Ioná 25/03/2022Quem somos? Sabemos?O farol e a libélula
Devorei essa obra rapidamente. Há muito tempo que um livro não me despertava tantas emoções diferentes. Comecei a leitura acreditando que o enredo fosse girar muito mais em torno da problemática órfã, Morgan. Embora ela desempenhe um papel fundamental para desvendar o mistério sobre a vida da família do faroleiro Andrew Livingstone, é a história de Elizabeth e de sua irmã gêmea, Emily, que se destaca mais.
Elizabeth é uma senhora internada num lar de idosos que, por conta de sua visão debilitada, precisa que Morgan leia os diários de seu falecido pai, que trabalhava no farol de Porphyry, ilha bastante afastada, onde vivia com toda sua família. É nesse local isolado e de clima extremamente gelado que se desenvolve a maior parte da história do livro.
Elizabeth e sua gêmea são muito unidas e possuem uma relação quase simbiótica. Elas têm dois irmãos mais velhos que ajudam na dura rotina de trabalho no farol, numa época em que o ofício era totalmente manual.
Apesar das agruras impostas pelas condições climáticas, geográficas e laborais, Elizabeth é apaixonada pelo lar que construíram no farol e pela tranquilidade da vida junto ao Lago Superior.
Mas morar numa ilha não impediu que a tragédia atingisse em cheio a família Livingstone. Mais de uma vez. Conforme Morgan vai avançando na leitura dos diários, vai encontrando ligações que podem estar relacionadas às suas origens
Terminei a leitura impressionada com a capacidade da autora de nos fazer duvidar de nosso próprio entendimento sobre quem é quem nessa história.
Enfim, leiam. É uma obra formidável! #caixaskoob #clubeskoob #booklover