A ilha do Dr. Moreau

A ilha do Dr. Moreau H. G. Wells




Resenhas - A Ilha do Dr. Moreau


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Igor Rocha 08/12/2023

Leve e profundo
A ilha do dr. Moreau é uma narrativa tensa, que usa a ciência para discutir moral e apresenta monstros verdadeiramente assustadores.
A crítica principal aqui, é essa brincadeira de querer ser Deus por meio da ciência, quando se trata de mudar a natureza animal para humana, não só fisicamente, como também mentalmente.
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André 05/12/2023

A base do bio horror
A Ilha do Dr. Moreau é a história arquetípica de "cientista maluco" conduzindo experimentos anti éticos com cobaias vivas - o fundamento de um horror sci fi amparado na biologia. No contexto do fim do século XIX, em lugar da manipulação genética e dos organismos transgênicos, temos como controvérsia socio-científica que fornece a base da história a prática da vivisecção - a autópsia de animais, selvagens e domésticos, ainda vivos de maneira a estudar in vivo o funcionamento de órgãos e tecidos, quase sempre sem substância anestésica, causando dor e sofrimento ímpar ao animal - comum na Fisiologia até o início do século XX, quando campanhas amparadas em um crescente reconhecimento da existência de vida consciente independente nos animais conquistaram direitos básicos para a vida animal, e assim a proibição da vivisecção.
Na narrativa, o fisiologista Moreau, isolado da comunidade científica em uma ilha remota, realiza prodígios científicos a partir da matéria base dos animais que obtém de navios com os quais negocia, e a extensão e permanência desse prodígio é questionada até o limite do próprio ser humano através das desafortunadas aventuras do náufrago Edward Pendrick.
Para além da controvérsia socio-científica, o livro questiona os limites da civilidade humana e o papel das instituições - como a lei e a religião - em coibir o nosso instinto animal. É o modelo para qualquer história de horror envolvendo experimentos científicos com cobaias animais e humanas.
Vale destacar a influência direta em outras obras da literatura fantástica, em especial A Invenção de Morel, de Bioy-Casares, e o personagem Alto Evolucionário, da Marvel Comics.
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vrido 22/11/2023

Penso que o Darwin, ao publicar ?A ilha do Dr. Moreau?, alugou um triplex na cabeça do Wells, o fazendo criar uma das obras mais loucas que já li.
Achamos que podemos criar, destruir e modificar tudo ao nosso redor, mas acabamos sentindo o efeito de nossos atos em nós mesmos.
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Marcos.Detanico 12/11/2023

Um clássico que é medíocre, de um grande autor

A proposta da história é muito interessante mas achei mal desenvolvida, atropelada. O autor cria um universo primoroso, mas não o explora. E a genialidade fica a deriva.

É uma leitura satisfaria, rápida que é interessante mas o que incomoda é podia ter entregue muito mais.
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prof.vinic 11/11/2023

Um clássico, conhecido e pouco lido.
Tive contato com esta história naquela filme de 1996, com Marlon Brando, Val Kilmer e Ron Perlman! Lembro que na época fiquei realmente assutado com filme, especialmente com a caracterização dos "monstros".
Então quando fui ler o livro eu já sabia o que esperar, inclusive na minha cabeça o Dr. Moreau é o Brando e não tem como não ser ... Justamente por isso eu já sabia exatamente o que esperar, o que não me impediu de me surpreender em algumas passagens. Porém achei o livro muito simplista em relação ao terror, caberia um terror mais psicológico aqui; coisa que este mesmo autor já conseguiu em outras obras dele (sim, estou falando de Guerra dos Mundos). Outro ponto que vez falta no livro, deveria ter mais reflexões sobre "ser" humano e o que nos difere, ou deveria nos diferir, dos demais animais do planeta ...
No geral a história é muito boa de ler, até mesmo muito rápida, gastei uma semana, apenas por ter pouco tempo livre para leitura; sendo perfeitamente possível ler num final de semana, por exemplo. Quanto as discussões filosóficas que podem iniciar do livro ... bem estas vão ser bem mais longas e até mais proveitosas.
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gabeborgez 06/11/2023

