paladar de todos os leitores.

theaterkid 07/03/2024

Beauty is terror
Esse livro já estava na minha lista a um tempo, mas eu tinha um pouco de receio de ler por conta de ser um livro de 1992, e eu não sou exatamente a leitora de clássicos. Então eu fui ler Babel e amei, tipo, virou um dos meus livros favoritos da vida e me indicaram muito A história secreta, porque aparentemente era muito parecido com Babel e eu iria gostar.

Achei parecido com Babel? Não, mas eu entendo o porque de me indicarem, e eu acabei gostando muito de A história secreta. Sobre a escrita, eu achei surpreendentemente fluída, eu estava esperando algo mais ?rebuscado? mas sinceramente; poderia ser um livro escrito nos últimos 5 anos tranquilamente.

Algo que eu realmente não estava esperando é o subtexto? Não sei se posso chamar de subtexto quando na verdade é bem explicitamente queer, e tipo, é um livro de 1992 então isso me surpreendeu bastante.

Enfim, eu gostei bastante se você está em dúvida se deve ou não ler; Leia!!

Bruno236 08/03/2024

Apesar do título, essa não é uma história tão secreta assim kk o enredo gira em torno de um assassinato e logo na primeira página a autora já entrega quem foi assassinado e por quem. A graça aqui é ver tudo o que levou ao crime e suas consequências.

Esse livro me surpreendeu por um motivo simples: ele conseguiu me manter entretido antes, durante e depois do tal crime e muito disso se deve aos personagens que, ao meu ver, são muito ricos. Ao msm tempo que eles são estranhos e por vezes detestáveis, têm tbm suas qualidades (pra mim, o Henry é o personagem mais interessante nesse sentido).

Pode parecer um mero detalhe mas achei que o fato dos protagonistas estudarem grego dá um tom diferente pro livro. Mais misterioso? não sei explicar kkkk

Não é uma história com uma reviravolta a cada capítulo, achei o enredo bem linear até. Ele é narrado em primeira pessoa por um dos autores do crime e acho que por isso em alguns momentos senti uma vibe meio Crime e Castigo (que é citado em algum momento da história) e apesar de um leve susto com o primeiro capítulo, achei a escrita da Donna Tartt bem fluida.

Yasmin 10/03/2024

Foi sofrido mas compensou
Sabe aquela metáfora do baú do tesouro que você cava, cava, cava e desiste a UMA pá de terra de chegar no ouro? Foi assim que eu me senti lendo esse livro. Quase desisti algumas vezes e foi só graças aos anjos do Skoob que me aconselharam a continuar pelo menos até a página 200 pra engatar que eu não larguei mão de vez (mas 200 páginas pra um livro ficar bom é muita coisa, viu Donna Tartt). Depois disso, QUE LIVRO! Esperava que a narrativa toda girasse ao redor da morte do Bunny mas ela conseguiu aprofundar cada personagem, seus dilemas e traços de personalidade e dar muito mais conteúdo ao livro. O desenvolvimento do grupo depois do incidente é lindo de acompanhar, mas o desenvolvimento pessoal deles como indivíduos é outro nível! Poucas coisas me agradam tanto como um processo de enlouquecimento bem escrito e desenvolvido. Depois dessa marca das 200 páginas a escrita passa a fluir de forma mais limpa, mesmo ainda carregando um pouco da carga filosófica aplicada no começo da história, mas vestindo uma roupagem mais natural, menos áspera. Ainda bem que eu insisti e cheguei ao final que, pra mim, foi mais que satisfatório, vou sentir saudade de todos eles.

Hyacinth.04 14/03/2024

Beleza é terror.
?A beleza raramente é suave ou reconfortante. Pelo contrário. A verdadeira beleza sempre nos assusta.?

Esse livro foi uma das melhores experiências de tive em minha curta vida. O tipo de obra que será considerada um clássico moderno ? isso se já não for ? e os jovens intelectuais se gabarão de terem lido a "verdadeira literatura".

A complexidade da construção dos personagens me encantou por inteiro e foi o que me manteve nos tempos difíceis onde a escrita se tornava pesada e meu ritmo de leitura diminuía junto ao ritmo de Richard. Absolutamente todos os diálogos possuem detalhes que devem ser observados sem piscar ou você perderá algo! Admito que gosto muito do exagero da autora nos detalhes, tornando o livro "visual" para minha mente trabalhar com muitas informações.

O gênero thriller aplicado nele foi a melhor parte para mim, terminei ainda com muitas perguntas (adoro quando isso acontece).

