Aline 09/12/2010
Indescritível
Eu nunca tinha lido um livro do Bernard Cornwell e tive a felicidade de começar justamente pela trilogia que acabou se tornando a melhor que já li. Como os três são inseparáveis, decidi fazer uma resenha que valha para todos, mesmo que um acabe se provando mais fantástico do que o último.
Vi o depoimento de muitas pessoas que afirmaram não ter conseguido ler, porque não viam grande coisa em narrativas que giram em torno de reis, conquistas territoriais e guerra, mas para mim esses três livros foram muito além disso. Teve morte, fé, loucura, justiça, romance, aventura, mistério, sangue, doença, traição e MUITO mais. Quanto mais eu lia, mais desejava que não terminasse e que, por um milagre, Artur morresse velhinho e Gwydre se tornasse Grande Rei. É impossível não se envolver com a história de Derfel e Ceinwyn, se entristecer com Tristan e Isolda, sentir raiva de Lancelot, rir com Merlin, sentir arrepios por Nimue e querer pessoalmente castrar, destruir e esmigalhar Mordred. Você torce por cada personagem decente, se entristece pelo fim de cada um deles e, claro, sorri feliz da vida quando vê os mais idiotas passarem para o Outro Mundo.
Não tenho críticas para essa trilogia, nenhuma que realmente valha à pena dizer. Eu nem consigo realmente colocar em palavras o quanto gostei, porque é tudo tão intenso e complexo que não dá para elogiar uma parte sem comentar outra. Só lendo para saber. E isso eu digo para todos: leiam, leiam, leiam!
E, pra aqueles que, como eu, sempre tiveram paixão pelas narrativas de Artur, não vão se decepcionar com esta, que mais do que qualquer outra nos faz desejar a imortalidade do lendário Artur.
"Artur provavelmente não foi rei, pode não ter vivido, mas apesar de todos os esforços dos historiadores em negar sua existência, para muilhões de pessoas em todo mundo ele ainda é aquilo que um copista no século XIV chamou de 'Arturus Rex Quondam, Rexque Futurus': Artur, Nosso Rei Antigo e Futuro" - "Excalibur", pg. 529.
Não acredito que acabou!