Meu primeiro contato com esse autor e eu amei muito! É o puro suco da fantasia e ficção científica! Bão demais
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Marina Mendes 03/11/2023

Prendick é salvo de um naufrágio por um navio que está transportando animais selvagens para uma ilha no Pacífico. Obrigado a seguir o mesmo destino, desembarca na ilha e conhece o Dr. Moreau, um cientista exilado por suas experiências não ortodoxas com animais. Preso nesse lugar, Prendick conhece o resultado assustador das experiências do cientista.
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Diogo.Mazui 31/10/2023

Mais de 120anos depois
A história é boa, criativa e muito bem escrita, claro que a evolução científica dos mais de 120 anos que se passou desde o lançamento do livro pesam contra, mas nada que atrapalhe o prazer da leitura.

No fim das contas quase toda ficção científica envelhece mal, pois imaginar o futuro é dificil. Mas eu ja sabia disso quando comecei essa leitura.
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Alessandro.Aguilera 13/10/2023

Um clássico
H. G. Wells sabe contar uma história. Uma mistura de fantasia e ficção científica que só ele sabe aflorar do nosso subconsciente.
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Júlia Fortuna 05/10/2023

"Não eram homens, eram animais, animais humanizados."
A Ilha do Dr. Moreau, de H. G. Wells, lançado em 1896, é um excelente clássico da ficção científica. Apesar de antigo, o livro apresenta pontos cruciais que estão presentes até hoje na contemporaneidade, o autor usa da imaginação para metaforizar questões como política, religião, relações de poder, o conceito de civilidade e sociedade em geral. Fiz um trabalho da escola, sobre esse livro no ano passado, e desde então fiquei curiosa para ler.

A história é narrada em primeira pessoa pelo personagem, Charles Prendick, que à deriva, sem esperanças de sobreviver em alto-mar, é resgatado por um navio em missão das mais incomuns: levar a uma pequena ilha no Pacífico algumas espécies de animais selvagens. Ainda debilitado, Prendick é obrigado a desembarcar na ilha junto com o carregamento. Lá, ele conhece a figura do dr. Moreau, um cientista que, exilado por suas pesquisas controversas na Inglaterra, realiza experimentos macabros com seus animais.

Os animais são submetidos à tortura e o Dr. Moreau vai testando suas teorias, modificando seus estados físicos, tornando-os assim, animais-humanos, que são descartados na ilha para viverem à sua própria sorte, regidos por uma lei que eles não entendem muito bem como funciona, mas que se não for obedecida pode causar graves punições. Por esse motivo, eles repetem constantemente as proibições, como um mantra que não deve ser esquecido. (Esse ponto em questão, me lembrou muito a Revolução dos Bichos).

O Dr. Moreau, é um tipo de cientista que acredita que tudo é matéria bruta, tendo aqui representado, a ingenuidade, ou perversão. Essa perspectiva errônea é conhecida como "reducionismo material", que consiste em negligenciar aspectos como a nossa consciência, nosso raciocínio e nossas motivações humanas. Por exemplo, afirmar que nossas emoções são simplesmente o resultado de descargas elétricas no cérebro é uma simplificação que ignora fatores externos. A química do cérebro pode ser uma consequência, mas não a causa fundamental das emoções.

A crítica a esses cientistas adeptos do reducionismo material é encapsulada na figura do Dr. Moreau nesta história. Ele demonstra desprezo pela vida e acredita que pode manipular a dor e o prazer, tratando os seres vivos como simples aglomerados de partículas em movimento que podem ser moldados à sua vontade.

Isso lembra o paradoxo do Navio de Teseu, proposto pelo pensador grego Plutarco. A história é a seguinte: Teseu parte em um navio em uma viagem de 50 anos, durante a qual ele substitui cada peça do navio à medida que se desgastam. O paradoxo levantado é que, a cada peça trocada, o navio ainda é o mesmo Navio de Teseu. Isso ecoa o debate sobre se a mudança de aparência altera a identidade de um ser ou se o ser permanece o mesmo, independentemente das mudanças externas. Sendo assim, isso contraria o pensamento do filósofo Parmênides, que diz: O ser é incapaz de mudar. Tendo em vista essas duas analogias, mostra-se algo contrário à proposta de mudança de Moreau, porque o ser tem que ser o mesmo na passagem do tempo. Portanto, nessa mudança de aparência forçada ele não consegue transformar por completo um ser no outro, pelo contrário, acontece outra coisa, ele cria um ser novo, e agora esta nova criatura está condenada a vagar pela terra com uma mente em conflito sobre seu verdadeiro ser primordial.