Fiquei com vontade de estudar grego.

isa 14/03/2024

Queria poder ser consumida pela escrita da Donna Tartt
A primeira leitura do ano e já foi uma das minhas favoritas de todo o sempre. Já recomendei o livro pra inúmeras pessoas, desejando que elas sintam a mesma curiosidade, interesse e paixão por essa história única.
Não tenho palavras, de verdade.

Começamos a história já sabendo, desde a primeira página, quem iria morrer e quem iria cometer o crime, então um livro de 600 páginas (por aí, a minha cópia tem mais até) conseguir sustentar a história baseada somente nos motivos que levaram à tal assassinato não é fácil não. A mente da Donna Tartt não é para todos não.

Eu me senti tão próxima desse universo que foi como se eu fosse uns dos estudantes de grego também! Eu passei a amar alguns, odiar outros e me identificar com eles. Que personagens!!!!!!! Intrigantes demais.

A HISTÓRIA SECRETA MERECE TUDO DE BOM E PRA MIM É UM CLÁSSICO QUE DEVERIA SER LEITURA OBRIGATÓRIA!

Nezuminos0 17/03/2024

Simplesmente incrível
Sem muitas palavras pra descrever o quão bom é esse livro. O desenvolvimento, os personagens, os conflitos, a ambientação, tudo é simplesmente cativante. (Por algum motivo eu vejo o Xuxi, ex-nct, no bunny).

mar 18/03/2024

O livro me prendeu bastante, fiquei completamente apaixonada pelo começo da história, amei os detalhes, a ambientação e ver tudo pelo ponto de vista do Richard. Os personagens são todos muito cativantes, você ama e os odeia ao mesmo tempo (menos você, Francis, te amo sempre). Porém, apesar dos inúmeros pontos positivos, senti que a história não me cativou tanto após um pouco mais da metade, um pouco após a morte de Bunny, senti que a leitura ficou um pouco mais cansativa e o final do livro não me agradou tanto.
Masss, amei bastante, é um livro incrível que me prendeu e me surpreendeu muito.

bubli 19/03/2024

The secret history
Adoreii ler esse livro, adorei a vibe dele, só o começo foi meio lento pra mim, mas depois que entrei em um ritmo, foi muito bom ficar lendo. Os acontecimentos não são rápidos, mas mesmo assim foi uma leitura incrivel :P

Manu 21/03/2024

N tenho palavras para descrever esse livro. ele eh do começo ao fim uma perfeição, todos os aspectos do livro te prendem de um maneira absurda.
os personagens tem uma ótima construção mas eh importante constar q essas personalidades são totalmente contadas pelo Richard, que n eh um narrador confiável. assim como várias acontecimentos são de se duvidar uma vez q a narrativa eh feita por ele.
a descrição de ambientes e de emoções são perfeitas, donna tartt eh a melhor escritora nesse aspecto.
só queria saber sobre todos os pontos de vista dos personagens ?.
o enredo eh espetacular e inesperado, cada página uma surpresa que se liga ao enredo principal e às ações dos personagens.
já quero ler dnv esse livro.

duda.14 22/03/2024

Acho que com poucos livros na vida criei tanta expectativa quanto este. Sai levemente decepcionada.

