Vanessa2394 28/02/2021
E se você pudesse conversar com Deus?
Eu amo o universo de Mistborn, De verdade. Primeira e Segunda Era tem um espaço no meu coração só deles.
Porém, eu não passo pano pra dois aspectos em específicos da Primeira Era, que para mim, incomodam muito.
1. Enrolação completamente desnecessária.
2. Personagens principais chatos pra caraleo.
Nooossaaa mas pq vc ta enfiando Primeira Era aqui se esse livro é da Segunda Era, que nada a ver.
Calma Gafanhoto, eu to misturando as coisas por um motivo justificável: apesar de serem estórias bem diferentes, elas se passam no mesmo universo, tem ligações e bem, o escritor é o mesmo. E sim, na minha resenha do livro anterior eu disse que não deveria haver comparações sendo que são livros diferentes, e aqui eu mordo minha língua ao fazer justamente isso. Mas, em minha defesa, a comparação que eu faço tem um aspecto diferente do qual eu critiquei.
Pera um pouquinho que vc vai entender.
Primeiro, PALMAS, pra esse livro.
Supera o primeiro em todos os aspectos.
A estória evolui, os personagens evoluem, há aumento dos pontos do vista através do Wayne e da Marasi, que só enriquecem a narrativa, sem contar na problemática (essa é pra você amiguinho que reclamou que os problemas eram mamão com açúcar pra quem acompanhou o declínio e a ascensão de deuses).
A maior parte do livro acompanha a perseguição da turma do Wax por uma personagem em específico. O que no começo eu confesso que achei repetitivo e meio monótono, mas que pro final fica só o sabor. É tiro, porrada e bomba bebê.
Comentando sobre personagens em específico é óbvio que o Wayne se destaca. Puta personagem legal da porra. A dinâmica entre ele e o Wax é simplesmente incrível, tipo Sherlock e Dr. Watson se me permite a ousadia.
A Marasi então, é outra coisa, se no livro anterior eu terminei com o saco cheio dela, neste ela arrebenta desde o começo, se é que me entende. E tem mais outros dois Kandras, que não vou mencionar quem é para não dar spoilers, mas que foram muito bem-vindos à narrativa e que são fodas para caraleo tbm.
Já o Wax, bem, imagino se ele fosse um Nascido da Bruma, o poder que o cara teria, pq se já como Lança Moedas o cara bota pra quebrar imagine dominando todos os metais? Caramba...
A questão da religião ainda se mantém como o ponto forte do universo, apesar de que nesse livro a ambientação continua excelente.
A revelação do final, bem, não posso dizer que foi uma surpresa mas eu posso dizer com certeza que se você não ficar com o coração na mão você na verdade é um koloss em um corpo humano.
A Segunda Era de Mistborn, na minha visão é sim uma evolução. Não apenas do universo mas da escrita do autor.
Tanto o primeiro quanto o segundo são livros menores, mas contém o conteúdo exato de um bom livro sem ser enrolado, e com personagens ainda melhores que os da Primeira Era (exceto o Kelsier que é insuperável). Por isso eu tenho tanto carinho por essa era de Mistborn.
Mal espero pra ver como vai se desenrolar o resto da estória que até então só vem ficando melhor.
Sanderson, tu é foda.
"_Preciso que você fique para trás enquanto entramos no cortiço_ pediu Wayne, determinado a impor um tom solene à sua voz. _Não é que eu não queira sua ajuda. Eu quero. Só que vai ser perigoso demais para você. Precisa ficar onde sei que estará em segurança. Sem discussão. Sinto muito._Wayne_disse Wax ao passar perto dele_pare de falar com se chapéu e venha até aqui."