Ademais, os questionamentos levantados na obra também se manifestam através dos personagens humanos. Por exemplo, o personagem Montgomery, em várias ocasiões, tenta persuadir Prendick a consumir álcool. Inicialmente, fiquei em dúvida se o autor estava ou não criticando o consumo de álcool, mas o destino de Montgomery esclareceu isso de forma clara: ele é morto pelas bestas logo após, justamente, compartilhar bebida com as mesmas.

A Ilha do Dr. Moreau é um livro bastante curtinho, porém, provoca uma longa discussão reflexiva nos leitores sobre a moralidade científica. Eu ficaria horas falando sobre esse livro, mas, certamente, já falei demais.
pietrarebeca 06/10/2023minha estante
Tenho muita vontade de ler este! Parece ótimo! Inclusive, adorei a resenha ?


Júlia Fortuna 06/10/2023minha estante
Você vai gostar. Muito obrigada amiga!




Otavio.Guassu 01/10/2023

?Existe, embora eu não saiba como existe ou por que existe, uma sensação de infinita paz e segurança na contemplação dos céus estrelados. Deve existir, penso eu, nas vastas e eternas leis da matéria, e não nos problemas cotidianos e nos pecados e sofrimentos dos homens, aquele algo em que a parte de nós que é mais do que um mero animal encontra seu alívio e sua esperança. Tenho esperança, porque sem ela não conseguiria viver.?
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Ray.Cass 20/09/2023

Há muito o que se falar?
?mas eu vou me atentar a alguns pontos que mais me atraíram atenção.
Eu esperava uma explicação um pouco melhor de como o Moreau fazia seus experimentos ou que não houvesse explicação nenhuma, porque deixou muito a desejar e o pouco que foi dito não faz sentido. Eu sei que essa parte não é nem de longe um dos tópicos de interesse da história, mas ainda assim esperava mais.
Mas a parábola evolucionista do livro é muito mais curiosa e interessante, achada suplantando o problema que eu tive em relação à explicação dós experimentos.
Ainda dá pra se discutir a necessidade de haver uma ?deidade? e leis que rejam o comportamento humano para que não se tornem todos bestas, é que a partir do momento em que isso passa a ser questionado, os líderes perdem o poder sobre as criaturas, que passariam a ser regidas por instintos básicos.
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felpwz 18/09/2023

Me surpreendeu
H.G Wells é gênio, meu primeiro contato com o autor e já vem uma maravilha dessas, que livro sensacional, eu confesso que demorei bastante para ler ele, porém eu sinto que eu absorvi muita coisa boa dele, até meu ritmo diminuiu um pouco, acredito que por conta de ele ser um "clássico", mas não é uma leitura difícil, pelo contrário, é muito tranquila, eu gostei dms de como foi acontece as coisas, uma escrita impressionante, os personagens incríveis (PENDRICK THE BEST), e as descrições nossa senhora de arrepiar, um livro muito muito bom, me fez refletir muita coisa, gostei dms do livro, e com toda certeza lerei os demais títulos do autor.
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Andrew.Zandona 09/09/2023

H.G. Wells é mestre, mas suas edições merecem mais cuidado!
Excelente livro, e sei disso pois mesmo diante da péssima edição, com erros absurdos de ortografia e falta de capricho, me senti coagido a continuar acompanhando os relatos amedrontadores de Edward Prendick!
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Marcelo 09/09/2023

Excelente leitura!!!
Um clássico que queria ler há muito tempo. Terceiro livro do autor que leio, não foi meu preferido mas a leitura foi prazerosa. Não tem muito o que comentar, por ser um clássico foi inspiração de contos, filmes, série e desenhos dos mais diversos. Temos aqui o protagonista que por uma série de infortúnios acaba sendo acolhido na ilha do título onde percebe que experimentos científicos estranhos estão ligados ao seu anfitrião.
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