Ele é um ótimo livro, a ambientação, a criação e introdução dos personagens, tudo impecável, e a história é sim muito interessante, mas alguns aspectos me incomodaram.
Uma coisa mais pessoal minha lendo livros, é que eu gosto de me conectar com os personagens e criar afeições por eles, não consegui fazer isso com nenhum dos personagens do livro. O Francis, talvez, o Richard um pouco menos, sentia que mesmo ele sendo o narrador, não conhecia ele de verdade, me parecia um personagem muito sem vida, sem graça. Quanto aos outros, não poderia me importar menos, eram interessantes, com personalidades complexas e bem trabalhadas, mas não ligava pra eles minimamente, é como se a autora tivesse tirado algum elemento importantíssimo que permitisse que eu, como leitora, me conectasse com os personagens e, consequentemente com suas histórias, e isso é algo que afeta muito a minha leitura.
Outro ponto foram as relações românticas no livro, até uns 70 ou 80% do livro isso não parece ser nem um pouco relevante na história, não é o foco da autora, até do que nada, vira. É óbvio que a relação entre os gêmeos é diferenciada, mas do absoluto nada é revelado que eles tem relações, e ainda é jogado uma única vez que talvez não fossem 100% consensuais, nada disso é explicado, igualmente a relação da Camilla e o Henry, em alguns pouquíssimos momentos a autora dá a entender que o Henry tem sentimentos pela Camilla, não necessariamente retribuídos, mas não passa disso, e do nada, eles estão em um relacionamento, também muito mal explicado, e tudo isso acaba virando um grande plot do livro. Sem contar a paixonite do Richard pela Camilla, às vezes sumia, às vezes retornava, não dava pra saber. (Mas ainda sim, dei uma leeve torcida por eles, de todas as opções da Camilla, o Richard era a melhor delas.)
O livro se arrasta também em algumas partes, principalmente depois da morte do Bunny, tem alguns momentos desnecessários, mas não perde muito a qualidade. O final foi outra coisa que me incomodou um pouco, mas não consigo explicar exatamente o quê, não foi ruim, mas deixou com a sensação de inacabado.
Tirando isso, o livro é realmente muito bom, principalmente antes do assassinato do Bunny, a cada descoberta do Richard sobre a vida deles eu ficava com a vontade de ler mais um capítulo, e mais outro, e outro. A escrita da autora é impecável, a ambientação da cidade, e como ela consegue transformar algo como o grego e a literatura clássica, algo que não é do gosto de todos, a coisa mais interessante do mundo. Sempre tive vontade de ler Ilíada, depois de A História Secreta, só aumentou. Ler todas as partes explicando o psicológico e o raciocínio dos personagens, mais do Richard por ele ser o narrador, mas também do Julian e o Henry foram momentos incríveis também no livro, muito bem feitos. Gosto também muito do uso da narração em primeira pessoa, já que o Richard está longe de ser um narrador super confiável, mas gostaria muito de ter visto mais do ponto de vista dos outros personagens.
Em resumo, é sim um livro ótimo e que vale a leitura, apresenta alguns pontos negativos, principalmente mais pro final, mas de resto, é impecável, e a história em si é magnífica

aadriane 25/03/2024

Não quero saber mais de nada além desse livro
"Beleza é terror. O que chamamos de belo provoca arrepios."

MEU DEUS, eu não tenho palavras pra descrever o sentimento que foi ler esse livro. Donna Tartt fez um trabalho belíssimo com essa história que sinto que vai demorar muito pra superar tudo o que li.
Na verdade nem sei se quero superar ?

Recomendo muito lerem, mas leiam sem pesquisar NADA sobre, vai valer a pena.

Agora uma coisa que tá me deixando louca é querer ler um POV dos outros personagens, principalmente da Camilla e do Henry (DONNA TARTT POR FAVOOR)

manuzela 29/03/2024

A história secreta
Vou ser honesta, não sei se serei capaz de formular uma resenha minimamente decente, pois é difícil descrever exatamente quais as minhas opiniões sobre esse livro.
Obtive acesso ao livro físico- emprestado pela minha prima- em julho do ano anterior e apenas agora terminei a história, claro que não o comecei no momento em ele me foi entregue, mas eu definitivamente demorei mais que o normal para engatar nessa leitura, e isso se dá por dois motivos, minha ressaca literária e a lenta e um tanto tediante ambientação inicial do livro.
No primeiro momento nos somos apresentados a universidade Hampden e ao excêntrico grupo de alunos da turma de grego: Henry, Bunny, os gêmeos Camilla e Charles e o Francis além do professor Julian. Conhecemos as suas personalidades, gostos diferenciados e ao desenvolvimento da relação do protagonista, Richard, com os demais personagens - incluindo outros que não fazem parte dessa turma -.todavia, após determinado momento da história, a trama finalmente se inicia e a leitura finalmente torna-se mais dinâmica, o mistério se inicia e passamos a tentar entender porque diabos o fato marcante aconteceu e vemos como ele passa a lentamente afetar a integridade mental e física de cada um do grupo. Coordenados pela mente única de Henry e seus conhecimentos da cultura e textos gregos o grupo é levado ao seu limite, dando espaço para tragédias/decepções maiores, com consequências ainda mais avassaladoras.
A história é deveras interessante, inegável o talento de Tartt na escrita, mas ainda sim, a história me decepcionou, não por ser ruim, mas talvez pela minha imaginação que levou a crer que o resultado final seria completamente distinto do final real.
enfim, convido os que não leram a conhecer a obra, definitivamente será uma experiência para vocês, assim como foi para mim!
Alguns detalhes importantes, o grego se faz muito presente na história, mas de uma maneira bem diluída, sabe? Não conhecer as referências não impede o seu entendimento e na verdade ele não é absurdamente presente, mas sim em momentos cruciais ou como forma de fortalecer os laços entre os personagens.